31 dezembro 2009

Adeus 2009

No meio de uma imensidão de salganhadas e problemas que afectaram esta pacata família nestes dois últimos meses, lá consegui arranjar um bocadinho para desejar a todos quantos nos visitam umas boas saídas e que entrem com o pé direito no novo ano que se aproxima a passos largos.

Voltaremos em 2010 e espero que com tempo para vos contar as peripécias pelas quais os papás e eu passámos nos últimos dias.

A Cria

21 novembro 2009

O papá tem dói-dói

O que havia de dar na cabeça do papá, com a idade que já tem…

Ele, que sempre disse que quatro rodas são, sempre, melhores que duas, decidiu dar numa de teenager e passou a andar regularmente de motoca (aquelas aceleras tão em voga) nalgumas das suas deslocações em trabalho.

Na quarta-feira passada, os papás chegaram ao colégio de táxi, o que me deixou logo meia confusa, e mais confusa fiquei quando vi que o papá estava a aprender a andar com a ajuda dumas muletas.

Ainda mais confusa fiquei quando, ao chegar a casa, vi que o papá tinha a perna direita toda ligada do joelho para baixo.

Tudo porque o papá ia a estacionar a motoca quando, como ele diz, a safada ganho vida própria e atirou com o papá para o chão de modo a amortecer a queda dela.

O primeiro resultado são umas quantas nódoas negras no lado direito do rabinho do papá, no tornozelo e no joelho esquerdos, e um enorme hematoma na perna direita, com três feridas lá pelo meio, uma delas com direito a um ou dois pontos.

O segundo resultado é que, além de passar a desempenhar as funções de ajudante de enfermagem, porque tenho que ajudar o papá a descalçar as meias e a tirar as calças, tive que emprestar duas das minhas almofadas ao papá para ele poder ficar com a perna numa posição mais elevada.

A Cria

17 novembro 2009

Resumo dum fim-de-semana alargado

- Para quem queria sair a horas minimamente decentes, saímos tarde e más horas na quinta-feira, dia 12, o dia do trigésimo quarto aniversário da mamã, depois de a enchermos de beijos suculentos de parabéns e de lhe darmos uma linda prenda. (Ops… Acho que já meti a pata na poça, porque não se diz a idade das meninas…)

- Sexta-feira, de manhã e após um pequeno-almoço reforçado, demos uma volta por terras remotas e lindas de Portugal, como Penha Garcia e Monsanto, que dizem ser a aldeia mais portuguesa de Portugal.

À tarde, rumámos a Espanha, ainda que não tenhamos ido muito longe.

- Sábado foi dedicado a Espanha, com um breve passeio em Cáceres – breve porque estava tudo fechado – e muito tempo dedicado a visitar a linda cidade de Plasencia, que tem uns monumentos lindos, muitos corvos a esvoaçar sobre a torre da catedral, uma praça central muito bonita e uma rua cheia de lojas para todos os gostos, onde, obviamente, a mamã se deteve mais tempo, enquanto o papá levava as mãos à cabeça.

- Para quem queria chegar a casinha a horas minimamente decentes, no Domingo, chegámos tarde e más horas, depois de termos passado grande parte da tarde em Castelo Branco em casa das minhas primas – que eu nem conhecia – Matilde e Mafalda, numa calorosa e pegada brincadeira.

- Em Monfortinho, onde pernoitámos, ficámos na Pensão das Termas, entregues aos cuidados da prima Clarinha e do tio Carlos.

Digo-vos, de passagem, que a Clarinha é uma pró em culinária e que fiquei de tal maneira fã dos seus cozinhados que, ao chegar a casinha, só dizia aos papás que queria batatinhas aos quadrados com o molho da Clarinha.

- Laranjeiras em plenos passeios é coisa que não falta em Monfortinho e Penha Garcia, e os papás pareciam tontinhos cada vez que decidiam parar o popó e sair, de sacos nas mãos, para apanhar estes citrinos, em plena avenida e à vista de toda a gente.

- Em termos de paisagem, pelo menos naquela zona, Espanha e Portugal são muito idênticos e férteis em vaquinhas, passarocos de asas azuis, cavalos e muitos memés.

No entanto, as diferenças são muitas, tal como o papá comentou, recentemente, neste post.

De tal maneira muitas que, quando, num dos regressos a terras lusas, o papá me disse que estávamos a entrar em Portugal a minha reacção foi dizer, alto e bom som, “puuffff… cheira mal!

A Cria

10 novembro 2009

Nada de preocupações…

A falta de tempo do papá para se dedicar, convenientemente, às lides dos blogues é a única razão da falta de assiduidade a que vos tínhamos habituado.

O fim-de-semana que vem vai ser prolongado, uma vez que os papás meteram dois dias de férias, e vamos até Monfortinho, numa de desanuviar as carolas.

Vamos dando notícias, à medida que o tempo disponível assim o permitir.

A Cria

03 novembro 2009

Regresso à rotina diária

Finalmente, voltei à escolinha e, confesso, já estava com algumas saudades dos meus amiguinhos, amiguinhas, educadoras, auxiliares e afins.

Porque o papá não teve tempo de ir buscar a declaração do médico em como já estou catita, apesar de ainda ter algumas crostas por cair, tive que ficar quase uma hora na sala da direcção, tipo quarentena, até chegar um fax do meu médico com a tal declaração.

Agora estou à espera que chegue Sábado, para voltar à natação, e ando a ver se consigo pôr as horas em dia, porque, ao fim de quinze dias em casinha, já não estava habituada a levantar tão cedo e a este ritmo diário.

A Cria

29 outubro 2009

Perguntas estúpidas

Às vezes, nem damos por isso, talvez por distração, cansaço ou porque são situações tornadas tão corriqueiras que já nem ligamos, mas a verdade é que, por vezes, somos confrontados com perguntas estupidamente ridículas…

- Quando estás na cama, deitado, de olhos fechados e luz apagada e alguém entra e pergunta se estás a dormir…

Ridículo e merecedor de resposta do género “A dormir? Nada disso… Estou a treinar para quando morrer”.

- Quando levamos um electrodoméstico para um daqueles estabelecimentos reparadores e o gajo do balcão pergunta se o aparelho está com problemas… Dá vontade de responder que não, que o coitado do aparelhómetro estava cansado de estar em casa e que fomos ali só numa de dar um passeio para desanuviar.

- Ou quando um gajo acaba de acordar, ainda a esfregar os olhos e a bocejar à força toda, e alguém pergunta se já estamos acordados…

A resposta óbvia é que não… “Não acordei. Estou a sonhar alto ou com um ataque de sonambulismo.”

- A coisa tinha mais impacto há uns tempos atrás, quando os telemóveis não faziam parte do nosso quotidiano e a populaça ainda tinha, na sua larga maioria, telefone fixo.

Quem não se lembra de algum otário ligar para o número fixo lá de casa e perguntar “onde estás?

Onde estou… Ora que essa… Estou algures no Pólo Norte. A porra da casa foi levada por um furacão.

- Um gajo está a acabar de tomar banho e a pergunta é sempre a mesma… “Já tomaste banho?

O normal é deixar andar, numa de evitar melindres, mas a resposta óbvia seria qualquer coisa como “Não. Não tomei banho. Estou molhado porque dei um mergulho na sanita.

- Com toda a certeza, os leitores possuidores de garagem no prédio em que habitam já passaram pela situação de estar à espera do elevador quando chega um vizinho que pergunta, com um ar risonho e descontraído, se vai subir…

Dá vontade, eu sei… “Não, senhor. Estou à espera que o meu apartamento desça e me venha buscar.

- Outra situação típica de pergunta estúpida é quando um gajo está, pacatamente, a cagar na casa de banho do emprego e alguém bate à porta, que, por acaso, até está trancada e com aquele sinal vermelho a dizer Ocupado, e pergunta se está alguém…

A resposta óbvia e imediata, a não ser que um gajo se aperceba que é o administrador que pretende sentar-se no trono, é que não… “Não, não está ninguém. É um bocado de merda, que aqui ficou, que está a falar.

Pior do que estes exemplos, e os leitores que sejam pais sabem-no bem, só mesmo quando somos confrontados pelas pequenas crias.

- Um gajo está a lavar a loiça e a pequena criatura, numa de meter conversa, pergunta “o que estás a fazer?

Regra geral, isto pode dar azo a duas respostas com consequências bem diferentes.

Dá para responder qualquer coisa estúpida, tipo “estou a vestir as calças” e, nesse caso, a esperta da cria começa a rir e diz “não estás, não… Estás a lavar a loiça!” e temos o assunto resolvido ou podemos responder a verdade, o que, muitas vezes, leva a uma situação de quase insanidade mental…

Estou a lavar a loiça.” … “Porquê?” … “Porque a loiça estava suja.” … “Porquê” … “Porque estivemos a jantar.” … “Porquê?” … “Porque tínhamos fome.” … “Porquê?” … “Porque já não comíamos há algum tempo e o corpo precisa de alimento.” … “Porquê?” … “Porque sem alimento o corpo não resiste e cai no chão.” … “Porquê?”, “Porquê?”, “Porquê?”

O Papá

26 outubro 2009

Processo de secagem

Da mesma maneira que apareceu, a Varicela está a desaparecer e, agora, já tenho mais crostas do que outra coisa, graças, muito provavelmente, ao efeito regenerador do, imaginem, sabão azul e branco.

A verdade é que, desde que os papás passaram a dar-me banho com o dito sabão, com que as suas avós e bisavós lavavam a roupa nos velhos tanques, a evolução da secagem das borbulhas tem sido muito rápida.

Ontem, os papás decidiram, além do sabão azul e branco, intercalar o Fenistil Gel, que também provou ser muito bom para a cicatrização das borbulhas, com o conhecido Betadine e, atendendo ao numero de borbulhas espalhadas pelo meu corpo, pintaram-me toda com um pincel.

Em jeito de conclusão, estou francamente melhor e à espera que estas crostas se vão embora.

A Cria

18 outubro 2009

Ai, a minha vida…

Em pouco mais de vinte e quatro horas, a porcaria da Varicela evoluiu de uma maneira assustadora e as pequenas borbulhas que iam aparecendo, aqui e ali, reproduziram-se e transformaram-se em enormes bolhas que cobrem o meu corpo.


Agora, apareceu a febre, tenho as costas e a cara “feitas num oito”, borbulhas no meu lindo rabinho, na cabeça, no peito e na barriga e, imaginem, até na língua!


