31 dezembro 2008

Ano Novo


Desejamos a todos um Feliz Ano Novo, com muita saúde, felicidade e alegria, muito sucesso e uns euros extra para ajudar à festa!

A Cria e os Papás

Nota da Cria – O meu copinho não aparece mas vou fazer “tchim-tchim” com sumo ou leitinho.

30 dezembro 2008

Em casa

Aproveitando as mini férias da mamã, também eu tenho ficado em casinha, a desfrutar dos presentinhos que recebi no Natal e a braços com uma constipação que, esperamos, não passe a gripe, como esse surto malandro que anda por aí.

Por agora, a tosse e o nariz entupido são sintomas que têm sido devidamente combatidos e a coisa tem-se mantido estável, apesar de ter tido uma pontinha de febre ontem à noite.

Nestes dias tenho-me questionado sobre algumas atitudes e reacções dos papás em relação ao meu comportamento e às minhas birras, típicas da irrequietude da minha idade, digo eu.

É que não há quem os entenda, porque, se por um lado, ficam algo preocupados quando me vêem deitada no sofá, com ar doente e muito murchinha, por outro lado zangam-se comigo quando não paro de um lado para o outro.

Compreendo a chamada de atenção – em forma de berro – quando os papás viram que tinham pedaços de giz branco – parte integrante dum quadro que o avô me deu – espalhados pela sala, mas não percebo a falta de paciência dos papás quando ontem, por exemplo, estava a querer ajudar a tirar a roupa da máquina de lavar, e parte da roupa foi para o chão, ou quando estava a ajudar a levantar a mesa e deixei cair um bocado da comida que ainda estava num dos pratos.

Afinal de contas, estava só a querer ajudar.

A Cria

27 dezembro 2008

Leãozinho

Tínhamos dito que só estávamos de volta caso alguma coisa importante o justificasse e que o computador cá de casinha tinha ido para o estaleiro.

Pois o computador já voltou, eu estou com uma dor de ouvidos – espera-se que não seja nenhuma otite – e o papá já digitalizou a minha fotografia com o leãozinho que eu queria mais era levar para casinha…


A Cria

23 dezembro 2008

Feliz Natal

A não ser que alguma coisa deveras importante mereça menção neste nosso espaço familiar, voltaremos a 29 de Dezembro.

Até lá, um Santo e Feliz Natal são os nossos votos sinceros para todos quantos nos honram com a sua visita.

A Cria e Papás

Promessa cumprida

No passado Sábado, o papá cumpriu a promessa e voltámos ao circo, desta feita para ver o espectáculo completo, o que valeu muito a pena.

Realmente, a primeira parte – a tal que tinha perdido quando fui com a mamã – foi muito boa e fartei-me de bater palminhas com o número das focas e dum palhaço muito catita que fazia de bombeiro.

Mas o mais espectacular foi poder ter estado a fazer festinhas a um leãozinho bebé, de apenas dois meses, muito felpudo e com umas patorras muito grandes.

Um bichinho lindo, que mais parecia um dos meus bonecos e que só apetecia levar para casinha.

Já pedi ao papá para publicar uma fotografia mas tal ainda não foi possível porque o papá ficou sem computador e só vai poder fazer isso quando o computador estiver arranjado.

Ontem, segunda-feira, não fui à escolinha e passei toda a manhã no escritório do papá, a fazer muitos desenhos, a atender telefonemas e a fazer muitas bolinhas com um furador.

Depois, fomos ter com a mamã, para um almoço muito atribulado por causa das minhas birras motivadas pelo soninho, e fui com a mamã para o escritório dela.

A meio da tarde, ferrei no popó e nem os abanões do avô A. me conseguiram acordar…

A Cria

19 dezembro 2008

Dia intensamente preenchido

Depois de, na quarta-feira, ter ido a Óbidos ver a Vila de Natal, ontem foi dia de me baldar à escolinha e ir com a mamã ao circo.

Apesar dos avisos do papá, que saiu para trabalhar e nos avisou para levantar cedo, por causa do trânsito, chegámos atrasadas e perdemos uma boa parte do lindo espectáculo.

Ainda assim, valeu a pena porque foi, realmente, muito divertido, com os palhaços, os elefantes, os trapezistas e toda aquela panóplia que compõe um circo.

Parece que uma das coisas que perdemos foi a oportunidade de fazer umas festinhas a uns leões pequeninos e o papá já disse que vai averiguar e, se calhar, vamos lá voltar.

Depois do circo, fomos almoçar com o avô A. e, enquanto eu fiquei com ele, a mamã foi fazer umas ultimas compras de Natal.

Como já era tarde, aproveitámos que ainda estávamos em Lisboa e fomos buscar o papá ao trabalho, onde aproveitei para mudar a fraldinha, em cima da secretária duma colega do papá. Eheheheh.

Depois destas movimentações, e face à loucura do trânsito vespertino em Lisboa, os papás decidiram jantar em Lisboa e fomos papar num restaurante chinês muito bom, antes de voltarmos a casinha.

A Cria

18 dezembro 2008

As letras das musiquetas

Aproveito, frequentemente, algumas musiquetas para, alterando a letra das mesmas, levar a cria a fazer algumas coisas do seu quotidiano numa boa e sem lugar a birras irritantes.

A célebre “Come a Pápa, Joana Come a Pápa”, por exemplo, é, facilmente, modificada chegada a hora de dormir (Vai prá cama, Joana vai prá cama) ou a hora do banho (Toma banho, Joana toma banho).

