30 abril 2008

Desafios

Desde há uns tempos para cá que a pequena cria não pára, diariamente, de nos surpreender, com pequenos detalhes relacionados com atitudes e, especialmente, com a fala e a maneira como se exprime.

Se já se fazia entender, muito bem, há uns meses atrás, agora não há nada que lhe escape, uma vez que vai usando, cada vez mais, a capacidade de juntar palavras para se exprimir.

Não queis queiju, queis outo.” – Não quero queijo, quero o outro (marmelada).

Mada penxo a mão da Nana.” – Pomada e penso para a mão da Nana.

Não xei a fada xuxá.” – Não sei onde está a fralda e a chucha.

Enfim… Linguagem dos bebés que nós, adultos, temos que fazer um esforço por entender.

Depois vêm as atitudes e as acções duma bebé que cresce a olhos vistos e que nos deixam boquiabertos.

Há uns dias atrás, por exemplo, a Joana estava entretida a ver o diabinho personificado em desenho animado, vulgo Noddy, no Canal Panda e ficou muito chateada quando viu que o episódio tinha acabado.

O normal é que nos traga o comando da televisão quando quer ver os bonecos dela mas, desta vez, trouxe o comando do leitor de Dvds, como quem diz “não venhas cá com tangas que eu sei muito bem que estão aí os dvds do Noddy e não preciso do Panda para nada…”

Coincidência? Não, nem por isso, porque já repetiu por mais duas vezes a gracinha.

Os papás levarem a “chaba popó”? Nem pensar… A pequena cria é que leva a chave e faz questão de a colocar na ranhura para abrir, isso sim, com a ajuda de um de nós, a porta do condutor.

Pequenas atitudes que, para ela, assumem uma importância desmedida, a avaliar pela pose e o ar sério que põe, e que para nós constituem, sempre, surpresa e motivo de orgulho.

Pequenas atitudes que passam por ser os desafios diários da filhinha, numa de novas conquistas como ser humano, e para nós, pais, numa de tentar compreender, da melhor maneira, o que se passa naquela cabecinha e a melhor maneira de acompanhar e educar a pequena traquina.

Strumpfs XVII


Verdadeiro amante de boa música, o Strumpf Músico, também conhecido pelo Strumpf Harmonia, adora tocar todo e qualquer instrumento que lhe apareça à frente.

No entanto, e para desgraça dos seus amigos, a única coisa que consegue arrancar de qualquer instrumento é, frequentemente, uma série de sons e barulhos que têm de tudo menos melodia.

Novos rituais

Desde que apareceu o aquário cá em casinha, que, diga-se de passagem, já conta com mais cinco peixinhos, os meus rituais mudaram, ainda que ligeiramente.

Assim, logo que entro em casa, vou dizer olá aos peixinhos, ainda que já vá a chagar a cabeça à mamã para ligar a “tão” para ver o Panda.

Antes de ir para a caminha, depois de dar um beijinho ao Jesus e lavar a dentuça, vou à sala desejar boa noite aos meus “xinhos”, da mesma maneira que não saio de casinha, logo de manhã, sem dizer adeus aos bicharocos.

A somar a estas ocasiões, têm havido, para alegria dos papás que se vêem livres do Noddy, Ruca e companhias, umas longas sessões familiares de observação atenta à natureza que reina dentro do aquário.

A Cria

28 abril 2008

As primeiras impressões

Apesar dos conselhos que nos foram dados, pela inexperiência da família nestas andanças de aquários, não resistimos à tentação e decidimos seguir as instruções de duas ou três vozes experientes, ainda que em desacordo com tantas outras, e já temos “xinhos” no nosso aquário, em vez de esperar quase uma semana como alguém dizia.

Os papás compraram quatro xinhos Neón, azuis e encarnados, um limpa fundos e o senhor da loja ofereceu um Escalar, o que deixou a mamã muito preocupada porque já lhe tinham dito que esta criatura é má para os outros e pode, inclusive, matá-los à pancada.

Até agora, nada disso aconteceu e o tal do Escalar parece estar habituado à presença dos outros e não os ataca.

Um exemplo dum Escalar, igualzinho ao meu

O que aconteceu foi que um dos Neóns parece que não se adaptou bem, fugiu do cardume e acabou por morrer, preso num dos filtros do aquário.

O xinho Neón

Em jeito de primeira avaliação a este novo artefacto decorativo, digo-vos que gosto muito e recomendo, porque é muito giro e gratificante estar, em família, a observar os xinhos a nadarem, dum lado para o outro, e a paparem.