As reacções dos papás continuam a ser as usuais… A mamã leva as mãos à cabeça cada vez que olha para mim e o papá, ainda que preocupado, começa a brincar comigo e diz que eu sou uma borbulha ambulante.

A Cria

16 outubro 2009

Borbulhas a rodos

Não sei que vos diga…

O papá, cada vez que olha para mim, começa a rir à gargalhada, numa de quem está a gozar comigo.

A mamã, várias vezes por dia, despe-me toda e entretém-se a contar pequenas borbulhas que vão aparecendo no meu corpo.

Coisa estranha, esta… Tenho uma borbulha na ponta do nariz, uma na testa, uma nas minhas partes mais intimas, quatro ou cinco na barriga e uma dúzia nas costas, sem contar com umas quantas nas pernas.

Dizem que é uma coisa que se chama Varicela e que, pelos vistos, vai levar uns dias valentes até passar e poder voltar à escolinha.

A Cria

12 outubro 2009

Aulas de governabilidade e de economia

Estive a ver o blog do papá e, por ser um tema que me parece importante para muitos papás que por aqui passam, o tema das condições de vida das famílias, decidi, com a devida autorização do papá, transcrever este post.

A Cria

"Este fim-de-semana tive a oportunidade de rever um Amigo de longa data, alguém que não via há 10 anos, a última vez que fui a Espanha.

Alguém que não vinha a Portugal há cerca de 20 anos, altura em que, depois de uns anos de trabalho cá no burgo, se viu obrigado a voltar a Espanha, na sequência de ordens superiores, vindas do país vizinho, que determinavam o fecho da fábrica, em que trabalhava, por motivos financeiros.

Claro está que, depois de relembrar os velhos tempos e de muito passeio por Lisboa, Cascais e Sintra, a conversa incidiu sobre a evolução de Portugal e de Espanha e a realidade que se vive, actualmente, em ambos os países, ambos, sublinhe-se, afectados pela crise internacional.

Com crise ou sem crise, as diferenças abismais não são, obviamente, de agora e tudo começou há muitos anos atrás, quando o país vizinho soube começar a aproveitar a conjectura internacional e as ajudas que lhe foram sendo proporcionadas para inverter a situação e “disparar”, em termos económicos e sociais, ao contrário de Portugal que estagnou e ficou ultrapassado.

Com crise ou sem crise, é nestas alturas que me pergunto para que é que pénis serviu, ou serve, a União Europeia, o Euro e mais uma série de merdas derivadas da inclusão deste pequeno recanto numa Europa que, supostamente, deveria ser mais equitativa.

À laia de notas soltas, aqui ficam algumas das muitas diferenças entre os dois países da Península Ibéria e permitam-me, os caros leitores, relembrar que ambos os países são governados por socialistas, ambos com uma taxa de desemprego muito elevada, ambos com problemas de segurança, ambos a braços com reivindicações sociais, ambos etc, etc, etc.

- O ordenado mínimo em Espanha ronda os 630 euros, ou seja, 180 euros mais que os 450 euros cá do burgo, sendo um valor superior, por exemplo, ao ordenado da minha querida mulher, o que a deixou boquiaberta e algo revoltada.

Dizem as estimativas que no não muito longínquo ano de 2012 o ordenado mínimo em Espanha deverá rondar os 800 euros, enquanto que o nacional deverá andar por volta dos 500… Trezentos euros de diferença dentro de pouco mais de dois anos e meio.

- O meu estimado Amigo fez quase mil quilómetros para vir desde Valência até Lisboa, dos quais setecentos – nas chamadas auto-vias espanholas e que são iguais às nossas auto-estradas – sem pagar um cêntimo e trezentos, depois de entrar em território nacional, a pagar os valores que todos conhecemos.

Dirão os estimados leitores que em Espanha também se pagam portagens e com valores bem superiores aos praticados cá no burgo…

É verdade, sim senhor, mas tal facto verifica-se em auto-estradas exploradas por entidades privadas e não nas vias a cargo do estado espanhol.

E, repito, as tais das auto-vias são iguais ou superiores às nossas auto-estradas que passam a vida em obras.

- Continuando na senda dos desgraçados dos automobilistas, refira-se que, em Espanha, o litro de gasolina 95 custa, em média, porque o preço varia muito entre estações de serviço, 1,050 euros, enquanto que cá no burgo a populaça desembolsa 1,261 euros por cada litro.

No gasóleo a diferença não é tão acentuada mas, ainda assim, o litro em Espanha continua a ser mais barato que em Portugal.

- Por ser um indicador forte do nível de vida dum cidadão, continuámos a falar de assuntos relacionados com carros e, mais uma vez, as diferenças vieram à tona.

Uma hora de aluguer de karts, coisa de que este Vosso interlocutor é aficionado, é qualquer coisa como sete a dez euros mais barata em Espanha.

O Ford Focus com o motor 1.400 de cilindrada e oitenta cavalos de potência, que em Espanha nem sequer existe à venda, custa, cá no burgo, 19.100 euros… Em Espanha, o Focus 1.600 com 100 cavalos custa, com o mesmo nível de equipamento, 16.450 euros. Ou seja, mais carro por menos dinheiro.

A diferença acentua-se, fenómeno sobejamente conhecido de quem se interessa por estas coisas das quatro rodas, quando passamos a escalões superiores, como, por exemplo, o BMW 320d que custa 30.000 euros em Espanha, contrastando com os 42.450 euros pedidos pelos concessionários cá do burgo. Nada mais, nada menos do que doze mil, quatrocentos e cinquenta euros de diferença.

E os gajos ganham, em média, bem mais do que nós!

- Quando chegou a altura de meter uma das crias na escola do estado, o meu caríssimo Amigo deparou-se com falta de vagas na escola pretendida.

Cá no burgo, e isso aconteceu com a minha querida filhinha, falta de vagas é igual a desespero dos pais que ou têm com quem deixar as crias ou têm que fazer o sacrifício de aguentar a mensalidade dum infantário particular.

No país vizinho, a partir duma determinada idade, a escolaridade é obrigatória e, se não existem, criam-se vagas.

Para o efeito, a direcção da escola tirou dois ou três alunos de turmas já existentes e juntou-os numa nova turma, onde incluiu a cria do meu referido Amigo.

Além disso, os pais recebem um subsídio do estado para a compra de livros e material escolar, qualquer coisa como 150 euros, que lhes permite encarar aquele mês de compras para o ano escolar com um maior optimismo do que aqueles pais que ouvimos a queixarem-se num qualquer telejornal cá do burgo.

- Apartamentos T2? Isso é para os casais reformados que, atendendo à idade, que vai avançando, já não têm pachorra para limpar uma casa maior e quantos menos passos derem, para ir da sala para o quarto, melhor.

Em Espanha, o normal é começar logo com um T3 ou um T4 ou, porque não, pensar numa pequena vivenda, ainda que geminada, porque as condições de financiamento proporcionadas pelos bancos e as ajudas que possam vir do estado permitem a uma jovem família optar por esse tipo de habitação.

Sim, eu sei… Mas isso, meus caros leitores, é igual a Portugal… Há zonas mais caras e há zonas mais baratas e, nesse particular, as zonas caras de Espanha são realmente caras.

Há, no entanto, que saber escolher e tomar uma opção de vida, tal como cá no burgo.

- Esta coisa, tão apregoada pelo Sr. Sócrates, de melhor conciliar a vida familiar com a vida laboral é também “tema de campanha” em Espanha.

Em primeiro lugar, a populaça tem a oportunidade de solicitar a chamada meia jornada, ou seja, trabalhar quatro horas e receber cerca de 400 euros.

Neste particular, ficou-me a dúvida sobre se o valor apresentado foi dado como sendo o valor realmente pago, e ponto final, ou se aparecia como resultado de algum exemplo prático.

De qualquer maneira, a populaça espanhola continua a ter muitas facilidades no que toca a flexibilidade de horários e continuam a dar o eterno exemplo de trabalhar das nove às dezoito de segunda a quinta e das nove às catorze e trinta à sexta-feira.

Diga-se, de passagem, que aquela gente tem direito a 30 úteis de férias e, em alguns casos, sete dias extra para tratar de assuntos pessoais.

É caso para perguntar… Se é possível em Espanha, porque é que não é possível cá no burgo?

Em suma, e no computo geral, a comparação continua a ser a mesma de há anos a esta parte e resume-se ao facto de que os espanhóis ganham mais e têm um custo de vida mais acessível, ao passo que o miserável do tuga ganha menos e tem um custo de vida, em média, mais caro.

Claro que nem tudo são rosas e que, no país vizinho, também há muita merda, mas uma coisa é certa:

Numa Espanha igualmente a braços com o flagelo da crise e do desemprego, a classe média mantém-se maioritária e com um nível de vida acima do razoável, enquanto que cá no burgo essa mesma classe média está cada vez mais pobre e tende a desaparecer.

Dito tudo isto, talvez seja hora dos nossos governantes, nomeadamente o Sr. Sócrates, tirarem uns dias de licença sem vencimento e irem ter umas aulas de governabilidade com os seus homólogos espanhóis."

09 outubro 2009

Coisas do meu quotidiano

1. Adoro adormecer ao colinho da mamã, ainda que, por vezes, arranje umas posições muito estranhas como esta em que decidi esticar a minha perna para o ar e assim fiquei durante mais de meia hora.


2. Quando tenho sono, durmo em qualquer sitio… Até mesmo no chão!


3. Adoro as minhas aulinhas de natação e sinto-me feliz e contente quando estou dentro de água.

A Cria

De volta aos popós pequeninos

Num fim-de-semana não muito longínquo, o papá participou em mais uma prova de popós pequeninos e, por ser uma prova com uma certa importância, a mamã e eu acompanhámos o papá, numa de apoio à equipa e de confraternização com mais mamãs e muitas crianças que também lá estavam.

A prova do papá até estava a correr bem… Estava, até que um dos pilotos da equipa se esqueceu de sair, a tempo e horas, para as boxes e a equipa foi penalizada em um minuto, descendo, de imediato, do terceiro lugar para o sexto.

Palermices de adultos, digo eu…

Claro está que, enquanto o papá suava as estopinhas, eu estava muito entretida a treinar os meus dotes de condução nuns popós eléctricos, ainda mais pequeninos, numa pista especial para crianças.


