29 outubro 2008

Joana musical

Ontem, depois dum lanche ajantarado, só possível porque faltou a água no escritório do papá, o que lhe permitiu usufruir da tarde em família, decidimos rever o filme “A Máscara”, depois de termos visto um pouco dos desenhos animados com o mesmo nome.

Claro está que a pequena cria nos fez companhia e muito mais do que isso…

Nas partes musicais do filme, à base, especialmente, de ritmos latinos, tipo rumba ou salsa, era ver a filhinha a saltar do sofá e desatar a dançar à volta da mesa, enquanto dava uns acordes, por acaso coincidentes com a música e cheios de ritmo, numa corneta colorida que lhe ofereceram, em tempos.

E ainda tinha tempo, cada vez que passava por lá, de carregar nas teclas dum pseudo órgão que estava “estacionado” na mesa.

Susto matinal

A meio caminho entre casa e a escolinha, desatei aos berros a gritar pelo papá, pela mamã e pela abelha…

Era uma abelha, sim, que estava “plantada” na minha janela a olhar para mim, com ar de quem pensava se me havia de dar uma ferroada ou se me deixava ir à minha vida.

O papá abriu logo a janela, enquanto fazia um desvio, para uma travessa sem saída, de modo a poder parar o popó e dar umas porradas na abelhuda.

A bicha aproveitou a deixa e fugiu, enquanto eu, num misto de choro e riso assustado, a ia enxotando à base duns “xô, abelha feia, vai embora a Joana!

A Cria

26 outubro 2008

Andam a gozar comigo!

Os papás parecem malucos!

Agora deu-lhes para se meterem comigo e dizerem que eu sou chata, feia e maluca, só para me chatearem e desatarem a rir às gargalhadas com o meu beicinho zangado, enquanto lhes digo que “não diz ixo! A Joana não é chata! A Joana é inda! A Joana é bebé!

A Cria

Adeus grades!

Depois de, no Sábado, termos ido celebrar o primeiro aniversário da priminha Isabel que, diga-se de passagem, está gorduchinha, mais interactiva comigo e a aventurar-se nos primeiros passos, o Domingo foi, tal como outros, dedicado às limpezas caseiras e a arrumações.

Só que, desta vez, houve umas coisas diferentes e os papás pareciam decididos a fazer limpezas a fundo.

Começámos pela arrecadação, deitámos uma porção de tralha fora e o papá levou uma série de coisas para a igreja, para dar a meninos que precisam.

Depois da arrecadação, e de almoçar um bom Cozido à Portuguesa, os papás entretiveram-se a limpar a casinha, sempre com a minha preciosa ajuda, e a fazer umas pequenas alterações, entre as quais surgiu uma grande alteração…

Já tinha ouvido os papás falarem no assunto e, hoje, a mamã decidiu andar com a coisa para a frente e pôs o papá a desmontar um dos lados da minha caminha de grades.

Ou seja, fiquei com uma caminha diferente e agora já não tenho que berrar cada vez que me quero levantar e sair da cama.

A alteração levou a que os papás montassem um bocado daquele tapete esponjoso junto à cama e pusessem uma almofada no chão, não vá eu dar em maluca e cair da caminha abaixo, o que, segundo eles, seria perfeitamente normal dada a minha irrequietude natural, o que fez com que o meu quartinho ficasse mais espaçoso e arrumado, pelo menos até eu espalhar as minhas traquitanas no chão.

A Cria

23 outubro 2008

Maluquices do papá

A mamã estava a meter-se com o papá a dizer-lhe que gostava de cabelos brancos, numa de que os homens ficam com mais pinta.

Com um ar zangado e triste, o papá saiu, disparado, da cozinha e voltou, passado um bocado, com o cabelo completamente branco.

Enquanto a mamã ria que nem uma perdida, eu fiquei admirada a olhar para o papá, a pensar no que raio tinha acontecido com o cabelo dele.

Afinal, não tinha sido nada de especial… O papá tinha despejado o meu pó de talco pela cabeça abaixo para mostrar à mamã que fica cheio de pinta com o cabelo grisalho.

A Cria

22 outubro 2008

Um dia muito diferente

Em jeito de aditamento ao post “Uma manhã muito diferente”, afinal, a manhã acabou por se transformar em dia.

A coitada da cria ficou de rastos, talvez por falta de hábito no que toca ao ar pesado de Lisboa e ao stress matinal das correrias na cidade.