Diz o papá que, além disso, pode ser um motivo muito bom para ver menos Canal Panda… Pois, “bocas” dos adultos.

De qualquer maneira, já estou à espera de mais xinhos para fazerem companhia a estes e tornar o aquário mais colorido.

Será que algum, ou alguma, de vocês também tem aquário em casa e me pode dar alguma sugestão?

A Cria

Indo eu, indo eu a caminho…

… da escolinha, ao fim duma balda de uma semana, cheia de vontade, bem disposta, apesar da hora madrugadora a que acordei, e desejosa de rever os meus amiguinhos.

A Cria

25 abril 2008

O nosso aquário

Estou, cada vez mais, muito curiosa de ver como vai ficar o novo elemento decorativo da nossa salinha, quando estiver cheio de vida com os "xinhos" lá dentro.

Para já, aqui está o aquário, já depois do papá ter molhado a casinha toda a transportar baldes e baldes de água.

A Cria

24 abril 2008

"Xinhos"

Desde o dia dos meus anos, em que fomos ao Oceanário, que os papás começaram a alimentar a ideia de comprar um aquário cá para casinha, especialmente depois de terem verificado o meu interesse para com os peixinhos, como, aliás, para com tudo o que animal.

Blá blá blá para aqui, blá blá blá para ali e já temos um belo aquário, não muito grande, não muito pequeno, mas que, acho eu, vai ficar muito bonito.

Agora falta montar o móvel, meter o dito cujo lá em cima e atirar com os peixinhos lá para dentro.

A Cria

22 abril 2008

As "nossas" músicas

Não posso deixar de passar despercebido o facto de nós, pais “blogueiros”, termos muitas coisas em comum, para além desta árdua tarefa que é publicar as façanhas dos nossos filhos e manter, com o carinho que lhes é devido, estes espaços onde, à semelhança de diários, vamos registando o seu crescimento.

Da mesma maneira, também não posso deixar passar em claro o facto de sermos tão semelhantes no que toca ao nosso gosto musical e os comentários ao post “Fantasma Constipado” são uma prova disso mesmo.

Por isso, decidi confessar que, além da porra do fantasma com ranhoca no nariz, também me assolam, diariamente, o genérico do Noddy, logo a mim que nutria uma imensa aversão ao raio do boneco, a música do Ruca, e confesso que me deu vontade de rir ao saber que o pai da Inês também se vê em semelhante situação, e a música do Serafim que vai sentado no banco de trás na carrinha do pai, e da qual não consegui arranjar vídeo.



Vou passar a andar com mais atenção na rua, a ver se oiço alguém a cantar ou a assobiar alguma destas musiquetas…

O Papá

21 abril 2008

Prémio

A minha querida amiga virtual Becas (foi ela a primeira amiguinha que aqui arranjei) elegeu o Traquina e Irrequieta como um dos Blogger Del Dia.


Diz o regulamento que:

Um. Este prémio deverá ser atribuído aos blogs que consideramos bons, que costumamos visitar regularmente e onde deixamos comentários

“Dóis”. Quando o prémio é recebido, devemos fazer um post indicando a pessoa que o atribuiu e a respectiva ligação ao blog

“Trés”. Indicar 7 blogs para atribuição do prémio

“Quatú”. Deverá ser exibido orgulhosamente o selo do prémio, de preferência com ligação ao local onde é falado dele

Como sempre, já comecei a discutir com o papá sobre os sete blogs que devem figurar no ponto “trés”, porque o papá diz que o que é mais correcto fazer é seguir, à risca, o que diz o primeiro ponto.

Ou seja, os blogs que consideramos bons, que visitamos regularmente e onde deixamos comentários, sempre que o pouco tempo o permite, são todos aqueles que estão ali na coluna da direita.

Vou dar razão ao papá… Considerem-se todos galardoados com este prémio porque, para nós, todos vocês são importantes!

A Cria

Profissão: enfermeira

A mamã está meio adoentada e o médico aplicou-lhe uma baixa para ver se recupera convenientemente da tosse que a tem afectado.

Como o papá tem que trabalhar e não quer deixar a mamã sozinha, ficou decidido, em conselho familiar, que, nos próximos dias, eu vou fazer gazeta ao infantário para ficar a cuidar da mamã, nem que seja a pôr-lhe os pingos no nariz, que é coisa que já sei fazer muito bem.

