Em primeiro lugar, o tempo. Nunca na vida tinha desejado que o dia tivesse mais umas horas extra, mas a verdade é que 1.440 minutos sabem a pouco.
A criança cresce a um ritmo alucinante e todos os momentos deviam ser mais longos, de modo a poder desfrutar mais dum crescimento que, tantas vezes, parece ser excessivamente rápido.
Além disso, mais umas horas de sono não faziam mal nenhum.
Em segundo lugar, as novidades. Todos os dias a bebé nos oferece algo diferente. Uma reacção, um olhar, uma expressão, uma mijadela inesperada, enquanto mudamos a fralda, ou um cheiro diferente, provocado por uma série interminável de gases que persistem em sair do seu sedoso rabinho.
Depois vêm as mudanças no dia-a-dia do casal. Tudo se altera, e passamos a viver, em grande parte, dependentes da pequena criatura que requer toda a nossa atenção. Horários é coisa que deixa de existir, pelo menos nos primeiros tempos. As mudanças de fraldas, as refeições da bebé, os arrotos e as indispensáveis birras, antes de adormecer, passaram a moldar o nosso tempo.
Mas esta retrospectiva pode resumir-se em duas palavras: alegria e felicidade.
Alegria, porque, apesar dos problemas do quotidiano, encaro a vida de uma maneira diferente, só de pensar que sou presenteado, a todo o momento, com dois enormes sorrisos: o da mãe e o da filha.
Felicidade, porque é disso que se trata quando sinto que somos uma família unida e cheia de cumplicidade, dispostos a dar e receber tudo o que a vida tem de bom para nos oferecer.
Nota:
A bebé faz 5 meses e, tal como já nos tinham avisado, o ritmo das nossas vidas tem sido uma verdadeira loucura, apesar das noites bem dormidas. Uma verdadeira loucura com os horários do banho e das refeições, com as mudanças, tantas vezes inesperadas, das fraldas, com a luta que a cria persiste em ter contra o sono e com o choro birrento que, por vezes, incomoda por não sabermos o que é que a bebé quer.
Mas há sempre qualquer coisa que se sobrepõe às adversidades deste ritmo alucinante. As expressões da cria, associadas ao olhar carinhoso e ao sorriso constante, as brincadeiras e a interacção existentes mostram que a bebé está feliz e, para nós, isso é o que há de mais importante.
Para memória futura, aqui ficam alguns dados relevantes:
- A cria já começa a aguentar ficar sentada sozinha e mostra uma grande tendência para começar a gatinhar.
- Os primeiros dentes apareceram, muito sorrateira e rapidamente.
- A transição para as papas e sopas decorreu sem sobressaltos e, apesar de algumas expressões de arrepio em relação a alguns dos novos sabores, a coisa até correu melhor do que esperávamos.
- Durante o banho, a cria adora sentir a água do chuveiro a fazer-lhe cócegas na barriga.
- O “palranço” é cada vez maior e mais diversificado, como quem tem grandes conversas com quem a rodeia.
Mais um mês que passou e a cria celebra, hoje, meio ano de vida.
Neste último mês pouco mudou na rotina do dia-a-dia, a não ser a felicidade e o orgulho dos pais, cada vez mais babados e entusiasmados com as peripécias e novidades com que a pequena criatura nos brinda todos os dias.
O banho começa a ser uma verdadeira dor de cabeça, tal é o à vontade da bebé em relação à água cheia de espuma. Toma ela banho e aproveita para dar banho a tudo o que encontra à sua volta, pais incluídos. E ainda não se consegue sentar na pequena banheira…
O palranço e os gritinhos de expressão são, cada vez mais, reveladores da genica e da forte personalidade que a pequena cria começa a evidenciar, ao mesmo tempo que, observadora e curiosa, segue todos os pequenos movimentos do mundo que a rodeia e quer agarrar todas as novidades que estejam ao alcance das suas pequenas manápulas.
Dizem os entendidos nestas coisas de bebés que a pequena criatura está, em muitos aspectos, bastante desenvolvida para o tempo de vida que tem.
Os pais, babados, ouvem e aceitam, de bom grado e muito orgulhosos, estas sábias opiniões.
Fiquem os leitores sabendo que a pequena criatura passa a vida muito bem disposta, excepto, como é óbvio e natural nestas idades, por ocasião das inevitáveis birras, normalmente derivadas da luta contra o sono. Irrequieta, curiosa e risonha, a bebé está cada vez mais interactiva com o mundo que a rodeia.
A propósito de birras, foi durante estes típicos fenómenos que já se ouviu, distinta e quase perfeitamente, o som da palavra mamã. Pensamos que ainda é cedo, mas será que a pequena criatura já se apercebeu e já faz a ligação da palavra à pessoa?
No infantário é uma verdadeira terrorista e, neste caso, ainda bem, já que é a única rapariga no berçário, contra alguns cinco rapazes, e o instinto de auto defesa tem que estar sempre bem presente. Já em casa, a palavra terrorista aplica-se durante as brincadeiras a que se dedica enquanto está no parque, ou no tapete colorido que enfeita o chão do quarto, rodeada de bonecos, rocas e afins que persiste em agitar freneticamente de modo a proporcionar um chinfrim infernal.
Agora que começa a ficar sentada durante bastante tempo sem cair, tipo boneco de trapos, a cria passou usar a cadeirinha de refeições (o que proporciona mais situações caricatas e hilariantes) e o banho passou a assumir outra importância, com o emblemático chapinhar na espuma a ser mais um motivo de brincadeira para a bebé.
Recentemente, mais uma nova etapa na vida da famelga, com a mudança de poiso para dormir.
Apesar de já repousar, há alguns meses, no próprio quarto, desta vez foi a passagem do berço para a cama de grades que envolveu algumas artimanhas, uma vez que, até adormecer, a criatura persiste em fazer inúmeros exercícios de ginástica e acaba, inevitavelmente, por ficar atravessada na cama ou, inclusive, virada ao contrário.
Em relação ao assunto ao qual fiz mais referências em posts anteriores sobre a nossa filha, não vale a pena, como se costuma dizer, bater mais no ceguinho… Aquele cheirinho divinal passou a fazer parte do nosso quotidiano.
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