Vai daí, de regresso a casa, adormeceu no comboio, nem deu pela pequena viagem de carro entre a estação e casa e continuou ferrada quando a mãe a deitou no sofá.

Como chovia bastante, ao fim da tarde, a mamã decidiu ir buscar o pai à estação e a pequena criatura, mais uma vez, nem deu por nada.

A coisa deu motivos para risota quando, por volta das nove da noite, a obrigámos a acordar para comer qualquer coisa, uma vez que, cada vez que a sentávamos no sofá, a Joana revirava os olhos entreabertos e caía para o lado, com uma pedrada de sono totalmente atípica.

21 outubro 2008

Uma manhã muito diferente

Sempre que tenho que vir para Lisboa com os papás, por exemplo, por ser dia de médico, o normal é ir para o escritório da mamã e passar lá umas horas antes dos outros afazeres.

Hoje, o dia foi completamente diferente e, pode-se assim dizer, uma verdadeira aventura para mim e para os papás, e, para não ter que estar aqui a escrever um enorme testamento, passo a enumerar os pontos principais que a compuseram.

- Ao contrário do que é costume, os papás decidiram, depois de, ontem, termos tido uma conversa a três, ir de comboio, em plena hora de ponta, em vez de levar o popó.

- Depois da mamã sair, numa estação antes da nossa, saí com o papá na estação de Entrecampos e fomos a pé para o trabalho do papá, ou seja, uns quantos quarteirões que são uma distância considerável para uma bebé, como eu.

Foi uma animação matinal, andar a correr pelo passeio fora, muito atenta aos aviões que iam passando, aos pombos que se atravessavam à minha frente e aos popós.

- No trabalho do papá portei-me, segundo ouvi dizer, muito bem, a fazer os meus desenhos, a levar papeis dum lado para o outro, a ver umas fotos com o Ócas e com a Isabel, que, além disso, ainda me deu umas bolachinhas muito boas.

O único trabalho suplementar que dei ao papá foi um cocó na fraldinha, prontamente resolvido na sala de reuniões, que foi fechada, durante uns quantos minutos, para servir de fraldário.

Para quem tem bebés da minha idade, nem vale a pena tecer comentários sobre o cheirinho que ficou impregnado na referida sala de reuniões…

- Chegada a hora, dei beijinhos a todos e lá fomos, outra vez passeio fora, ter com a mamã para ir para o médico.

Fomos num popó diferente, com uma cor de cocó deslavado, com um senhor, que eu nunca tinha visto mais gordo, a guiar, enquanto que eu ia, com os papás, no banco de trás.

Uma coisa esquisita, porque não havia a minha cadeirinha, nem o cinto de segurança e porque nunca tinha visto a mamã e o papá, os dois ao mesmo tempo, no banco de trás.

- No médico correu tudo às mil maravilhas e, depois de me auscultar, dar aquelas pancadinhas na barriga, ver os dentes, os ouvidos e toda a panóplia normal de coisas que os médicos fazem, o senhor doutor disse que eu estou nos conformes e elogiou o meu crescimento, o que deixou os papás muito contentes e, especialmente a mamã, descansados.

- Depois do médico, fomos à procura dum restaurante para papar qualquer coisa e, no meio da minha pressa, espalhei-me ao comprido no passeio.

Nada de grave, mas deu para fazer um pequeno dói-dói no meu joelho, prontamente limpo e desinfectado com saliva do papá, que mais parecia um cão a lamber a cria, ali no meio da rua, enquanto as pessoas passavam por nós com um ar de quem devia pensar que somos malucos.

- Depois do almoço, fomos – desta vez com um cocó a importunar-me o meu bem-estar – andar, outra vez, de comboio, rumo a casinha.

Ainda pensei que íamos os três, como de manhã, só que, desta feita, foi a vez do papá sair antes, porque tinha que voltar ao trabalho, e deixar-me com a mamã.

- Depois da viagem de regresso e de meio dia tão atribulado, com comboios, esteiras e escadas rolantes, grandes caminhadas, baptismo de táxi, médico e dói-dóis, cheguei a casinha e depois deste, afinal, testamento, adormeci ferrada, na companhia da mamã.

A Cria

A primeira longa-metragem

Pedi ao papá para não ir para a caminha sem me fazer o favor de escrever umas linhas sobre a nossa noite.