A Cria

Legítima preocupação de pai

Não me levem a mal as(os) leitoras(es) deste nosso espaço familiar oriundos do norte do país.

Gosto muito do Porto, de Gaia, das pontes, das francesinhas e até respeito o facto do vosso clube de futebol ser campeão antecipado, tendo em conta que é, realmente, a melhor equipa do nosso miserável campeonato de futebol, mas começo a ficar preocupado com a dicção nortenha, vulgo portuense, da Joana.

Preocupado, porque não há meio de fazê-la entender que se diz chuVa, em vez de chuBa, e Vaca, em vez de Baca.

O Papá

17 abril 2008

Fantasma constipado

Reconheço que, desde que me lembro de ser gente, há sempre, naqueles momentos em que estou a pensar para com os meus botões, uma qualquer musica que paira dentro da minha cabeça, daquelas que, como se costuma dizer, ficam no ouvido.

Acho que é perfeitamente normal e, de certeza absoluta, não sou o único.

Seria, no entanto, legítimo pensar que, para um tipo de quarenta anos, a musiqueta a matraquear a carola fosse qualquer coisa como uns acordes dos lendários Pink Floyd ou U2, ou qualquer coisa mais recente como os Linkin Park, por exemplo.

O que não é legítimo pensar, nem, tão-pouco, parece muito normal, é que a musica que persiste em matraquear-me a cachola seja a música do fantasma que se constipou, vulgo “Atchim”, da autoria do Avô Cantigas…

Maldito Canal Panda…



O Papá

Nota - Também publicado no Sempre a Produzir

16 abril 2008

Strumpfs XVI


O Strumpf Poeta anda, constantemente, a percorrer a aldeia e o bosque, com uma pena numa mão e um pedaço de pergaminho na outra, em busca de inspiração.

Passa o dia inteiro “nas nuvens” à procura de rimas e estrofes e tem como fonte inesgotável de inspiração a Strumpfina.

Mais uma boa experiência

Ontem à noite, enquanto o papá ficou a fazer a lida da casa, deitei-me com a mamã e, pela primeira vez, ela agarrou num livro e leu-me uma história, tipo aquelas histórias de embalar de que nós, bebés, tanto ouvimos falar.

Uma experiência única para as duas, cheia de cumplicidade, e à qual correspondi condignamente, já que fiquei sossegadinha a passar as páginas do livro, quando a mamã me pedia para o fazer, e a ouvir, atentamente, as palavras da mamã.

Depois, a experiência foi outra e, já com o papá presente, andei a identificar objectos e animais num outro livro cheio de desenhos.

Muito catita, a brincadeira, porque os papás fechavam o livro e depois eu tinha que ir à procura, por exemplo, dum popó, no meio de tantas páginas e tantos desenhos.

A coisa durou um bom bocado, até eu ficar farta, dizer “Xá está! ‘Cabou!”, fechar o livro e deitar-me, de rabinho espetado para o ar, na almofada do papá.

A Cria

14 abril 2008

O miminho da Campanha da Amizade


Recebemos da Sara e da mamã um miminho da Campanha da Amizade, o que muito nos lisonjeou e que retribuímos.

As instruções de joguinho são muito simples:

- Copiar o selo que publicamos juntamente com o post ou no site Gospel Gifts

- Nomear dez espaços amigos para receberem o miminho e visitar cada um deles, comunicando-lhes a nomeação.

Por mim, vai de miminhos para todos quantos estão ali na barra da direita e todos quantos visitam o nosso espaço familiar, mas já pedi ao papá para fazer a coisa conforme as regras do jogo.

A Cria

Adeus, ó bicharoco

Depois dum fim-de-semana pacato, parece que o bicharoco que me atacou não resistiu ao xarope contra a tosse e aos Benuron que os papás me deram e deu de frosques.

Hoje voltei à minha escolinha e a única preocupação dos papás é um restinho de tosse que ainda se mantém e alguma falta de apetite.

Para mim, a única preocupação foi ter que me levantar às seis e meia da manhã, completamente ensonada, depois de três dias a acordar muito mais tarde.

A Cria

11 abril 2008

Strumpfs XV


O Strumpf Fortalhaço faz, naturalmente, juz ao seu nome e é facilmente reconhecível pelo coração tatuado no seu braço.

Mantém-se, sempre, em forma praticando todo e qualquer tipo de desporto.