Foram umas horas muito divertidas, antes da cerimónia do pódio e, claro está, da minha fotografia da praxe num popó um bocadinho maior, e antes de aproveitarmos o resto da tarde para fazer umas compras nas lojas do Campera.

A Cria

Mosqueteiros vs. Moscãoteiros


Ontem, na companhia dos papás, vi um filme dos três Mosqueteiros, diferente do meu querido Dartacão.

Ao princípio a coisa estava a fazer-me alguma confusão porque não encontrava a Julieta, que, afinal, se chama Constance, mas, depois, percebi que há o Dartacão e o Dartagnan, e até fiz questão de explicar a diferença aos papás.

A Cria

05 outubro 2009

O prometido é semi devido

Por razões que o papá não consegue descortinar, a porcaria da câmara de vídeo deixou de dar sinal para o computador, pelo que os vídeos prometidos vão ter que ficar para outra ocasião.

Enquanto não vêm mais fotografias, ficam estas três.

As minhas amigas Catarina e Inês, comigo na praia numa de partilha de paparoca, eu mesma numa de bailarina na Praia dos Coelhos e eu mesma vestida a rigor, ou seja, com um colete salva-vidas, durante o maravilhoso passeio que demos no Sado, já depois de terminadas as férias, em busca dos lindos golfinhos.

Ainda não tinha dado conta deste passeio porque estava à espera do vídeo da aventura, mas… Leiam o primeiro parágrafo deste post.

A verdade é que é qualquer coisa de espectacular, ver os golfinhos ali ao lado do barco a saltitar e o passeio de mais de três horas, que não se resumiu à observação dos lindos animais, valeu muito a pena.


A Cria

02 outubro 2009

Pirolitos

O último dia de natação não correu nada bem…

Não sei bem por que carga de água mas vomitei dentro de água, para desespero da mamã que, meio envergonhada com a situação, desfez-se em desculpas para com as outras mamãs, uma vez que a piscina pequenina foi logo interditada.

Suspeitam, os entendidos nestas matérias, que devo ter engolido uns pirolitos a mais que fizeram com que mandasse cá para fora o sumo que tinha bebido ao lanche.

A Cria

23 setembro 2009

Não se assustem

O Traquina e Irrequieta não deu de frosques, estamos por cá e, de vez em quando, até vamos lendo os blogs amigos.

No entanto, a falta de tempo para escrever no nosso espaço familiar tem sido notória, especialmente porque queremos publicar umas fotos e uns filminhos, que são coisas que nos tomam algum tempo extra que nem sempre é fácil de conseguir.

A pequena cria está “gRRande”, esperta que nem um alho e viciada no Dartacão, e, aparte disto, a vida familiar vai andando sem grandes sobressaltos e sem muitas grandes curiosidades que sejam dignas de grandes registos.

Fica a promessa de regressarmos brevemente com as traquinices dignas de registo.

O Papá

15 setembro 2009

Férias 2009 - IX

Mais ou menos a meio das férias, os papás decidiram-se por mais uma manhã diferente e fomos dar um passeio num barco muito engraçado, uma vez que o fundo é em vidro e permite ver o fundo do mar.

É um passeio engraçado e muito aconselhável, já que conseguimos ver muitos peixinhos no habitat natural e o passeio estende-se pela linha de costa, permitindo-nos ver praias inacessíveis, pequenas grutas e muitos pássaros marítimos, mas, confesso, esperava mais, talvez porque havia zonas em que o mar estava demasiadamente revolto para se conseguir ver o fundo com mais nitidez.

Em todo o caso, como já referi, foi um passeio muito giro, relaxante e que aconselho.

A Cria

Férias 2009 - VIII

E, de repente, a voz dum polícia, vinda duma lancha rápida que navegava, lentamente, junto à praia, estragou-nos uma belíssima tarde de sol e banhos.

“Senhores banhistas, a água está poluída. Queiram sair da água. É proibido tomar banho porque a água está poluída.”

A decisão dos papás foi mais do que rápida… Com tanto calor, era impossível estar na praia sem tomar banho e, antes da debandada geral, guardámos as nossas coisas e fomos para casa, onde os papás encheram um barco de borracha que serviu de piscina.

A Cria

10 setembro 2009

Natação

Ontem foi o meu primeiro dia de aulas de natação…

Chegámos mais cedo, por via das dúvidas, para ter tempo de ver as instalações, pôr o fato-de-banho e a touca e preparar psicologicamente para mais uma aventura.

Esperei, muito sossegadinha, pelo professor Tiago e lá fui eu.

Lá fui eu… Não! Lá não fui eu, assim é que é. Lá não fui porque piscina não é mar e praia. Piscina é piscina e já tinha, noutras ocasiões, demonstrado aos papás que não me sinto tão à vontade.

Com paciência, o professor lá me conseguiu convencer a entrar, em cima duma espécie de colchão de modo a que me fosse ambientando.

Depois, entrámos numa série de pequenas brincadeiras, que me foram deixando mais relaxada e sem aquele receio inicial, até passar a contar com um suporte, tipo bóia, que mais parece um bocado de esparguete.

Por essa altura, já estava bastante melhor, já tinha dado um ou dois mergulhos e já andava por ali a bater os pés, toda contente.

40 minutos depois daquele receio inicial, o problema passou a ser tirar-me de dentro de água, especialmente quando, lá mais para o fim da aula, me apercebi que chegava com as pontas dos pés ao chão e que já nem precisava da tal bóia para poder estar dentro da piscina.

Em jeito de conclusão, adorei esta primeira aula e estou ansiosa que chegue Sábado para poder voltar à piscina.

A Cria

Pais e filhos

A mais pura das verdades é que há, por esse mundo fora, pais que não o deviam ser, por autênticas bestas que são, e outros que não o deviam ser por serem relativamente bestas ou, mais simplesmente, porque, digo eu, não devem gostar dos filhos que têm.

Ainda que gostos não se discutam, há, por exemplo, nomes que qualquer mãe ou pai, no seu perfeito juízo e gozando das suas capacidades em pleno, nunca dariam a um filho.

Há alguns dias atrás, ouvi uma mãe a chamar pela filha e, ainda que já não me lembre do nome da cria, lembro-me de levar as mãos à cabeça e pensar que a pobre da criança corre sérios riscos de ter uma vida infeliz.

Primeiro, vai ser gozada, até à exaustão, pelos colegas da escola, seja lá com que idade for, porque a criançada não perdoa estas coisas e um nome tipo Virgulina, Eustácia, Fabrizinha ou Pandora, não passa despercebido e é logo motivo de chalaça.

Segundo, porque qualquer gajo, com um mínimo de bom gosto, quando souber o nome da miúda – engraçadita, por sinal – que está ali a fazer-lhe olhinhos, bate, imediatamente, em retirada, com receio de ter que lhe dar o seu apelido, caso venham a casar.

Outro exemplo, que, sinceramente, nunca tinha visto, é o caso dos pais que tratam os filhos como cachorros.

Explico… Hoje de manhã, a caminho do trabalho, deparei-me com uma mãe que levava as duas crianças amarradas por uma trela, tipo quem andava a passear os dois cães que estavam à rasca para fazer uma mijinha.

Nada de amarrações aos pescoços das pequenas criaturas, não, mas, de qualquer maneira, indignou-me ver os miúdos a serem puxados por um pedaço de trela amarrada a um dos pulsos.

Crianças demasiadamente endiabradas para poderem passear um pouco mais à vontade com os pais?

Duvido, porquanto iam muito sossegados, talvez por já estarem habituados ao efeito da trela.

Estupidez, cretinice e uma enorme falta de paciência dos paizinhos para acompanhar as crianças no seu processo de conhecimento e exploração do mundo que os rodeia?

Parece-me, esta, uma razão mais plausível.

Pena que as crianças não tenham a força dum pitbull, de modo a, sem qualquer tipo de aviso, darem um violento puxão no braço da mãezinha que a levasse a bater com a cornadura num qualquer poste de iluminação.

O Papá

Nota – Também publicado no Sempre a Produzir

09 setembro 2009

Dartacão e Os Três Moscãoteiros


Os papás revivem tempos passados, quando eram mais pequeninos, enquanto que eu estou a adorar o simpático cachorro espadachim.

Mais uma das minhas perdições.

A Cria

Férias 2009 - VII

Com tantos passeios em busca de praias catitas, fomos parar a Tróia, um local que os papás conheciam de quando eram mais novos mas que, pelos comentários que ouvi fazerem (especialmente a mamã), está completamente diferente.

Depois duma viagem de barco, cujo preço foi sobejamente criticado pelo papá, e durante a qual fartámo-nos de ver alforrecas, lá fomos em busca dum bocado de areia onde passar uma tarde agradável.

A coisa foi mais complicada do que o previsto porque, com tantas obras de remodelação, os típicos acessos através das dunas foram quase todos abolidos, o que nos levou a ter que andar mais do que os papás estavam à espera.

Em todo o caso, valeu muito a pena o passeio, porque aquele enorme areal, a perder de vista, e as águas tão límpidas fizeram as nossas delícias.

O único contra foi ter-me esquecido do meu baldinho, cheio de lindas conchas que queria levar para os meus peixinhos.


A Cria

Ansiedade

Como se costuma dizer, estou em pulgas…

Hoje, às cinco e meia da tarde, vou ter a minha primeira aula de natação.

A Cria

08 setembro 2009

Férias 2009 - VI

Num dia em que partimos à descoberta de novas praias, o papá sugeriu a zona da Arrábida – linda, por sinal – e as praias de Galápos ou Galapinhos.

Acontece que, por um feliz acaso, o trânsito naquela zona fica cortado entre as nove da manhã e as seis da tarde, coisa que o papá não sabia.

Por sugestão dum simpático polícia, que ali se encontrava a controlar os popós, fomos parar a uma praia magnífica e paradisíaca, cujo único contra consistia no longo e escabroso caminho de cabras que tínhamos que percorrer e que preocupava os papás, especialmente quando começaram a imaginar o regresso.


Água cristalina e muito calma, pouca gente e um lindo cão, de nome Dinky, que estava com uma família muito simpática, e que fez as minhas delícias, já que até foi nadar comigo.


E, ao fim da tarde, o regresso ao popó pareceu mais curto e foi mais fácil do que tínhamos previsto.

Tendo em conta o caminho a percorrer, é uma praia aconselhável para quem queira passar o dia todo ao sol e a banhos.