Depois do jantar, o papá fez uma surpresa à mamã e a mim e pôs na “tão” um filme duns gatinhos muito queridos que se envolveram numa aventura com outros gatos, cisnes, um ratinho, uma égua e dois cães.

Foi a primeira vez que vi um filme completo, cheia de atenção, cheia de comentários (como, por exemplo, dizer que os gatinhos estavam com medo e que queriam a mamã deles), com muitas gargalhadas à mistura e a bater palminhas, enquanto “dançava” ao colo dos papás, ao som da orquestra dos gatos vadios.

A minha primeira longa-metragem chama-se “Os Aristogatos” e é um filme muito catita, que nos proporcionou um belo serão em família.

A Cria


Esta encantadora história começa em Paris, quando uma bondosa e excêntrica milionária decide deixar em testamento toda a fortuna à sua família - uma família de gatos da alta sociedade.

Escutando os seus planos, Edgar, o ganancioso mordomo que pretendia a herança, rapta Duquesa, a elegante e educada mãe gata, e os três irrequietos gatinhos, abandonando-os depois no campo.

O charmoso O'Malley, um corajoso gato vadio que ocasionalmente passava por perto, oferece-se então para os ajudar a regressar a casa.

16 outubro 2008

Arrumação esmerada

Ontem, ao fim da tarde, fomos às compras e, ao chegar a casa, a Joana ajudou nas arrumações das bolachas, dos sumos, dos pacotes de leite com chocolate, etc, etc.

Uma das coisas que também lhe passei para as mãos, para que levasse à mãe que estava encarregue de arrumar as coisas na cozinha, foram os diversos tipos de iogurtes, a saber, e como a Joana os teima em classificar, os gutus da Joana, os gutus do papá e os gutus da mamã, que são os iogurtes líquidos.

Como ela voltou à despensa, onde eu ia despejando os sacos, sem nada nas mãos, assumi que estava tudo bem.

Hoje, pela manhã, quando abri o frigorífico para tirar, precisamente, um iogurte, deparei-me com uma arrumação deveras aprimorada mas algo diferente àquela que é normal quando a mamã ou eu arrumamos o frigorífico.

Quando perguntei à minha mulher se tinha sido ela a arrumar os iogurtes e ela me respondeu que não, abri a porta do frigorífico, para lhe mostrar a obra de arte em que a Joana transformou a prateleira dos iogurtes, com todos eles muito bem posicionados e alinhados, cada qual dentro da sua categoria, e ficamos embasbacados a contemplar aquela obra prima da arrumação.

Linda menina, a nossa filha.

O Papá

15 outubro 2008

Musicol

Hoje, pela fresquinha da manhã e depois do banho, reparei que a cria andava a cantarolar a escala musical, o que me deixou surpreso.

Chamei, meio às escondidas a mãe, para ver se a filhinha não se calava, e, afinal, o assunto já era conhecido.

Acontece que, ontem, a filhinha teve a sua primeira aula de música, uma novidade neste ano lectivo.

O Papá

14 outubro 2008

De volta à escolinha

Ontem, depois da tal semaninha de férias para aproveitar o fim da baixa da mamã, voltei ao infantário, toda contente e sorridente por reencontrar os meus amiguinhos, de quem já tinha algumas saudades.

A Cria

12 outubro 2008

Horário de fim-de-semana

Na sexta-feira, talvez porque dormi uma grande sesta à tarde, fui fazendo companhia aos papás e sem nos apercebermos era uma e meia da manhã quando nos deitamos, depois de muita televisão, uma agradável ceia e muita brincadeira.

Nos Sábado acordámos à uma da tarde e fomos almoçar às três, tipo à espanhola.

Já sei, já sei… Isto não são horários para bebés, mas soube muito bem!

A Cria

10 outubro 2008

Poucas novidades

Estas mini férias não têm sido muito férteis em novidades dignas de registo, apesar de algumas traquinices caseiras.

Na verdade, tenho aproveitado para fazer muitos desenhos, acompanhar a mamã em pequenos passeios, ajudar a mamã nas lides da casinha, aperfeiçoar a minha fala e brincar muito com os meus legos e com a bonecada espalhada pelo meu quarto.

Os papás dizem que estou a crescer e a ganhar umas expressões diferentes, especialmente na forma como me vou exprimindo, além de continuar a demonstrar muita desenvoltura e capacidade de desenrascanço.