Se há alguma coisa mais difícil para fazer, podes contar com ele, porque, apesar de ser um bocado bruto, está sempre disposto a ajudar.

Vade Retro, ó bicho nefasto

Estava tudo a correr às mil maravilhas quando, de repente, algum vírus manhoso decidiu atacar a filhinha.

Nada de especial, especialmente se atendermos à porcaria de tempo a que temos vindo a sujeitar-nos, mas suficiente para que a Joana não acordasse alegre e espevitada, como é seu costume, graças a alguma febre, tosse e nariz entupido, tudo sintomas normais de quem está constipada.

A batalha contra o estúpido do vírus já está em curso e só nos resta esperar para ver durante quanto tempo é que o bicharoco resiste.

09 abril 2008

Dia de consulta

Ontem foi dia de levar a pequena cria ao médico e ficarmos a saber, ou melhor, ficarmos com a certeza médica, porque já tínhamos essa noção, que a filhinha está excelente a todos os níveis.

E mais palavras para quê?

Rescaldo

Na segunda-feira, o meu dia de anos, só a chuva é que me atazanou o espírito, ainda que só por breves bocadinhos.

Levantei-me tarde e tive uma surpresa, já que os papás meteram um dia de férias para poderem ficar comigo todo o dia.

Sempre debaixo duma chuva violenta, fomos almoçar à Expo, a um restaurante que os papás gostam muito e que se chama República da Cerveja.

Acontece que eu não estava muito virada para almoçaradas e, depois de comer qualquer coisa e deixar muita comida no prato, fiquei muito entretida a fazer posses de manequim em frente a um espelho enorme que estava perto da nossa mesa.

Depois do almoço, veio a apoteose do meu dia de anos, com uma ida ao Oceanário para ver todos aqueles peixinhos, pinguins e uns cães nadadores que o papá diz que são lontras mas que eu acho que são cães.

Depois da visita, voltámos, sempre debaixo de chuva, para casinha e foi altura de reunir com os avós e cantar os “parabéns a você”.

Ao fim do dia, como devem imaginar, adormeci ferrada mas muito feliz.

A Cria

Porra

Há quem diga que a vida das pessoas é como um livro e, no livro da vida da Joana, foi altura de pôr um ponto final num capítulo e começar um novo.

No entanto, estes últimos dias, ainda antes de festejar o segundo aniversário, trouxeram algumas novidades de última hora.

Primeira novidade – A Joaninha calçou um sapato sozinha.

Já andava a ameaçar, com algumas (muitas) tentativas fracassadas, mas, desta vez, fomos descobri-la a brincar no quarto com um sapato no pé direito perfeitamente calçado e fechado com um daqueles fechos de velcro.

Segunda novidade – A Joaninha descobriu espinhas.

Precisamente… A filhinha descobriu, e lá arranjou maneira de as deitar fora, duas espinhas que a mamã deixou passar ao preparar o bacalhau cozido com grão para a pequena criatura.

Terceira novidade – A Joaninha disse porra.

Exactamente e com todas as letras.

Ao levar um prato com bocados de queijo, tropeçou, não caiu, mas deixou cair uns bocados de queijo que transportava.

Nem olhou para nós… Disse um valente POUGA, apanhou os bocados de queijo e foi à sua vida.

Nota - Também publicado no Sempre a Produzir

07 abril 2008

Dois Anos - Sobre a Filha


Tanto que vai ficar por dizer…

É impossível recapitular, com uma certa precisão no que toca a datas, tantas conquistas da filhinha, mas, tendo em conta a idade, há coisas que, aos olhos de outros pais, constituem verdadeiras surpresas, o que nos leva a ficar babados e, mais uma vez, cientes da nossa melhor contribuição para o desenvolvimento da nossa traquina.

No meio de muita perspicácia, alguma concentração, aprendizagem e aquisição de conhecimentos, quer por parte da cria quer por parte dos pais, as mudanças de fraldas, vestir a Joana e outras actividades similares, passaram a ser uma rotina do dia a dia da filhinha e da família.

Há, no entanto, algumas situações e considerações que ficam na memória dos pais, como a vontade, desde cedo, demonstrada pela pequena cria, em querer falar, no meio dum palrar muito característico.

Depois, as primeiras palavras, entre as quais, como não podia deixar de ser, “mamã” e “papá”, coisa que delicia qualquer progenitor.

Agora… Agora, não pára e o vocabulário cresce à medida que a Joana vai juntando palavras e fazendo as primeiras frases, como, por exemplo, “não queis banana, queis mais gutu!”