A Cria

Férias 2009 - V

Costuma ser apanágio dos papás fugir, dentro do possível, das grandes confusões, nomeadamente das verdadeiras enchentes, tão normais, aos fins-de-semana, da praia de Sesimbra.

Quando assim é, a praia de eleição dos papás é a Praia da Foz, que fica relativamente perto de casa, é abrigada e não costuma ter muita gente, talvez por causa das condições do mar, tantas vezes adversas.


Este ano, só fomos à Praia da Foz três vezes. Aliás, quatro mas numa delas os papás saíram do popó, viram o estado do mar e voltaram para trás.

Um dos dias estava verdadeiramente espectacular, com o mar muito calmo e convidativo a umas mergulhaças com as minhas braçadeiras.

Nos outros dois dias, a coisa esteve mais complicada e só ao colinho dos papás, depois de, por vezes, largos minutos à espera duma oportunidade para poder entrar dentro de água.

Realmente, para nós, nada como as águas calmas de Sesimbra.

A Cria

03 setembro 2009

Férias 2009 - IV

Num dos poucos dias em que a manhã se apresentava um pouco cinzenta, os papás decidiram mudar os planos diários e rumar, estrada fora, até um sítio muito catita, o Monte Selvagem, perto de Vendas Novas.

Cerca de uma hora de viagem que, sem dúvida, valeu a pena desde o primeiro momento em que entrámos num lindo parque natural onde pude ver uma série de animais que nunca tinha visto tão de perto.

O parque está muito bem estruturado, com um itinerário bem definido e um passeio num tractor que nos leva a ver uma série de animais que andam à solta num espaço de, aproximadamente, trinta hectares.

Como apreciadora destas coisas animalescas, vi tudo com a devida atenção mas, confesso, prestei uma atenção especial à chamada “quintinha”, onde pudemos andar no meio de porcos, leitões, mémés (um deles com uma barbicha linda e bem cuidada), galinhas e perus e fazer-lhes festinhas e falar com eles.

Claro está que pisei uma série de caganitas, para desespero da mamã, e claro está que ouvi uns quantos berros - da mamã, obviamente – quando, depois de andar a mexer nos animalejos, decidia levar a mão à boca ou coçar o queixo ou coçar a cabeça.

No meio dumas horas muito bem passadas, e que recomendo vivamente, só tive pena de não ter visto os crocodilos, que deviam estar a dormir dentro duma casota.

A Cria

Outra perdição

Além dos Simpumes, acho que o papá está arrependido de me ter apresentado a Pipi das Meias Altas, uma série que já tem uns aninhos consideráveis, tendo em conta que os papás se lembram de ver a Pipi quando eram pequeninos, mas à qual acho imensa piada.


No episódio que temos, a Pipi vê-se envolvida numa série de aventuras com uns piratas para conseguir ir salvar o papá dela que tem uma bola amarrada a um pé e está num castelo com um papagaio que fala muito.

A mamã não gosta da Pipi mas faz sempre um enorme sorriso quando me vê a cantar e a dançar a música do filme.

A Cria

Férias 2009 - III

As férias mal tinham começado e, ao segundo dia, o papá teve que interromper o descanso para ir a Lisboa por causa duma reunião onde iriam ser debatidos uma série de temas relacionados com o departamento dele, sem que ele ou o administrador responsável pela área estivessem presentes.

Menos um dia de praia graças a uma alminha iluminada que teve esta feliz ideia.

A Cria

02 setembro 2009

Férias 2009 - II

Três e meia da manhã e eu que dormia ferrado, até sentir alguém a tocar-me no ombro…

Bom dia, papá, bom dia! Tenho fome. Quero torrada com fiambre e manteiga e leite com chocolate e ver a Pipi das Meias Altas!

O que vale é que foi uma noite sem exemplo.

O Papá

Férias 2009 - I

As curtas férias acabaram e, apesar da intensidade com que foram vividas, quase nem demos por elas.

Durante os próximos dias, os papás e eu vamos, à medida que nos vamos lembrando, dar-vos conta de alguns episódios que compuseram as nossas férias e tentar, dentro do que é a escassa disponibilidade de tempo, publicar algumas fotos e um ou outro filminho.

Começo pelas amizades da praia, para vos dizer que reencontrei a minha amiga Catarina, agora com quatro anos, para, posteriormente, juntar mais uma amiga ao grupo, a Inês, que tem cinco anos.

Como ouvimos os papás comentarem, é bom e saudável criar este tipo de amizades e ver o nosso grupo a crescer, da mesma maneira que é muito saudável ter amigas para brincar nas pequenas ondas de Sesimbra até ficarmos a bater as queixolas, cheias de frio, poder partilhar os pêssegos, maçãs, batatas fritas, melão e afins, poder partilhar os baldes e as pás e, sobretudo, poder partilhar experiências em conversas únicas e muito expressivas, tão típicas das nossas idades.

A Cria

14 agosto 2009

Férias


Finalmente, os papás estão de férias e vamos poder concentrar todas as nossas energias em brincadeiras, passeios e, sobretudo, muita praia.

Voltamos no princípio de Setembro.

A Cria

13 agosto 2009

Redutor, para quê?

Ao princípio ainda achava uma certa piada àquela coisa para tornar o buraco da sanita mais pequeno, por uma questão de segurança e porque até tinha algum receio de cair lá dentro.

Depois percebi que não vale a pena estar com o trabalho de andar a pôr e a tirar o redutor cada vez que vou à casa de banho, e tenho é que me sentar numa determinada posição, que já estudei previamente, e a coisa é bem simples.

Assim sendo, já não quero o redutor e parece que a única que fica mesmo aflita com a situação é a mamã, que continua a querer acompanhar-me à casa de banho com receio que eu caia dentro da sanita.

08 agosto 2009

A minha nova perdição

Os Simpumes

Estamos por cá…

… e, segundo dizem os papás, estou cada vez mais tagarela, atenta a tudo, disposta a ajudar em tudo e com uns discursos longos e muito explicativos sobre tudo o que faço.

O papá já está melhor da intoxicação alimentar e, apesar de ainda esperar pelos resultados de algumas análises e de ainda estar de baixa, vai voltar a trabalhar para a semana que vem, antes de irmos de férias.

Nestas últimas semanas, tenho alternado os meus dias de escolinha com alguns dias em casa, na companhia do papá, enquanto a mamã tem ido trabalhar todos os dias, coitadinha.

A temporada de praia da escolinha já acabou – com grande pena minha – e estou desejosa de começar as férias com os papás, pois sei que vão ser 15 dias repletos de praia e muitos mergulhos.

Vamos dando notícias.

A Cria

30 julho 2009

Ponto da situação

Antes de mais, os meus agradecimentos a todos quantos têm manifestado preocupação pelo estado de saúde do papá e pela família em geral.

Ainda que continue sem grande paciência para escrever nos blogs, o papá está bastante melhor e a recuperar duma forte intoxicação alimentar.

Quanto a mim e à mamã, as nossas vidas vão continuando, cheias de trabalho, ainda que o meu trabalho, neste momento, seja mais aquele que é o chamado “trabalhar para o bronze”, já que tenho ido todos os dias para a praia com os meus amiguinhos da escolinha.

A Cria

17 julho 2009

Mais maleitas

O papá está a curar uma intoxicação alimentar que o levou ao hospital e tem feito com que o papá não coma nada desde domingo passado.

Percebe-se que o papá está em baixo, cansado e sem pachorra para nada, o que tem feito com que os blogs fiquem a modos que ao abandono.

As melhoras, papá.

A Cria

08 julho 2009

Importado do blog do Papá – Gripe A – II

Dizia eu que começa a ser preocupante esta coisa da Gripe A, especialmente quando vemos a maleita a aproximar-se de certos limites geográficos demasiadamente próximos da nossa zona habitacional.

Na altura, referia-me à tal escola em Benfica mas hoje levo com a notícia de dois casos em estabelecimentos de ensino de Mem Martins, precisamente onde a famelga tem o seu ninho.

Às oito e meia da noite o telemóvel toca e confesso que senti um pequeno baque quando vi que era uma chamada do colégio da pequena cria.

Nada de especial, afinal, mas a coisa assemelha-se ao que referia num dos posts anteriores com a tal história do amigo da amiga do irmão, blá, blá, blá…

Nada de especial porque não há razões para alarmismos, mas o que é certo é que a directora do infantário da nossa traquina ligou para comunicar que o irmão duma aluna frequenta um dos colégios onde foi detectado um caso da gripalhada.

Não há razões para alarme mas a porra da maleita anda muito próxima.

O Papá

Importado do blog do Papá – Gripe A – I

Esta coisa da Gripe A começa a preocupar este Vosso interlocutor, especialmente quando se verifica que, nos últimos dias, o número de casos infectados com o cabresto do vírus tem aumentado de forma assustadora, tendo em conta a pequenez deste burgo à beira mar plantado.

Começa a preocupar quando se ouve um altíssimo carola, com altíssimas responsabilidades no que toca à saúde da populaça, dizer, alto e bom som num qualquer telejornal, que o número de infectados poderá, num curto espaço de tempo, ascender a uma centena e que 25% da populaça cá do burgo poderá estar infectada lá por alturas do Outono.

Começa a preocupar quando percebo que a coisa está, efectivamente, próxima de certos limites geográficos, atendendo à notícia da RTP que dá conta do encerramento do Externato das Pedralvas, já aqui ao lado, por causa de cinco casos confirmados da porra da gripalhada.

E este mundo é muito pequeno...

Sei lá eu se a amiga do amigo da amiguinha do amiguinho que é primo do amigo da amiga da irmã da amiga da minha pequena cria não tem uma amiga que é amiga do amigo do irmão duma das crias infectadas.

O Papá

06 julho 2009

Fim de semana aeronáutico


A aeronáutica é a parte da Física que trata da navegação aérea, ou seja, na nossa linguagem, tudo o que tem a ver com maquinetas voadoras e com o Peter Pan e os meninos que voam com os pozinhos mágicos da Sininho.

Este fim-de-semana celebrou-se o quinquagésimo sétimo aniversário da Força Aérea e, como estamos muito perto da Base Aérea nº 1, aproveitámos para dar uma espreitadela.

No Sábado à tarde, depois dum almocinho ligeiro, vimos uma série de stands temáticos, porque a Força Aérea tem muitos ramos, e aproveitei para ter uma ideia do que é estar sentada aos comandos dum avião dos Asas de Portugal ou dum helicóptero Puma.

