As revistas sobre bebés, pais, educação e saúde das crias, e afins, são, regra geral, interessantes de ler e com artigos que podem conter alguns conselhos muito úteis para quem já é pai e a futuros progenitores.
Há, no entanto, artigos que pecam pela verdadeira falta de adaptação à vida quotidiana da mãe e do pai, enquanto casal e enquanto pais duma ou mais crianças.
Refiro-me, por exemplo, a dois ou três artigos, publicados numa dessas revistas que a mamã, de vez em quando, compra, pelos quais passei uma vista de olhos rápida durante a viagem matinal de comboio.
Um falava da questão da alimentação das crias, tema da maior importância, sem dúvida alguma, mas que deve ser abordado tendo em conta a vida atribulada dum casal comum, em que ambos trabalham, em que a cria tem que se levantar a horas impróprias para consumo para ir para o infantário, em que tudo é feito á pressa e que nem sempre as regras mais correctas são aplicadas.
Neste contexto, que é o mais comum no nosso país, aconselhar os papás a darem um pequeno-almoço repleto de iguarias ricas em matéria vitamínica, pouco colesterol e pouca gordura, parece-me totalmente inadequado.
Torradinhas, sumo de laranja, leitinho, iogurte, um pouco de compota, uma taça de cereais e uma peça de fruta seria, indiscutivelmente, o repasto ideal para qualquer cria e, obviamente, para os papás, mas, cá por casinha, o pessoal maior tem que se contentar com um papo seco, ou umas bolachinhas, e um iogurte ou um copo de leite, tudo engolido à pressa enquanto nos vestimos e tentamos vestir a traquina que, por sua vez, ainda consegue ter, sortuda, uns minutinhos aninhada na nossa cama para degustar 200 ml de leite com chocolate e parte do referido papo seco ou das referidas bolachas.
Artigo, por conseguinte, repleto de balelas!
O outro artigo tinha que ver com a vida da mamã durante a gravidez e depois do parto.
Descanso a rodos, pouco stress, muitos passeios a pé, muita natureza e ar puro, muita ginástica preparativa para o parto, acompanhada, de preferência pelo futuro pai, e muita natação são alguns dos conselhos práticos referidos no artigo.
Depois do parto, a coisa não varia muito, uma vez que as recomendações passam pelo descanso, pelos ginásios (desta feita para recuperar a silhueta anterior à fase barriguda), pelas idas aos cabeleireiros, às manicuras e aos tratamentos de pele, para recuperar o visual e a auto-estima, e pelo máximo de tempo junto do bebé, algo que proporciona momentos inesquecíveis e uma maior cumplicidade entre mãe e cria.
Falta ao autor (ou autora) referir de que planeta é que veio, porque a vida actual da maioria dos casais não permite nem um terço destas veleidades, seja por falta de tempo, seja por falta de euros, seja por falta de pachorra.
Artigo, por conseguinte, repleto de balelas!
O último artigo referia os medos dos bebés e, claro está, depende de cria para cria, não sendo, por isso, qualificável de balela ou não balela.
Mas, quando li que os pais não se devem assustar se, a qualquer momento, a pequena cria estiver, por exemplo, a olhar pela janela e, do lado de fora, pousar uma borboleta, levando a criança a fugir a sete pés enquanto berra por socorro, desatei a rir às gargalhadas…
Se tal acontecesse lá por casa, com um leão, em vez duma borboleta, acho que a Joana desatava a correr, sim, mas para pedir aos papás para abrirem a janela para fazer festinhas ao bicho.
O Papá
Há, no entanto, artigos que pecam pela verdadeira falta de adaptação à vida quotidiana da mãe e do pai, enquanto casal e enquanto pais duma ou mais crianças.
Refiro-me, por exemplo, a dois ou três artigos, publicados numa dessas revistas que a mamã, de vez em quando, compra, pelos quais passei uma vista de olhos rápida durante a viagem matinal de comboio.
Um falava da questão da alimentação das crias, tema da maior importância, sem dúvida alguma, mas que deve ser abordado tendo em conta a vida atribulada dum casal comum, em que ambos trabalham, em que a cria tem que se levantar a horas impróprias para consumo para ir para o infantário, em que tudo é feito á pressa e que nem sempre as regras mais correctas são aplicadas.
Neste contexto, que é o mais comum no nosso país, aconselhar os papás a darem um pequeno-almoço repleto de iguarias ricas em matéria vitamínica, pouco colesterol e pouca gordura, parece-me totalmente inadequado.
Torradinhas, sumo de laranja, leitinho, iogurte, um pouco de compota, uma taça de cereais e uma peça de fruta seria, indiscutivelmente, o repasto ideal para qualquer cria e, obviamente, para os papás, mas, cá por casinha, o pessoal maior tem que se contentar com um papo seco, ou umas bolachinhas, e um iogurte ou um copo de leite, tudo engolido à pressa enquanto nos vestimos e tentamos vestir a traquina que, por sua vez, ainda consegue ter, sortuda, uns minutinhos aninhada na nossa cama para degustar 200 ml de leite com chocolate e parte do referido papo seco ou das referidas bolachas.
Artigo, por conseguinte, repleto de balelas!
O outro artigo tinha que ver com a vida da mamã durante a gravidez e depois do parto.
Descanso a rodos, pouco stress, muitos passeios a pé, muita natureza e ar puro, muita ginástica preparativa para o parto, acompanhada, de preferência pelo futuro pai, e muita natação são alguns dos conselhos práticos referidos no artigo.
Depois do parto, a coisa não varia muito, uma vez que as recomendações passam pelo descanso, pelos ginásios (desta feita para recuperar a silhueta anterior à fase barriguda), pelas idas aos cabeleireiros, às manicuras e aos tratamentos de pele, para recuperar o visual e a auto-estima, e pelo máximo de tempo junto do bebé, algo que proporciona momentos inesquecíveis e uma maior cumplicidade entre mãe e cria.
Falta ao autor (ou autora) referir de que planeta é que veio, porque a vida actual da maioria dos casais não permite nem um terço destas veleidades, seja por falta de tempo, seja por falta de euros, seja por falta de pachorra.
Artigo, por conseguinte, repleto de balelas!
O último artigo referia os medos dos bebés e, claro está, depende de cria para cria, não sendo, por isso, qualificável de balela ou não balela.
Mas, quando li que os pais não se devem assustar se, a qualquer momento, a pequena cria estiver, por exemplo, a olhar pela janela e, do lado de fora, pousar uma borboleta, levando a criança a fugir a sete pés enquanto berra por socorro, desatei a rir às gargalhadas…
Se tal acontecesse lá por casa, com um leão, em vez duma borboleta, acho que a Joana desatava a correr, sim, mas para pedir aos papás para abrirem a janela para fazer festinhas ao bicho.
O Papá
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