No meio desta coisa das palavras, é interessante ver como todas as crianças aprendem com muito mais facilidade a palavra “não” em detrimento da palavra “sim”.

Outro pormenor, ainda associado à linguagem, é ver o esforço intelectual dos pais, nós incluídos, a, por vezes, tentar entender o que os filhos querem dizer com vocábulos e grunhidos que não lembram a ninguém.

H2O, vulgo água, é coisa que a cria adora, seja ela para beber (após aquela fase em que não bebia mais nada senão leite), no banho em casa e na praia.

Desde que se começou a aguentar em pé, a cria passou a tomar banho na banheira da casa de banho, em vez de continuar a usar a banheira de recém nascidos ou um artefacto, que foi utilizado uma ou duas vezes, para poder estar sentada na banheira, e é uma alegria enquanto dura o tempo do duche.

Já na praia, e apesar do vídeo não o mostrar, a cria já demonstrou não ter medo, mas, isso sim, algum receio, o que é normal, e um visível sentimento de respeito pelo mar.

Depois de, com cerca de três meses e meio, ter dado o seu primeiro mergulho nas águas frias do Guincho, o que levou algumas pessoas a olharem para o pai com um ar de descompostura, enquanto outras sorriam com a situação, a filhinha passou, no passado verão e já a andar, ao contacto com a areia molhada e com as ondas, quase sempre por sua iniciativa mas sempre debaixo do olhar atento dos pais.


A propósito de andar, o feito deu-se no dia quatro de Julho de 2007, ou seja, a poucos dias de fazer quinze meses, e ficou devidamente registado no que toca aos primeiros passos em casa.


E, a propósito de casa, talvez por ser menina, a Joana tem demonstrado ser bastante arrumadinha, quando não é desarrumada…

Ou seja, quando não está com as brincadeiras típicas de bebé, em que tudo é para desarrumar, a cria leva muito a sério situações caseiras como ajudar a arrumar o quarto ou a despensa, depois de chegados a casa cheios de compras, pôr a mesa, levando ela os pratos, copos e talheres, ou levando para o caixote do lixo o que é suposto levar e mais algumas coisas que, no seu entender, sejam dispensáveis, como os tais dois copos que nunca chegaram a aparecer.

Talvez, também, por ser menina, começou, de algum tempo a esta parte, a protestar com a roupa que lhe vestimos, especialmente com os “xapátus”, e gosta de se olhar ao espelho, numa de ver se está tudo condizente, com um certo ar de menina vaidosa.

E vaidosos ficam os papás, quando têm alguma visita em casa e, chegada a hora, dizem à filhinha para ir para a cama e ela sai disparada, sem pestanejar e cheia de boa vontade, para a casa de banho, para lavar os dentes, e, depois, para junto da cama, onde fica especada, sempre agarrada a um dos “Míus” e a uma fralda de pano, à espera que a ponhamos na caminha.

Falando de caminha, aproveitamos a ocasião para dizer que estamos perfeitamente à vontade para levar a filhinha para a nossa cama, sem qualquer receio que haja habituação para adormecer, ou coisa que o valha, porque a cria sabe que, depois dum primeiro “nãããoo”, quando lhe dizemos que é para ir para a cama dela, é porque é mesmo para ir.

E as camas levam-nos a outras peças de mobiliário, como a cadeira de refeição que foi substituída, também já há algum tempo e por iniciativa da própria filhinha, por uma das cadeiras que acompanham a mesa da sala de jantar, ainda que a pequena cria não fique devidamente à altura da situação, o que parece não a preocupar minimamente.

Sem dúvida, por ocasião das refeições, as preocupações passam para o lado dos pais, com a antevisão da chafurdice oriunda da persistência da filhinha em querer desenvencilhar-se sozinha com os talheres e, quando farta dos mesmos, com as mãos.

A propósito de mãos, podemos, também, falar de desenhos, vulgo riscos e rabiscos, que a cria adora fazer, quer em papel, quer nas paredes de casa, e no uso das mesmas como reforço à linguagem, seja quando aponta para dizer ao que se refere ou como auxílio a expressões de surpresa ou dúvida, por exemplo.

As mãos da cria levam-nos, ainda, aos comandos da televisão, do leitor de dvds e da aparelhagem, tudo devidamente conciliado para que a cria possa ter momentos de lazer e aprendizagem com alguns dos programas do Canal Panda e treinar os seus dotes musicais e de dançarina.