Além disso, aprendi a fazer continência, o que me permitiu “abrir uma série de portas” e ter uma certa atenção especial, já que todos os que estavam fardados, a receber e a explicar tudo às pessoas interessadas, ficavam algo deliciados por verem uma pequena cria em sentido a “bater a pala”.

Ainda tive oportunidade de ver uma série de aviões a fazerem uma acrobacias e, em especial, um avião espectacular que fazia um barulho impressionante e deitava fogo pela parte de trás.

Quanto aos papás, que também estavam muito interessados no evento, perderam a cabeça e compraram um blusão para mim, lindo de morrer.

Como os papás não levaram câmaras nem dinheiro vivo, tivemos que voltar no Domingo, para levantar o meu blusão, tirar umas fotografias e satisfazer a minha doideira que passava por ir fazer uma descida em “rappel”, numa de voar como o Peter Pan.

Fotografias sim, um diploma também, e o blusão – que estava reservado – também, mas não chegámos a tempo do “rappel”, para grande pena do papá que estava particularmente interessado em ver como é que eu ia lidar com a situação, desejosa como estava em vir por ali abaixo.

Em compensação, travei conhecimento com um robot que falou comigo e me deixou fazer muitas festinhas, depois de, claro está, eu lhe ter feito continência.

Depois de tanta emoção, a tarde de Domingo acabou com os papás a relembrarem o filme Top Gun e eu a ver os aviões a voarem na televisão.

A Cria

01 julho 2009

As razões da pequena maleita

Antes de mais, informo que estou melhor e que, apesar da minha garganta ainda estar um pouco inchada e encarnada, já não me dói e já não tenho febre, o que é bom sinal.

Tudo por causa dum dia muito preenchido, o Sábado passado, com a festa da escolinha e uma jantarada com os papás.

Na festa, depois de desempenhar o meu papel de fada madrinha numa pequena peça sobre os desejos do Pinóquio, fartei-me de cantar, berrar e pular e acabei toda transpirada.

A loucura continuou durante o lanchinho organizado num grande jardim relvado, a correr e a rebolar na relva com os meus amiguinhos.

À noite, já depois dum belo banho, fui jantar com os papás uma deliciosa picanha e fomos a um bar, onde a minha tia J. está a trabalhar, beber um copito.

Acontece que, de repente, começou a chover e a maluqueira apoderou-se de mim…

“Fugi” dos papás e fui, toda contente, correr à chuva, parando, de vez em quando, para olhar para o céu, de boca aberta a tentar beber a chuva.

Percebi que os papás olhavam um para o outro, com um ar algo pasmado, felizes por me verem feliz mas preocupados com as possíveis consequências da minha irrequietude.

E razões tinham para tal…

A Cria

30 junho 2009

Maleita

“Mamã… Papá… Dói a boca” – disse, por várias vezes, a pequena cria, enquanto apontava lá para dentro.

E, afinal, o caso era bem simples.

Dói a boca é igual a dói a garganta, que está, efectivamente, um bocado inflamada.

O Papá

23 junho 2009

Parabéns ao Papá

Muitos PARABÉNS, papazinho, pelos teus quarenta e dois aninhos!

Muitas felicidades, muita saúde e algum dinheirinho…

Sou a maior das sortudas por ter um papá como tu, o pai perfeito, que cuida, sempre, de mim.

Hoje e sempre, ADORO-TE PAPÁ!

A Cria

19 junho 2009

As minhas responsabilidades

Logo pela manhã, fui acordar os papás porque tinha que tomar banhinho, papar e ir para a escolinha, porque hoje era dia de ensaio da festa de fim de ano.

Quanto aos papás, enquanto eu fui “trabalhar”, aproveitaram um belo dia de praia sem terem que estar sempre atentos às minhas correrias e traquinices.

A Cria

18 junho 2009

Grande dia de praia

O papá também já começou a gozar uns dias de descanso e hoje não fui à escolinha e passei o dia na praia com os papás.

Um dia excelente, com muita correria, muitos banhos – porque nem havia muitas ondinhas – e muita brincadeira com outras crianças que estavam na praia.

E, desta vez, bati o recorde… Ainda não tínhamos saído do parque de estacionamento da praia e já estava ferrada a dormir.

A Cria

16 junho 2009

As férias semi continuam

Após uns dias em casinha, hoje voltei à escola, ainda que não vá retomar a vida normal por causa das mini férias dos papás.

Na verdade, estes dias em casa têm-me sabido muito bem e tenho aproveitado para fazer muitas coisas que nem sempre consigo, como brincar mais no meu quarto.

Aproveitei, também, para pôr em dia os meus filminhos de desenhos animados, já que os papás fizeram novas aquisições, como o Pinóquio, A Espada Era a Lei e a Bela Adormecida.

A Cria

11 junho 2009

Odisseia na areia

Os dois feriados, mais uns dias de férias que os papás meteram, vão-nos permitir uns dias de descanso, longe da azáfama do dia-a-dia.

Depois dum primeiro dia em que o tempo não ajudou, e que aproveitámos para fazer umas limpezas e descansar, arrochadinhos no sofá, hoje fomos até à praia.

Uma verdadeira odisseia para os papás, em especial para a mamã, que não gostam nada das confusões de gente mal-educada que não tem mais nada para fazer senão abancar em cima de quem já está na praia.

Falta de bom senso, diz o papá.

Eu nem liguei a nada, de tão atarefada que estava a brincar junto à água, que estava cheia de ondas grandes e que levou o meu balde…

Uma verdadeira odisseia foi pelo que o papá passou para recuperar o meu baldinho…

A Cria

09 junho 2009

Mini férias

A mamã já começou, eu estou por horas e o papá ainda tem que esperar até ao fim da tarde.

Cinco dias de sossego, em família.

Depois, a mamã e eu continuamos sossegadinhas, o papá faz um interregno de 3 dias e mais uns dias de férias.

Catita!

A Cria

08 junho 2009

Correria

Não sei o que comi mas este fim-de-semana passei a vida a correr para a casa de banho, a braços com uma diarreia desgraçada.

A Cria

05 junho 2009

Palmadinha com razão

Não sei o que me deu ontem, quando decidi fazer um chichi pelas pernas abaixo, e deixar uma pocinha no chão da sala, em vez de correr para a sanita, como já é meu costume…

O resultado foi uma enorme descompostura por parte dos papás, uma palmada no meu rabinho e um banho rápido.

E já ouvi os papás comentarem, não sei se a sério ou só para me chatearem o juízo, que, para a próxima, me põem a esfregar o chão…

A Cria

Trabalheira

O motorzinho que manda ar para um dos filtros do aquário pifou e a coisa deixou os papás preocupados, uma vez que os peixinhos precisam de oxigénio para continuarem a nadar.

Assim sendo, a família decidiu deitar mãos à obra e, além de substituir o motor e alguns tubinhos, fazer uma limpeza profunda à casa dos peixinhos, o que equivale a dizer que desmontámos completamente o aquário.

Um trabalhão que só visto, especialmente para limpar o areão e conseguir apanhar dois ou três peixinhos mais velozes, mas que valeu a pena, depois de vermos o ar feliz dos bichinhos a nadarem pelo meio da nova decoração aquática.

A Cria

01 junho 2009

Acepipes

- Salada de polvo e salada de ovas, sem a cebola e a salsa picadas que ainda me fazem alguma confusão ao espírito.

- Gambas "al guillo", previamente lambidas pelos papás, caso tenham posto limão no molhinho.

A Cria

Dia da Criança

Como pais, o nosso sentimento é que o Dia da Criança é todos os dias, e que estas são, somente, mais outras 24 horas, iguais a tantas outras, em que tudo fazemos para proporcionar o melhor da vida à nossa traquina.

Peniche

Aproveitando mais uma prova dos popós pequeninos, desta vez no Bombarral e que não correu nada bem ao papá, que desistiu a meio da corrida, fomos passar o fim-de-semana em Peniche.

Ficámos num hotel muito simpático, o Hotel Praia Norte, que aconselho vivamente, já que tem tudo o que nós, crianças, precisamos para passar bons momentos, como piscina interior aquecida, uma piscina pequenina a fazer muitas bolhinhas, piscina exterior para crianças, escorrega, baloiços e um pequeno almoço simplesmente divinal.

No Sábado aproveitámos para dar uma voltinha pela simpática vila, enquanto procurávamos uma tasquinha para jantar.

Acabámos por comer uma belíssima caldeirada, muito bem servida, num simpático restaurante chamado “A Sardinha” e que também recomendo.

Depois duma noite bem dormida, a partir do momento em que o papá descobriu como é que o raio do ar condicionado funcionava, e do tal pequeno almoço de lamber as beiçolas, ainda tive tempo de desfrutar da piscina pequenina antes de seguirmos para a Praia da Consolação, que fica a cerca de quatro quilómetros de Peniche e onde passei a tarde a correr, a tomar uns belos banhos e a brincar com a areia e com as minhas pás.

Depois, foi voltar a Peniche para um petisco e adormecer ferrada no caminho de regresso a casinha.

Mesmo sem popós pequeninos, é, sem dúvida, um fim-de-semana a repetir.

A Cria

27 maio 2009

Ronha matinal

Já lá vai o tempo em que víamos a pequena cria a acordar sem criar problemas de maior para sair da cama, bem disposta e cheia de genica.

Aquela coisa de saltar da cama, cheia de pressa para enfrentar o novo dia, já era.

Agora, ainda que mantenha a mesma boa disposição e a mesma genica depois de estar verdadeiramente acordada, tirar a Joana da cama é uma complicação dos diabos que tem que ser muito bem gerida pelos pais, já que a pequena cria entrou, definitivamente, na fase da ronha matinal.

Neste particular, é de salientar que sai, cem por cento, à mamã, quer na maneira como se aninha para dormir quer na ronha para sair da caminha.

O Papá

23 maio 2009

Meia dúzia

Há seis anos, algures na praia de Sesimbra, os papás oficializaram o início do namoro com um beijo meloso, seguido dum belo dum jantar regado com muita sangria.

Meia dúzia de anos passados, os papás estão felizes e contentes com o que a vida lhes tem proporcionado, entre mudar três vezes de casa, trocar duas vezes de popó, uma vez de emprego e, obviamente, comigo, que vim dar um novo sentido às vidas deles.

Os meus papás estão de PARABÉNS por mais este aniversário.

Para eles, muitos beijinhos da filhinha que os adora!

