13 agosto 2007

Blog em repouso

Finalmente, chegou a hora de descansar durante umas semanas e este nosso espaço familiar vai, também ele, repousar durante uns tempos sem, no entanto, parar por completo.

Fica, da parte dos papás e da Joaninha, a promessa de vir aqui publicar aqueles momentos que acharmos mais relevantes durante estas férias que prometem ser bem férteis em traquinices.

Mea culpa

Tenho culpa no cartório no que toca ao vomitanço relatado pela Joaninha.

Digo que a culpa foi minha porque, como se costuma dizer, o material tem sempre razão e fiz trinta por uma linha para quase obrigar a nossa filha a comer a sopa, apesar dela abanar constantemente a cabeça a dizer que não queria comer e cuspir meia dúzia de colheradas.

Ainda assim, podemos considerar o desenrolar dos acontecimentos como uma simbiose perfeita entre a sensação de bem-estar da pequena cria, que, coitadinha, não se devia sentir nada bem, e o instinto dos papás, que consideravam que a filhinha tinha que comer qualquer coisa antes de ir para a cama.

O início das férias

Estou, oficialmente, de férias e é engraçado perceber como é que estas coisas funcionam, uma vez que, como o infantário está fechado, é uma experiência que se assemelha, minimamente, às férias dos adultos.

Como o papá só começa as férias amanhã, ao fim da tarde, fiquei em casinha a chagar o juízo à mamã, que também já começou as férias dela.

Entretanto, desde sexta-feira, quando começámos este período de descanso, as coisas não têm sido lá muito agradáveis para os meus lados, já que estou um bocado entupida e com a tal assadura no meu querido rabinho.

Aliás, a ranhoca tem sido tanta que ontem, depois do jantar e após decidir que era hora de me ver livre de tamanha porcaria que me tem provocado tanto mal estar, desatei a tossir, “meti os meus dedinhos às goelas” e vomitei a minha sopinha.

Realmente, na nossa tenra idade, nada melhor do que um belo vomitanço para limpar as impurezas que afectam os nossos pequenos organismos e hoje, após uma noite bem dormida, já acordei mais limpinha e com outra disposição.

Agora, só falta curar, definitivamente, a minha assadura e fico pronta para outra e para acompanhar, a cem por cento, os meus papás durante estas nossas primeiras férias à séria.

Assin. – A Cria

10 agosto 2007

Trevo da sorte


A mamã do Dinis enviou-nos um trevo de boa sorte, o que muito agradecemos.

Neste post de agradecimento, a família aproveita para também desejar muita sorte e felicidade a todos os que visitam este nosso espaço irrequieto.

Noite atribulada

A saúde e boa disposição da nossa filha têm-nos dado, já de há muito tempo, noites muito tranquilas e sem sobressaltos, coisa que, pelo que lemos por aí, nem sempre acontece noutros lares.

Ontem foi uma das chamadas excepções à regra, e a família viveu uma noite relativamente atribulada, com a Joaninha a ter muita tosse, alguma ranhoca, uma pontinha de febre ao deitar e, sobretudo, por acordar, por volta das duas e meia da manhã, a chorar, alto e bom som, a braços com uma assadura brutal que tem nas partes mais intimas e que deve provocar um ardor levado da breca cada vez que faz alguma das suas necessidades.

Depois dumas, poucas, horas bem dormidas ainda considerámos não levar a Joana para o infantário, mas o regresso da boa disposição, aliado a uma melhoria substancial da assadura, graças à pomada Cicalfate da Avène, e à burocracia e papelada inerentes a uma falta no trabalho, seja da mãe ou do pai, graças às leis estupidamente ridículas deste país, levaram-nos a mudar de ideias.

Afinal de contas, a Joaninha está melhor e não queríamos privar a nossa filhinha do último dia de infantário antes de entrar de férias.

Nota – Aparentemente, a razão para a referida assadura prende-se com Ameixas Amarelas, já que, se não forem bem maduras e doces, apresentam um nível de acidez, nitidamente perceptível quando lhes aplicamos uma boa dentada, superior àquele a que as crias estão habituadas e conseguem tolerar.

08 agosto 2007

Traquinice matinal

O papá gosta de ver as primeiras notícias do dia, e a previsão meteorológica, apesar de já não acreditar muito no que essa gente diz porque passam a vida a enganar-se, logo pela manhã, enquanto ele e a mamã engolem o pequeno-almoço.

Hoje foi o caos, com o papá, desesperado, à procura do comando da televisão pela casa toda.