Estamos, certamente, perante um dos posts mais longos na curta história do Traquina e Irrequieta e, como dissemos ao início, muito fica por dizer.

Mas, o mais importante não pode faltar e, por isso mesmo, aqui ficam os nossos parabéns, filhinha.

PARABÉNS por estes dois anos plenos de felicidade, tua e dos papás, e que se repitam por muitos mais, longos, bons e sempre cheios de saúde, alegria, paz, verdade e muito amor.

Adoramos-te, filhinha!

Os Papás

Dois Anos - Sobre a Mamã


Depois dos nove meses de uma gravidez santa, e sem grandes motivos de queixa, e da emoção de me ter nos braços pela primeira vez, passou, sem problemas de maior, pela fase em que até o simples facto de me vestir um babygrow era motivo de receio, numa de não me querer magoar.

Depois, veio aquela fase de aprendizagem do que é ser mãe, de ter que cuidar de mim, cheia de miminhos e muitos, e redobrados, cuidados, que durou, basicamente, até eu ter ido para o infantário.

Só a partir dessa altura é que a mamã começou a ser um pouco mais desprendida, no bom sentido, ou, se quiserem, mais tolerante com certos aspectos, ao ver que eu estava a adaptar-me bem às mudanças e à minha nova vida activa, construindo defesas que me foram permitindo passar do estatuto de bebé ultra frágil para frágil e, recentemente, de frágil para bebé.

Ainda assim, e ao fim de dois anos em que já mostrei à mamã como sou, há ocasiões em que a atitude protectora da mamã é, talvez, exagerada e sem razão para que a mamã fique nervosa.

Mas a minha mamã é mesmo assim, aliás, como tantas outras mamãs, especialmente quando o são por primeira vez, e, claro está, compreendo-a perfeitamente.

Afinal de contas, tenho dois aninhos e ainda sou uma bebé.

Já sei que todas as crianças dizem o mesmo me relação aos próprios pais, mas tenho a melhor mamã do mundo.

Tenho alguém que me ajuda a crescer, que me ensina as coisas da vida e que me dá muitos mimos.

Alguém que me aninha no colinho para adormecer, que brinca comigo e que tem a pachorra de me ajudar a arrumar os meus brinquedos.

Alguém que, com razão, refila comigo quando deito o arroz de pato para o chão, espalho o meu gutu na mesa e penteio-me com as mãos cheias de gelatina.

Alguém que desespera com algumas das traquinices que vou fazendo, mas que tem a força necessária para as aguentar e a paciência para me fazer ver o que está bem e o que está mal.

Alguém que adoro, do fundo do meu coração, e que sei que me ama muito!

Este é o meu dia, mas tu, mamã, também estás de PARABÉNS!

A Cria

Dois Anos - Sobre o Papá


Saudavelmente maluco, como a mamã costuma dizer, o papá é mais pachola e despreocupado e tem como mote o de me deixar andar para que eu possa aprender sozinha, sem, no entanto, abrandar, nem por um segundo, a vigilância e, por vezes, algo receoso com o que possa vir a ser o resultado final.

Diz ele que é a melhor maneira para eu aprender as lições que a vida tem para me dar, impondo, obviamente, os limites que ele considera justos e normais para a minha educação.

É, por isso, em certas, e não poucas, ocasiões, inflexível e severo, quando se apercebe que tem mesmo que ser assim e que a melhor atitude a tomar, para o meu bem, é pôr um travão nas minhas traquinices, atitudes ou birras.

O papá tem, também, algumas brincadeiras que não agradam muito à mamã, como atirar-me ao ar ou agarrar-me pelas pernas e virar-me ao contrário, coisa que começou a fazer assim que percebeu que eu já conseguia aguentar com estes exercícios.

Já sei que todos os bebés dizem o mesmo, mas, em relação ao papá, digo o mesmo que disse em relação à mamã, ou seja, tenho o melhor papá do mundo.

Tenho alguém que me ajuda a crescer e que faz os possíveis por me mostrar a vida como ela realmente é.

Alguém que me aninha no colinho para adormecer, que me dá muitos mimos e que começa a ensinar-me a guiar um popó.

Alguém que, apesar de cansado, ao fim do dia, tem a pachorra e a força necessárias para aguentar as minhas manhosices e a paciência para falar comigo e dizer-me o que está certo e o que está errado.