A Cria

21 maio 2009

Mini maleita

Ontem andei muito murchinha durante todo o dia, cansada, com alguma diarreia e vómitos, algo que se pode considerar normal, tendo em conta que têm havido vários casos de gastroenterite na escolinha.

Em casa, vomitei uma vez, antes do papá chegar ao fim da tarde e fiquei bastante melhor, ao ponto ganhar apetite e comer um iogurte, metade duma banana e uma maravilha duma canja que a mamã fez.

Aliás, até pedi mais canjinha, porque estava com fome.

A noite correu às mil maravilhas, sem vómitos, sem cocós nem diarreias, e hoje fui para a escolinha, acompanhada dum termo, dos meus tempos de bebé mais pequenina, com canjinha, para continuar as melhoras da minha barriguinha.

Vamos ver como corre o dia…

A Cria

19 maio 2009

Ponto da situação

Parece que a coisa não está nada fácil e o dia-a-dia dos papás tem sido, nestes últimos tempos, bestialmente preenchida e sem tempo para dedicar a certas coisas como, por exemplo, o nosso espaço familiar.

Mas a vida continua, entre detalhes como birras para comer, birras para dormir, birras para acordar (um fenómeno que se tem vindo a agravar), metade dum peixinho a boiar no aquário, porque a outra metade já tinha sido devorada pelos outros peixinhos, o “miolo” dum autoclismo novo, porque eu dei cabo do velho, a triste constatação de que alguma roupa e sapatos já não me servem e um banhinho espectacular agarradinha, ao colo, da mamã.

Detalhes duma vida atribulada mas que valem ouro, para mim e para os papás.

A Cria

15 maio 2009

Sono agitado?

As madrugadas da filhinha são, pelos vistos, agitadas, talvez por acordar com algum sonho, ou coisa que o valha.

Uma coisa é certa… Já lá vão duas noites consecutivas em que a pequena criatura salta da cama, vai, às escuras, pelo corredor fora e enfia-se na nossa cama, muito aninhada entre os papás.

Claro está que, às cinco e tal da manhã, nem vale a pena ficar de olho aberto à espera que adormeça outra vez para a levar, de volta, para a cama dela…

10 maio 2009

Compensação

Em compensação ao que a filhinha tão bem descreveu no post “Problema Técnico”, já apanhámos a pequena criatura, totalmente desenrascada, a ir à casa de banho sozinha, pelo menos umas três vezes.

Põe a sanita dela no lugar, tira as calças, faz o que tem a fazer e limpa-se, sozinha, com uma ou duas toalhitas, sendo que só nos chama se o que há para limpar é de carácter sólido.

Esta fase até que está a correr bem…

Problema “técnico”

Esta coisa de largar as fraldas tem muito que se lhe diga e, às vezes, pode trazer algumas complicações associadas como, por exemplo, dar um pum mal calculado.

Foi o caso… Dei um pum que trouxe, com ele, um bocadinho de cocó, suficiente para manchar as minhas calças do pijama.

Fui ter com o papá, com um ar muito envergonhado de quem lhe apetecia fazer um buraco no chão e esconder lá dentro.

Surpreendentemente, o papá nem refilou muito comigo e ensinou-me um ditado dum tal de Bocage…

O peido que aquela senhora deu, não foi ela… Fui eu.

Será que isto quer dizer que o papá não ficou zangado, que são coisas que acontecem aos bebés e que estou desculpada por não ter ido à sanita?

A Cria

09 maio 2009

Muitos peixinhos

Depois da morte do meu peixinho Beta, o aquário nem parecia o mesmo e, por isso, os papás decidiram repor a beleza da casinha dos peixinhos e compraram um peixinho Beta, igual ao anterior, um tubarão com a cauda cor-de-laranja, um outro peixinho preto e encarnado e quatro Neons, para fazer companhia aos três que já tínhamos e um efeito muito engraçado porque nadam todos em conjunto.

Quanto ao novo peixinho Beta, já comecei o processo de fazer amizade com o bicho para ver se é como o outro e vem comer à minha mão.

A Cria

07 maio 2009

Quase de volta à normalidade

A família começa a recuperar dos últimos tempos mais conturbados…

Já temos popó novo e os papás parecem mais descansados, apesar de outras preocupações que ainda os assolam e que continuam a não permitir que hajam os minutos necessários para actualizar, convenientemente, o nosso espaço familiar.

Quanto a mim, posso dizer que larguei, definitivamente, a fralda.

Para alegria dos papás, e eu adoro ver os papás contentes com as minhas conquistas, passei a usar a fralda só à noite, não vá o diabo tecê-las.

A Cria

04 maio 2009

Sou Mãe e Adoro

A mamã duma amiguinha do colégio escreveu um livro sobre a experiência dela do que é ser mãe.


No Sábado, em Sintra, foi a apresentação do livro “Sou Mãe e Adoro”, que a mamã já está a ler e a gostar muito, pelo que aconselha todas as mamãs que visitam o nosso blog a lerem também.

A Cria

03 maio 2009

Dia da Mãe

Na escolinha pintei um postal para a mamã, com este texto:

MÃE, tu és…

O máximo da ternura
O máximo da amizade
O embalo dos meus sonhos
Tornando-os realidade!

Amiga em todas as horas,
Suporte do meu ser,
Transformas as tristezas
Em doce amanhecer!

Eu sei que é um texto bonito e revelador do que uma filha sente por uma mãe, mas, na minha simplicidade, preferi, logo pela manhã, dar um enorme beijinho á mamã, acordá-la com muitas festinhas, dizer-lhe que gosto muito dela e dar-lhe uma prendinha.

O dia da Mãe é todos os dias, mamã, e eu adoro-te!

A Cria

Regresso

Pouco a pouco, a vida cá por casa vai regressando ao normal e, como tal, o Traquina e Irrequieta também saindo do seu estado de hibernação.

Não posso dizer que hajam muitas novidades, a não ser o facto de ter andado feita louca, sempre a acompanhar os papás, à procura dum popó novo, depois dos papás terem tido a confirmação de que a carrinha deu, mesmo, o berro.

Foi uma semana de nervos, com vários popós a fugirem entre os dedos dos papás, até ter surgido uma boa oportunidade… Uma carrinha Peugeot 307 em óptimas condições e por um preço que os papás consideram aceitável.

Além de ter sido uma semana mais curta, foi uma semana diferente, já que me vi obrigada à boleia do avô A. (acho que se o avô fosse tirar outra vez a carta de condução chumbava na certa), no seu popó a cair de podre e cheio de pêlos da cadela Maria, que deixavam a minha roupa numa verdadeira lástima, para desespero da mamã.

Para esta semana, que agora começa, esperam-me mais umas quantas viagens no popó do avô, até os papás irem buscar a carrinha.

A outra novidade é o cabeçalho novo do nosso espaço familiar, um desenho que fiz para a mamã levar para o escritório dela e que o papá aproveitou, a meu pedido e da mamã, para mudar o visual do blog.

Espero que gostem da minha pintura.

A Cria

27 abril 2009

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A confusão é mais que muita

Os papás andam com as cabeças feitas em água e a deitar fumo, entre a indecisão do que fazer com o popó pifado, o problema do meu transporte para a escolinha e outras situações, mais ou menos complicadas, que, todas juntas, constituem verdadeiras arrelias.

Consequentemente, e porque as carolas e o tempo não dão para tudo, os papás decidiram suspender o nosso espaço familiar durante uns dias e voltar ao activo quando as coisas estiverem mais tranquilas.

A Cria

26 abril 2009

Sábado muito atribulado

A impaciência dos popós pequeninos e do fim-de-semana fora de casinha deu em porcaria…

Ainda antes de chegar a Évora, a alguns quilómetros de Montemor, a carrinha começou a apitar e pifou, segundo parece com o motor gripado.

Uns colegas do papá foram-nos buscar, para que o papá pudesse ir participar na corrida, e, depois da prova, lá ficaram connosco, até que assistência do seguro viesse buscar a carripana e nos fosse providenciado transporte de regresso a casa.

Os papás estão tristonhos, cabisbaixos e cansados e cabe-me a mim encher os papás de miminhos para ver se ficam mais animados.

A Cria

NOTA – A prova até que não correu mal ao papá e o assunto fica para outro post.

24 abril 2009

Campeonato dos Popós Pequeninos

Amanhã vamos levantar cedinho e rumar a Évora, para a primeira prova do campeonato de popós pequeninos em que o papá vai correr.

Confesso que já estou um bocadinho impaciente e, claro está, já estive a ajudar o papá a preparar todo o material necessário…

Primeiro, porque, como sabem, gosto daquela azáfama das corridas.

Segundo, porque vou rever os colegas do papá, meus amigos dos popós pequeninos.

Terceiro, porque não voltamos logo para casinha e ficamos lá de fim-de-semana.

A Cria

23 abril 2009

Inglês “made by Joana”

Antes do jantar, a filhinha esteve entretida a ver “Os Aristogatos”, falado em inglês porque o pai não vai muito à bola com as dobragens para o português… Não sei porquê, mas não me soa bem.

Uma das músicas do filme, que a pequena cria adora e que vai repetindo à sua boa maneira, diz que “everybody wants to be a cat”.

Acabado o filme, era ver a Joana a correr pela casa, carregada de bonecada a cantar “elibóli elibóli”.

O Papá

21 abril 2009

A consulta dos três anos

Para pais esmerados, como nos consideramos, nada melhor e mais aprazível do que ouvir o pediatra dizer que a nossa filhinha está óptima a todos os níveis.

E está tudo dito!

Para o ano há mais.

20 abril 2009

Festarola

Por causa do fim-de-semana da Páscoa, os papás só fizeram a minha festa de anos no passado Sábado, num sítio muito engraçado, cheio de animação e actividades para os mais pequenos.

Lá estiveram os meus amiguinhos da escola, os extra escola, aqueles que vejo mais amiúde, aqueles que nem por isso, os papás, os avós e as primas.

Numa palavra, DELIREI!

A Cria

NOTA – O papá já prometeu que vai tratar do filme e das fotos. Diz ele que só precisa de tempo…

16 abril 2009

O beijo da foca


Macacos

Continuando na senda dos vídeos animalescos, aqui está a compilação prometida pelo papá de mim a dar a pápa aos meus amigos macaquinhos.


A Cria

Girafas

Conforme prometido, o papá compilou alguns momentos da minha aventura a dar pápa às girafas aquando da nossa visita ao Jardim Zoológico.

