24 setembro 2007

A baba do padrinho

Este fim-de-semana o meu padrinho foi jantar lá a casa e, finalmente, dei um ar da minha graça para com tão simpática criatura.

Finalmente, sim, porque, até agora, tinha sido sempre um bocado fria para com ele, ainda que sem nenhuma razão aparente.

Talvez sejam os quase dois metros de altura, que me obrigam a olhar muito para cima ou, se me pega ao colo, a olhar muito para baixo, que sempre me fizeram uma certa confusão, ainda que, por vezes, me conseguisse manter sentada ao colo dele, sem estrebuchar muito.

Mas, desta vez, a coisa foi diferente e, depois duns primeiros momentos mais renitentes, fiquei mais à vontade e, acho que de propósito, por parte dos papás, até fiquei sentada ao lado do padrinho durante o jantar e lá fomos “falando” os dois.

Depois do jantar, aí é que foi, e o padrinho ficou todo inchado, com a baba a escorrer-lhe pelo queixo abaixo e quase com uma lágrima no canto do olho, quando fui buscar alguns dos meus brinquedos e fui a correr dar-lhos, numa de brincadeira conjunta, ou quando me pus a dançar mesmo à frente dele ou, ainda, quando, já de pijaminha vestido, ainda fiquei um bocado ao colinho dele, antes de ir para a cama.

Resumindo, o meu querido padrinho que não fique preocupado, porque esta coisa de renitência e vergonha é típica em crias da minha idade.

Beijinhos grandes para o meu padrinho J.

Assin. – A Cria

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