Tenho alguém que adoro, do fundo do meu coração, e que sei que me ama muito!

Este é o meu dia, mas tu, papá, também estás de PARABÉNS!

A Cria

Dois Anos - Sobre a Família


Há vinte e quatro meses atrás, às sete e meia da tarde, a nossa filhinha lá decidiu dar o verdadeiro ar da sua graça e, após massacrar a mamã durante dois dias e mais uma horas, veio conhecer o mundo.

Um mundo que, para nós, pais pela primeira vez, mudou radicalmente, com a imposição de uma série de novos costumes, aos quais não estávamos, minimamente, habituados, o aparecimento de um sem número de novos objectos a servir de decoração à casa e a experiência de muitas novas sensações no que toca a aspectos da vida quotidiana, como, por exemplo, responsabilidade acrescida.

Passados dois anos, vividos com aquela sensação de que o tempo passou rápido demais, fica a impressão de que as nossas responsabilidades paternais tendem a ser cada vez maiores e, de certa maneira, mais complexas, à medida que a Joana vai passando pelas mais diversas fases e a sua educação se torna mais exigente.

Ou seja, de bebé indefesa, onde a nossa responsabilidade passava, sobretudo, pelos cuidados normais no que toca a alimentação, higiene e saúde, a Joaninha passou a ser uma bebé saudável e extremamente esperta, dois aspectos que, aliados à energia normal para esta idade, a uma imensa curiosidade e a uma certa autonomia, a tornam muito traquina, irrequieta e senhora do seu nariz, ainda que muito meiga, piegas (em certas ocasiões), obediente e compreensiva.

Como todos os pais babados, mas conscientes da realidade, sabemos que a nossa querida filha não é o supra sumo, com as suas virtudes e defeitos, inerentes a qualquer ser humano, e as birras e manhas, inerentes a uma bebé de dois anos.

No entanto, e depois de tanto ouvir falar e conversar com outros pais, sabemos, também, que a Joana não tem sido, nem de perto nem de longe, uma bebé problemática, mal criada ou daqueles bebés que levam os pais ao desespero, o que nos leva a ter a consciência de que tudo o que temos feito, baseados no melhor que sabemos e que está ao nosso alcance, tem provado ser o melhor para a educação da nossa filhinha.

Os Papás

Parabéns


Para o meu amigo Henrique, que, ao nascer um dia antes de mim, me fez perder a primeira aposta da minha vida, um grande beijinho de PARABÉNS.

A Cria

04 abril 2008

Banana

Ao ver que tinha muito tempo de seca à espera do comboio, a minha querida mulher comprou uma daquelas revistas de mamãs, pré-mamãs e bebés, numa de ficar entretida.

Uma revista deveras interessante que, além disso, trazia um suplemento sobre alimentação para bebés e grávidas, cujas receitas davam para fazer água na boca e sobre uma das quais, a Mousse de Banana e Iogurte, a minha visão mais apurada detectou uma gafe…

O Papá
Nota - Também publicado no Sempre a Produzir

03 abril 2008

AHA

Com o aproximar do dia sete, existem certos momentos, anteriores ao próprio nascimento da Joana, que nos têm assolado à memória.

Há dois anos atrás, andávamos num despique saudável com um casal cujo primeiro rebento estava, também, prestes a nascer e, num destes dias, lembrámo-nos dum jantar em que os quatro (seis, ainda que dois ainda estivessem dentro das respectivas) nos reunimos para trocar algumas impressões sobre o estado barrigudo das duas mamãs e as ansiedades naturais dos dois, na altura, inexperientes, papás.

De repente, lembrámo-nos, também, que o André tinha, na altura, um blog, onde relatava o dia-a-dia da gravidez da Ana.

Rebuscámos o dito blog e descobrimos um texto, onde o André relata o encontro, que aqui reproduzimos, com a devida vénia de agradecimentos.

Na passada terça-feira tivemos um jantar bem interessante e fomos encontrar-nos com um casal que conhecemos há uns meses, bem no início da gravidez, e que têm uma diferença de uma semana para nós.

Quer isto dizer que nós estamos na semana 38 (quase 39) e eles na 37 (quase 38).

Ao longo destes meses, temos contactado por e-mail e sms mas, até agora, ainda não tínhamos tido oportunidade de nos vermos ao vivo e a cores.

Gostei particularmente do momento em que a Ana e a Sónia se cumprimentaram.