Cheira-me que há uma amiga minha que vai adorar este filminho…


A Cria

15 abril 2009

As birras da cria

Ontem à noite, a pequena cria estava numa de birras desmesuráveis, sem qualquer tipo de justificação aparente.

Ou era porque a televisão estava apagada, ou porque o cão estava no chão e não tinha muita vontade de o apanhar, ou porque queria olhar para dentro da Bimby enquanto a sopa estava a apurar, ou porque sim, ou porque não, ou porque talvez antes pelo contrário…

Uma loucura pegada, que nos estava a deixar com os nervos à flor da pele, e que só abrandou com uma palmada no rabo e quando lhe dissemos que ia logo para a cama.

Aí, o berreiro intensificou-se por 3 ou 4 minutos e tranformou-se naquele tipo de choradeira misturada com suspiros intensos, que mais parecem soluços, para, depois, acalmar, enquanto chamava, baixinho, pela mamã.

Sim… Pela mamã porque quem lhe deu a palmada foi o papá…

Por isso mesmo, foi o pai a voltar ao quarto para a ir buscar para jantar e ter uma “conversa pé de orelha” com a filhinha.

Ficou calada e não desviou o olhar, limitando-se a acenar com a cabeça, enquanto lhe dissemos que esta coisa de birras não está a dar com nada, que só deixa os papás tristes, que fica com uma cara que mais parece um daqueles macacos com a fronha encarnada e que mais vale pedir as coisas com modos, entre outros conselhos.

Quando lhe perguntámos se tinha percebido, a atitude foi demonstrativa…

Sempre sem desviar o olhar, sussurrou um “desculpa” quase inaudível, abraçou-nos e encheu-nos de beijinhos, para, logo de seguida, voltar à sua condição normal, risonha e bem disposta.

Até à próxima birra…

14 abril 2009

A vizinha do terceiro andar

Os mais assíduos deste nosso espaço familiar deverão recordar-se da mudança de casinha que marcou a nossa vida há cerca de dois anos atrás, uma mudança simples, já que foi passar os tarecos dum terceiro andar para o segundo, que nos permitiu passar a ter uma casa bem maior do que a primeira.

Com a vizinhança, sempre tivemos uma relação normal, do género “bom dia, boa tarde”, excepção feita ao vizinho Luís e à vizinha do terceiro andar, que acompanhou o crescimento da barriga da mamã e que continua a acompanhar o crescimento da filhinha traquina.

Até uma certa altura, o pouco à vontade da filhinha deixava-a meio especada a olhar para a vizinha Isabel, sem dizer uma palavra e de braço estendido para lhe mostrar o qualquer boneco que levava nos braços.

Nesta fase em que a Joana está a falar pelos cotovelos, é uma alegria sempre que se encontram, especialmente logo pela manhã quando, frequentemente, nos cruzamos ao sair de casa para a labuta diária.

Aí, é ver a pequena criatura a correr de braços abertos para a simpática Isabel, com um sorridente “bom dia”, cheia de vontade de partilhar novidades e de lhe mostrar o boneco do dia.

Óbito aquático

“Mogueu” o meu peixinho Beta e foi para o “xéu”.

A Cria

10 abril 2009

O estômago das pequenas crias

Falamos muito – os pais – sobre a saúde dos nossos filhos, sobre a sua resistência a maleitas e outras situações afins.

Ontem, a Joana decidiu que o que estava a dar era comer gelado de morango com tostas, algo que, aos olhos dos adultos, é, não só, “revoltante” como nos daria a volta ao estômago.

O que é certo é que o estômago da pequena cria não se resentiu.

Poirot


Os papás têm estado a ver (rever) uns episódios duma série que já viam antes de eu nascer.

Apesar de eu não perceber nada, já apelidei o peculiar personagem como sendo “o senhor dos bigodes”.

A Cria

08 abril 2009

O meu dia de anos

Os papás já me tinham dito que me iam fazer uma surpresa e conseguiram, apesar das minhas perguntas insistentes, manter o segredo até o avô A. se ter descaído e ter-me dito que eu ia ao Jardim Zoológico.

Depois da pressa matinal, chegámos ao zoológico por volta das onze e meia e, para mim, começou a grande aventura.

Como sabem os leitores mais assíduos, sou fanática por animais e, desde que entrei, senti-me em casa.

Dei logo de caras com as zebras e, ali ao lado, com uns lindos tigres; vi os rinocerontes, um número infindável de lindas aves e os tigres brancos; vi um macaco a fazer poses, as araras, catatuas e afins, os flamingos, os leões-marinhos, que, para mim, são focas e ponto final, e os gorilas.

De repente, chegámos à zona das girafas e aí não resisti… Tinha que dar umas folhinhas à maior girafa que lá estava e pedi ajuda ao papá, que me agarrou ao colo para que eu chegasse ao meu objectivo.

Achei o máximo poder dar umas folhas a um animal tão grande e o cuidado com que a girafa esticava a língua até à minha mãozinha para tirar a pápa que eu tinha para ela.

Depois duns largos minutos a dar pápa às girafas, subimos para ver os lindos leões e fomos petiscar qualquer coisa, já a fazer contas ao tempo para ir ver o espectáculo dos golfinhos.

O petisco foi mais uma surpresa, à laia de primeira vez.

Nunca tinha provado um cachorro quente e os papás decidiram que era chegada a hora de me lambuzar com aquele pão com salsicha, batata palha e aqueles molhos. Ainda que não tenha comido tudo, adorei!

Finda a imperial fresquinha do papá, fomos andando para uma espécie de anfiteatro com um aquário enorme ao centro, onde já andavam uns golfinhos a brincar à espera da hora do início do espectáculo, não sem antes fazer uma paragem técnica para tirar uma fotografia com umas simpáticas araras.

Uma vez na Baía dos Golfinhos, foi mais uma loucura… Antes do espectáculo, fartei-me de dançar ao som dumas músicas muito giras. Depois, foi a altura de ver o show das focas e de receber outra animada surpresa.

Haviam duas focas que andavam, no meio da assistência, a distribuir beijinhos e, claro está, meti logo a minha carinha a jeito para receber um beijo da foca e fazer-lhe uma festinha.

Fechei os olhos, por causa dos bigodes do bicho, mas recebi uma beijoca, que me deixou a bochecha a cheirar a peixe, enquanto a foca pisava o pé do papá com os seus cerca de 200 quilos.

Depois vieram os lindos golfinhos que deram um autêntico show com os saltos, as piruetas, as cambalhotas e as brincadeiras com os tratadores.

Não parei de bater palminhas e de dar largas à minha emoção ao perceber o que é que aqueles animais estavam a fazer, enquanto que a mamã só dizia que queria estar dentro do aquário grande com os bicharocos.

Findo o espectáculo, fomos até ao reptilário, ver muitas cobras, algumas com um colorido lindo, tartarugas e uns lindos crocodilos, coisa a que a mamã não achou muita piada.

Saídos do reptilário, e depois de vermos os búfalos, ao papás decidiram-se por mais uma surpresa para mim e fomos dar a volta ao zoológico pelo ar, num teleférico.

Achei o máximo! Não refilei, não tive qualquer tipo de receio, achei muito engraçado poder ver os animais desde as alturas e fiquei com uma ligeira percepção do que é voar como o Peter Pan.

Depois do teleférico, e uma vez que a tarde já ia longa e tínhamos que voltar para casinha para jantar com os avós, os papás decidiram que era hora de ir ver os ursos.

A caminho, mais peripécias… Primeiro, uma malandreca duma avestruz, ou coisa parecida, aproveitou-se da minha boa vontade em lhe oferecer uma folhinha para papar e, em vez disso, decidiu dar-me uma violenta bicada no meu dedinho.

A parvalhona foi mais rápida que um relâmpago, nem me deu tempo de afastar a mão e o resultado foi um golpe pequenino e, mais do que isso, um grande susto.

Depois dum minuto de choro intenso, continuámos a caminhada e… Segunda peripécia, que me fez esquecer a estúpida da avestruz logo de seguida.

Deparei com uns simpáticos macacos, com uns penteados muito engraçados, que estavam entretidos a papar cascas de amendoins e folhas.

Pensei logo que aquelas pequenas mãozinhas, tão parecidas às minhas, não me iam fazer mal como o bico da outra parvalhona e, sem medo nenhum, lá fui dar-lhes umas pápas.

Escusado será dizer que o papá teve que me arrastar daquele local porque, por mim, tinha ficado o resto da tarde agarrada aos simpáticos macaquinhos.

A última peripécia foi mais uma experiência… O papás, cheios de sede, decidiram parar num daqueles bebedouros antigos, mais conhecidos por chafarizes, e beber água do repuxo.

Claro que achei imensa piada àquilo e pedi logo colinho para poder experimentar.

Saciada a sede, e vistos os ursos, fomos embora para casa e chegou um minuto no popó para que eu adormecesse ferrada.

Só acordei para jantar com os avós, outra situação inédita, uma vez que, por questões de guerras familiares, nunca tinha estado com todos os avós ao mesmo tempo.

Antes de dormir, ainda tive tempo de falar com a minha madrinha, abrir uma última prenda dos papás e ver um bocadinho dos desenhos animados do Mickey, para desespero dos papás que queriam mais era dormir, ainda mais estoirados do que eu.

A Cria

Nota – A máquina de filmar está pifada e o papá teve que filmar com uma máquina emprestada, mas o papá já prometeu que vai fazer os possíveis por colocar um filminho no nosso espaço familiar o mais rapidamente possível.

Quanto às fotografias, a seu tempo também virão, depois de reveladas.

07 abril 2009

Três anos


Parece que foi ontem mas já lá vão três anos.

Três anos que passaram a correr e, quase sem darmos por isso, a Joana cresceu duma maneira impressionante, com as suas manhas, a sua personalidade meiga mas muito vincada e senhora do seu nariz, as suas birras e as suas diabruras tão típicas duma criança que, acreditamos e vemos no nosso dia-a-dia, é a felicidade em pessoa.

Três anos divididos por tantas etapas que a nossa filhinha foi superando com muito à vontade, muita curiosidade e muita força, desde os primeiros sorrisos, as primeiras palavras, os primeiros passos, as primeiras – e, felizmente, poucas – quedas, o largar da chucha, entre outras.

Hoje, reparamos que a nossa filhinha passou a ser uma menina pequena, com a mania de que sabe o que quer vestir e com aquele toque feminino de ajeitar o cabelo.