Até no caixote do lixo o desgraçado foi à procura (eheheheheh), para acabar por encontrar o dito cujo lá num cantinho atrás da minha espreguiçadeira.

Escusado será dizer que tentem adivinhar de quem foi a culpa…

Assin. – A Cria

07 agosto 2007

Hoje, um ano e quatro meses depois

A irrequieta da nossa filhinha faz hoje um ano e quatro meses, e como o tempo voa depressa…


Depois daquela primeira sensação de que parece que foi ontem, voltámos à realidade para nos apercebermos que aquela cria completamente indefesa, que agarrámos, pela primeira vez, ao colo no dia sete de Abril do ano passado, anda, agora, a correr atrás de nós pela casa fora, aos gritinhos e a falar que nem uma papagaia, sobe e desce dos sofás com uma ligeireza, ainda que com muito cuidado, impressionante, suja-nos a sala toda enquanto come, sozinha, os bifes de peru e o arroz, liga as aparelhagens, fecha as portas, abre as torneiras, corre, sozinha, para a cama…

Enfim… Voltando atrás e percorrendo, num ápice, estes 16 meses, vemos que não há nada que se compare à felicidade de poder acompanhar o crescimento duma cria e de poder compartilhar toda uma cumplicidade que só se sente quando somos pais.

06 agosto 2007

O meu primeiro Lego

Os papás compraram a minha primeira caixinha de Lego Duplo, um mini jardim zoológico, com um leãozinho, uma girafinha, um elefante e um urso, tudo bebés, como eu.

No sábado, fomos ao Ikea comprar uns vasos, porque os cactos lá de casa já estavam a precisar de mais espaço.

Ora, o que os papás foram fazer… Encontrei a combinação perfeita: vasos e lego e foi um fartote!

O único problema é que os papás já estavam a ficar “indignados” por andarem sempre atrás de mim a arrumar as peças de Lego que eu ia espalhando pela casota…

05 agosto 2007

Parabéns

É sempre a mesma coisa e, mais uma vez, a vida atribulada do dia-a-dia não me deu tréguas e não tive tempo de fazer algumas coisas importantes como dar, “bloguisticamente”, os parabéns ao meu avô.

Mas, mais vale tarde do que nunca, e aqui fica um grande beijinhos de parabéns para o meu avô V. pelas suas sessenta e sete primaveras.

Assin. – A Cria

02 agosto 2007

Beijocas traquinas

O título do post também poderia ser “Uma autêntica falta de respeito”.

Ontem, quando fomos buscar a Joaninha ao infantário, deparáramos com a criançada a brincar no pátio exterior e o bom do Simão lá no meio, todo divertido a correr dum lado para o outro.

Da filhinha nem sinal, já que as educadoras, conscientes da hora normal a que a mamã vai buscar a Joana, já a tinham levado para o interior de modo a prepará-la a saída.

Ora, precisamente à saída, os dois petizes encontraram-se e pudemos testemunhar, “in loco”, a tal cumplicidade entre os dois…

Se alguém ainda tivesse dúvidas, ficariam dissipadas face aos gritinhos soltados por ambas as crias e à maneira como corriam os dois, lado a lado, pelo parque, e não seria necessário ir mais longe.

Mais longe, sim, porque as queridas das educadoras ainda espicaçaram as pequenas crias ao dizerem, alto e bom som, que a Joaninha se ia embora e que merecia um beijinho de despedida, ao que os dois não se fizeram rogados respondendo ao desafio com um beijo na boca.

Pois é verdade, sim senhor… Na boca, olha só que porra!

Então não sabem que, quando não há nada verdadeiramente assumido, um beijo de despedida é na bochecha?

E era preciso estar com essas cenas à frente dos papás? Ora que essa…

E mais… Como ainda não sabem dar beijinhos como deve de ser, vai de beijocarem-se de boca aberta, ainda por cima à frente das outras crias. Caramba, só faltava a baba a escorrer pelas beiçolas.

Perante tal espectáculo, e enquanto a mamã ria, deliciada com a cena, levei as mãos à cabeça e decidi repreender, delicadamente, o bom do Simão que, também delicadamente, devolveu a repreensão com um sorriso matreiro e, depois, tapando a boca com a mão, enquanto esbugalhava os olhos e soltava um profundo “aahhhhhh”, à laia de desafio à minha qualidade de pai vigilante.

Enfim… O pior de tudo é que já estou a ver o orçamento familiar a levar mais um rombo quando, no próximo dia dos namorados, tivermos que comprar uma prenda para a filhinha oferecer àquele matulão dum raio.