Com duas mega barrigonas, os dois beijinhos da praxe tornam-se bem mais difíceis e, aliás, uma das pessoas que estava noutra mesa começou-se a rir com a situação inusitada.

Outra das coisas que me apercebi foi que, nestas coisas da gravidez, nada é feito ao acaso: assim, as ecografias, consultas, ctg`s e afins foram sempre feitas com uma semana de diferença (connosco à frente - à excepção do toque).

O resto do jantar foi uma interessante troca de experiências, opiniões e expectativas sobre a gravidez e tudo aquilo que ela acarreta, e percebemos que, afinal, todos temos mais ou menos as mesmas expectativas, os mesmos anseios e desejos, e que as reacções das mulheres são, muitas vezes, parecidas.

Assim, a meio do jantar foi engraçado reparar que as duas pré-mamãs estavam a fazer os mesmos movimentos, passando a mão sobre a barriga, exactamente com a mesma velocidade e no mesmo sentido, qual coreografia ensaiada.

O mais enternecedor é que não foi ensaiado: são apenas os instintos naturais...

O jantar acabou com votos de boa sorte, de força e de saúde, e estou certo que a próxima vez que nos encontrarmos, já com as crianças, teremos ainda muito mais experiências e histórias para contar.

Uma data a assinalar


Faz hoje 3 anos que morreu Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II.

02 abril 2008

Strumpfs XIV


Este é o Strumpf Comilão que, como o nome diz, só pensa em comer e que tem como mote “Não comas para viver mas vive para comer!”.

Seja o que for que lhe apareça à frente, o Comilão engole: saladas, carne, peixe, sopa, queijo ou fruta.

No entanto, o que, realmente, gosta mais são as tartes, pastéis e os doces confeccionados pelo Strumpf Pasteleiro.

Azáfama matinal

Findo o meu banho, dei por mim encharcado e sem toalha, que, por ainda estar um bocado húmida, estava a secar no aquecimento do nosso quarto.

Entreabri a porta da casa de banho e vi que a minha querida mulher estava a secar o cabelo na outra casa de banho.

Duas soluções se propuseram:

A primeira, sair da casa de banho e ir até ao quarto, em pelota e deixando um rasto de água pelo chão fora, buscar a toalha.

A segunda, pedir ajuda à filhinha que estava, confortavelmente, deitada na nossa cama a beber o leite da manhã, enquanto via o Canal Panda.

Sem certezas do que poderia acontecer, já que, primeiro, outras toalhas estavam, também, em cima do aquecimento e, segundo, a pequena cria podia nem ligar nenhuma, de tão embrenhada que estava com os seus programas televisivos, chamei pela Joana e disse-lhe para trazer a toalha do papá.

Nem meio minuto depois, a porta da casa de banho abriu-se e lá estava a querida filhinha, com um ar delicioso, despenteada, de pijama e com a chucha na boca, com o Míu numa mão e a minha toalha, seca e quentinha, na outra.

O meu obrigado ficou a modos que no ar, porque deu-me a toalha, virou-me as costas e voltou para o quarto, apressada e a balbuciar, leia-se refilar, qualquer coisa como quem diz que lhe interrompi os desenhos animados.

O Papá

01 abril 2008

A aventura de Sábado à tarde

Foi, sim senhora, uma aventura e fui com os papás à festa dos sete anos do primo F. de comboio.

Foi uma aventura que começou logo na gare, comigo a apontar para tudo o que me rodeava, os passarinhos, os pombos e os comboios que iam passando.

Depois, portei-me muito bem e fui sempre sentada no meu lugar, a ver a paisagem a passar e a fazer meia dúzia de observações, sempre que julgava conveniente.

Quanto à festa, propriamente dita, não era bem para a minha idade, porque eram todos mais velhos do que eu, mas, ainda assim, diverti-me muito com o primo JM e andámos lá a subir umas escadas que davam acesso a uma ponte que, por sua vez, dava acesso a um escorrega.

Ainda tentámos jogar à bola, mas aqueles meninos mais velhos não nos ligaram nenhuma e só estávamos a arriscar levar um encontrão que nos podia atirar para o meio do chão.

Novidade importante é que comi, por primeira vez, uma Bola de Berlim, cheia de creme e com aquele açúcar todo que deixou as minhas mãozinhas todas pegajosas.

Claro que quando cheguei a casa, depois de mais uma viagem no comboio, comi uma papinha de maçã, um gutu e adormeci, ferrada, ao colinho da mamã.

A Cria