Somos, sem dúvida, uns pais babados e sortudos, na medida em que a Joana nunca foi uma daquelas crianças de dar um trabalhão exagerado em situações como tomar banho, coisa que, simplesmente, adora, lavar os dentes, fazer birras para dormir ou comer, ser excessivamente desarrumada, entre outras situações afins.

Como pais, temos consciência que temos vindo a cumprir, quase na perfeição, com o nosso papel, não fossem aqueles momentos em que a paciência quase esgota ou em que a falta de tempo nos leva a ser um pouco mais ásperos.

No entanto, até nesses momentos, podemos ver e sentir que a Joana é uma criança que, à sua maneira, entende as situações e aceita, de bom grado e com um apurado sentido de aprendizagem, os raspanetes e os conselhos que lhe damos.

Três anos passaram e, se Deus quiser, muitos mais virão, com responsabilidades acrescidas, novas etapas e novos desafios.

A ti, filhinha, desejamos tudo o que de melhor a vida te possa proporcionar, com muita felicidade e muito amor, sempre na companhia de quem, incondicionalmente, te ama.

Os teus papás.

02 abril 2009

Os exageros do avô A. …

… dão nisto.

Vinte e quatro iogurtes para o lixo por ter passado, largamente, o prazo de validade.

A Cria

Ritmo infernal

Depois de, na segunda-feira, cria e mamã terem ficado em casa, a terça-feira tinha os ingredientes necessários para ser um dia normal.

Levámos a pequena cria à escola, o dia passou sem novidades e, ao fim da tarde, quando mãe e filhinha foram buscar o pai à estação dos comboios, começou o regabofe.

Ao que parece, a filhinha caiu – ou diz que caiu – na sala, enquanto a mamã estava agarrada ao computador, e queixava-se de dores de cabeça, na zona da nuca, a chorar baba e ranho.

Como não dá para correr riscos quando toca a estas coisas de carola, decidimos dar um salto ao Hospital da Estefânia para pôr tudo em pratos limpo.

Depois de tudo muito bem explicado e duma interessante sessão de radiografias, a médica chegou à conclusão de que está tudo bem com a cabeça da filhinha, corroborando, assim, a tese do pediatra da Joana, com quem tínhamos falado anteriormente, de que as dores de cabeça deviam ter mais a ver com o estado febril que tem envolvido a cria desde Domingo.

Ao que parece, nas crianças, as dores na carola por cima da nuca são o equivalente àquelas dores no corpo dos adultos, aquando de gripalhadas, constipações e estados febris, que deixam uma pessoa de rastos.

(Um pequeno aparte do Papá… Pelas minhas contas, cerca de 70% das pessoas na sala de espera das urgências não eram portuguesas, o que dá que pensar. Para os interessados, as considerações do signatário sobre este assunto podem ser consultadas aqui.)

De volta a casa, os três num estado lastimoso e a dormir em pé, a filhinha meteu-se na cama e dormiu toda a noite.

Ontem, ao acordar, a pequena cria parecia mais bem disposta e pronta para a escola…

Ora, sem nada no estômago desde a tarde anterior, o simples facto de emborcar, cheia de sofreguidão, um copo de leite descambou, passados poucos minutos, numa sessão de vómitos, o que era demonstrativo de que a filhinha ainda não estava totalmente bem.

Acontece que a Joana, neste particular, é igual à mãe e não sai nada ao pai, uma vez que ficam como novas depois de vomitar, ao contrário do pai que fica de rastos.

Assim sendo, a hipótese de ficar em casa foi posta de lado e a pequena cria lá foi para a escola.

Em conversa posterior, chegámos à conclusão de que nenhum de nós, os pais, chegámos a aquecer as cadeiras dos respectivos locais de trabalho, uma vez que o telefonema da escola não tardou a chegar, a pedir que fossemos buscar a filhinha que estava muito pálida, muito murchinha e a vomitar, queixando-se, ainda, da barriga e da cabeça.

Entre mensagens, telefonemas para o pediatra, telefonemas para o colégio, a maldita tendinite do pai – que está francamente melhor mas que ainda não permite grandes correrias – e outras tretas do género, a viagem de regresso foi um stress levado da breca, especialmente para a mamã que não conseguia conter as lágrimas de preocupação.

Decidido que estava não ir, outra vez, a correr para o hospital, voltámos a casa onde a Joana mostrou um sinal claro de melhoras, ao dizer que estava com fome.

Depois de comer uma bela posta de pescada cozida, a pequena criatura meteu-se na cama e dormiu toda a tarde, a recuperar das andanças alucinantes a que tem sido sujeita.

Hoje, apesar de parecer estar muito melhor, a filhinha ficou em casa, na companhia da mãe, para recuperar de todas estas maleitas e voltar à sua condição normal de traquina e irrequieta.

31 março 2009

Declaração vs. Atestado

Por ocasião da obtenção de uma porcaria qualquer que dissesse que a minha querida mulher teve que ficar em casa com a filhinha que estava doente…

Eu declaro
Tu declaras
Ele (o médico) declara

Eu atesto
Tu atestas
Ele (o médico) atesta

Nós declaramos
Vós declarais
Eles declaram

Nós atestamos
Vós atestais
Eles atestam

Atestado ou declaração? Desde que justifique a falta, parece-me exactamente a mesma coisa, ou não?

Ou serão preciosismos como este que impedem este país de andar para a frente?

O que interessa é que a pequena cria já está melhor e já foi para o infantário, toda contente apesar da recente mudança da hora.

O Papá

30 março 2009

Em casa

Ontem foi dia de festarola e lá fomos para Lisboa para a festa de anos do filho mais velho da minha madrinha.

E já andam por aí a dizer que o mais novo, o JM, e eu fazemos um lindo casalinho…

Apesar de estar uma bonita tarde de sol, estava uma ventania desgraçada e uma temperatura algo fresca e desagradável e, talvez por isso, cheguei a casa muito murchinha, sinal evidente para os papás de que alguma coisa não estava bem.

O que não estava bem é que estava com 38,5º de febre.

Brufene e a febre desceu e voltou a subir… Mais Brufene, não sei quantas horas depois, e a febre voltou a descer.

Hoje, pela manhã, já estava, outra vez, um bocadinho quente e, por isso, fiquei em casinha com a mamã.

A Cria

27 março 2009

Coisas do dia-a-dia

Ontem fui cortar o cabelo e acabou-se, por agora, o rabo-de-cavalo.

Hoje, antes de sair de casa, decidi entrar numa de birra e atirei-me para o chão, precisamente quando o papá ia a passar, cheio de pressa.

O resultado foi que o papá, sem querer, pisou a minha mãozinha, sem gravidade porque ainda foi a tempo de se aperceber do potencial desastre e evitou males maiores.

A Cria

26 março 2009

Ikea

Já com vista ao dia dos meus anos, ontem fui, com os papás e o avô A., ao Ikea encomendar um quarto novo para mim.

Depois de comer qualquer coisa rápida, e como não queriam ter grandes preocupações com as minhas irrequietudes, os papás decidiram deixar-me num espaço lúdico para crianças muito agradável.

Foi a primeira vez que o fizeram e, ainda, com algumas reticências, especialmente por parte da mamã que não se sentia muito à vontade em deixar-me no meio de desconhecidos.

No balcão de atendimento, tive direito a uma caixa numerada para deixar os meus sapatos e, depois dos papás preencherem uma ficha de inscrição, que, de alguma maneira, deixou a mamã mais descansada, a um colete fluorescente.

Depois, foi ir lá para dentro e entrar no espírito da coisa, com muitas brincadeiras entre desenhos, subir a umas torres muito engraçadas, fazer uns malabarismos nuns colchões, esconder dentro das torres dum castelo e mergulhar numas bolas tipo espuma.

Durante duas horas, os papás ficaram descansados – já que levaram um aparelhómetro que os avisava se eu precisasse de alguma coisa – e eu fiquei muito divertida, no meio de novas amizades e muita diversão.

A Cria

25 março 2009

Muita brincadeira

Ontem, por ocasião do aniversário da tia R., revi a prima I., que já não via há algum tempo.

Ainda que a I. seja mais bebé do que eu, fartamo-nos de brincar com balões, a correr dum lado para o outro e a desarrumar a casinha dos avós.

E ainda tive tempo para lhe dar a pápa, o que me deu um gozo especial.

Para a tia R., ficam os parabéns pelo aniversário e por ter outro bebé dentro da barriga dela.

A Cria

24 março 2009

Coisas que gosto - 13

Gosto de ajudar a pôr a mesa, desde estender a toalha até à colocação dos guardanapos, passando pela disposição dos pratos e dos talheres.

Ainda me dá mais gozo quando a mamã coloca alguns acepipes na mesa, que vão fazendo as minhas delícias, à laia de aperitivos, enquanto estou concentrada nos meus afazeres domésticos.

A Cria

22 março 2009

Os avisos do papá

Quando me viu aos pulos, a dançar e, como ele bem disse, armada em parva em cima dum baú que está na sala cá de casa, o papá avisou-me para ter cuidado e para sair dali, antes que eu caísse.

Dito e feito… Precisamente num momento em que os papás tinham ido á cozinha levar uns pratos, escorreguei e estatelei-me no chão, entre o dito baú e a mesa de apoio da sala.

No meio da queda aparatosa, já que fiquei toda torta e virada ao contrário, bati com a cara sabe Deus aonde e o resultado foi um golpe na parte de dentro do lábio superior, que se fartou de deitar sangue, o nariz, também, a sangrar e a bochecha direita inchada e com uns arranhões pequeninos junto ao olho.

Depois do susto, de muito choro e dos papás terem tratado das minhas mazelas, só com água fria e algum gelo, sinto que tenho duas bocas e três bochechas, tal é o inchaço visível na minha cara.

E ainda levei um raspanete…

A Cria

Borbulhas

Estávamos, a minha querida mulher e eu, a ver umas coisas no computador quando senti uma necessidade imperiosa de ir à casa de banho.

Quando lá cheguei, estava ocupada pela pequena cria que, com um ar doce, me disse que tinha umas borbulhas na cara, enquanto me estendeu uma bisnaga de creme.

Olhei para a embalagem e suspirei de alívio, ao verificar que estava fechada e que não havia vestígios de creme na cara da filhinha.

O creme escolhido pela pequena criatura para aliviar as borbulhinhas era, nada mais, nada menos, o creme depilatório da mãe…


O Papá