Bem… Eles lá sabem o que andam para ali a dizer.

A Cria

07 outubro 2008

Para memória futura

Os papás dizem que o tempo passa a voar e que parece que foi ontem...

A Cria

Mini férias

Vitória! Minha e da mamã!

Convencemos o papá para eu ficar em casinha, com a mamã, durante esta última semana da baixa dela.

O papá não estava muito de acordo porque diz que estar a pagar a escolinha para eu andar na balda, não está a dar com nada.

Em todo o caso, verdade seja dita, não foi muito difícil convencer o papá.

A Cria

04 outubro 2008

Depois da tempestade, a bonança

Adormeci ferrada, dormi toda a noite, sem voltar a vomitar, e só fiz um cocó muito mal cheiroso.

Às nove da manhã, acordei, liguei as pilhas, cheia de energia para um novo dia, e “arruinei” a manhã de Sábado dos papás, que queriam descansar mais um pouco.

Só falta ganhar o meu apetite habitual…

A Cria

03 outubro 2008

Fim de tarde atribulado

Por volta das sete horas, fui, com a mamã, buscar o papá à estação e, confesso, não me estava a sentir lá muito bem, de tal maneira que a primeira coisa que disse ao papá, quando ele entrou no popó, foi que tinha dói-dói na barriga.

Quando chegámos a casa, deitei-me um bocadinho no sofá, enquanto os papás mudavam de traje, e, de repente, senti-me de tal maneira mal que fui a correr, a chorar, para o papá a dizer que continuava com dói-dói na barriga.

O papá nem teve tempo de fazer nada… Vomitei em cima das calças dele, na camisa e no chão do quarto, além, obviamente, da minha roupa.

Baaaaahhhhh… Que cheiro pestilento que aquilo deitou!

Depois dum duche tépido, senti-me melhor, para, passado um bocado, repetir a dose, desta vez em menos quantidade.

E outra vez, e outra vez, e outra vez…

Puxa! Vomitei cinco ou seis vezes, ainda que as últimas já só saísse aguadilha misturada com cuspo e fiz umas diarreias mal cheirosas, de certeza bem piores do que aquele macaquinho cujo vídeo o papá publicou há uns dias atrás.

Conclusão… Adormeci ferrada, fruto, certamente, do cansaço provocado pelos vómitos, enquanto os papás lavavam, à pressa, as minhas fraldas e os meus pijaminhas, que ficaram todos sujos.

Amanhã conto como correu a noite…

A Cria

Segurança no popó

Ultimamente, a filhinha tem feito uma fita desgraçada quando, sentada na cadeirinha do carro, lhe dizemos que tem que pôr o cinto de segurança.

Já lhe dissemos que o cinto é preciso, que o cinto é bom, que o cinto é para não fazer dói-dói na cabeça e já lhe dissemos que tem que pôr o cinto por causa do polícia.

A resposta foi clara: “A Joana não quer o “poícia” da Joana dá palmada!

02 outubro 2008

A carola do papá

Devem ser muitas as preocupações que andam a assolar a cabeça do papá, porque não é nada normal abrir a porta do frigorífico para meter lá dentro coisas que eram para ir para o caixote do lixo, nem dirigir-se para a casa de banho em vez da porta da rua, para sair e ir trabalhar.

A Cria

01 outubro 2008

Novidades… Poucas mas boas

Ontem a mamã foi, mais uma vez, ao médico e as notícias deixaram os papás contentes, já que, de acordo com as ecografias, está tudo bem com a mamã e tudo o que havia para sair já saiu naturalmente.

Durante a madrugada – eram cerca das cinco e trinta – acordei, percebi que não tinha a chucha ao meu lado e decidi berrar, numa de ver se alguma alminha caridosa me prestava atenção.

O papá lá apareceu no meu quarto, com um ar muito ensonado, deu-me uma chucha, a minha fralda, um ursinho e convenceu-me a ficar na caminha.

Acho que vou fazer isto mais vezes porque hoje, ao acordar, percebi que já era tarde e que ia ficar com a mamã, que já me explicou que, quando o pai acordou e foi ao meu quarto para me levantar e ir para a escolinha, eu estava a dormir profundamente, com ar de anjinha, e o papá não teve coragem de me tirar da caminha.

A Cria