Ontem dei com a pequena cria a dançar em frente ao aquário, enquanto cantava, alegre e ritmadamente, “Come a Pápa, Peixinhos Come a Pápa…”

O Papá

NOTA - Também publicado no Sempre a Produzir

Vila de Natal

Ontem o tempo ajudou e a escolinha mudou-se para Óbidos, onde fomos visitar a Vila de Natal.

Foi uma tarde emocionante e divertida, no meio de muitos pais Natal, muitas renas e trenós, muita neve e gelo e muitos daqueles simpáticos ajudantes do Pai Natal.

A Cria

Pai Natal

"Mãe, olha! Mãe, olha! Pai, mãe, olha, olha! É o Pai Natal!"

A Cria

17 dezembro 2008

Uma noite diferente

Três e pouco da manhã. Levantei-me e fui, sorrateiramente, até ao quarto dos papás, às escuras, imaginem…

Plantei-me ao pé do papá, que dormia ferrado, e pus-me a murmurar, sem qualquer tipo de efeito prático já que a coisa só surtiu efeito quando juntei, ao murmuro, umas palmadinhas no braço do papá, que acordou meio estremunhado.

O papá ainda alvitrou que eu regressasse à minha caminha mas lá deixou que eu me aninhasse entre a mamã e ele, numa, penso eu, de ver se eu adormecia outra vez e me levava para o meu quarto sem eu dar por isso.

Seis e quarenta e cinco da manhã. Acordei ainda na caminha dos papás, já que o papá adormeceu ferrado e esqueceu-se de me levar para a minha caminha.

Que maravilha!

A Cria

16 dezembro 2008

Balelas

As revistas sobre bebés, pais, educação e saúde das crias, e afins, são, regra geral, interessantes de ler e com artigos que podem conter alguns conselhos muito úteis para quem já é pai e a futuros progenitores.

Há, no entanto, artigos que pecam pela verdadeira falta de adaptação à vida quotidiana da mãe e do pai, enquanto casal e enquanto pais duma ou mais crianças.

Refiro-me, por exemplo, a dois ou três artigos, publicados numa dessas revistas que a mamã, de vez em quando, compra, pelos quais passei uma vista de olhos rápida durante a viagem matinal de comboio.

Um falava da questão da alimentação das crias, tema da maior importância, sem dúvida alguma, mas que deve ser abordado tendo em conta a vida atribulada dum casal comum, em que ambos trabalham, em que a cria tem que se levantar a horas impróprias para consumo para ir para o infantário, em que tudo é feito á pressa e que nem sempre as regras mais correctas são aplicadas.

Neste contexto, que é o mais comum no nosso país, aconselhar os papás a darem um pequeno-almoço repleto de iguarias ricas em matéria vitamínica, pouco colesterol e pouca gordura, parece-me totalmente inadequado.

Torradinhas, sumo de laranja, leitinho, iogurte, um pouco de compota, uma taça de cereais e uma peça de fruta seria, indiscutivelmente, o repasto ideal para qualquer cria e, obviamente, para os papás, mas, cá por casinha, o pessoal maior tem que se contentar com um papo seco, ou umas bolachinhas, e um iogurte ou um copo de leite, tudo engolido à pressa enquanto nos vestimos e tentamos vestir a traquina que, por sua vez, ainda consegue ter, sortuda, uns minutinhos aninhada na nossa cama para degustar 200 ml de leite com chocolate e parte do referido papo seco ou das referidas bolachas.

Artigo, por conseguinte, repleto de balelas!

O outro artigo tinha que ver com a vida da mamã durante a gravidez e depois do parto.

Descanso a rodos, pouco stress, muitos passeios a pé, muita natureza e ar puro, muita ginástica preparativa para o parto, acompanhada, de preferência pelo futuro pai, e muita natação são alguns dos conselhos práticos referidos no artigo.

Depois do parto, a coisa não varia muito, uma vez que as recomendações passam pelo descanso, pelos ginásios (desta feita para recuperar a silhueta anterior à fase barriguda), pelas idas aos cabeleireiros, às manicuras e aos tratamentos de pele, para recuperar o visual e a auto-estima, e pelo máximo de tempo junto do bebé, algo que proporciona momentos inesquecíveis e uma maior cumplicidade entre mãe e cria.

Falta ao autor (ou autora) referir de que planeta é que veio, porque a vida actual da maioria dos casais não permite nem um terço destas veleidades, seja por falta de tempo, seja por falta de euros, seja por falta de pachorra.

Artigo, por conseguinte, repleto de balelas!

O último artigo referia os medos dos bebés e, claro está, depende de cria para cria, não sendo, por isso, qualificável de balela ou não balela.

Mas, quando li que os pais não se devem assustar se, a qualquer momento, a pequena cria estiver, por exemplo, a olhar pela janela e, do lado de fora, pousar uma borboleta, levando a criança a fugir a sete pés enquanto berra por socorro, desatei a rir às gargalhadas…

Se tal acontecesse lá por casa, com um leão, em vez duma borboleta, acho que a Joana desatava a correr, sim, mas para pedir aos papás para abrirem a janela para fazer festinhas ao bicho.

O Papá

10 dezembro 2008

CTT

Ontem, a aula da filhinha saiu em visita de estudo e foram ver uma estação de correios.

Ao fim da tarde, quando cheguei a casa, perguntei-lhe como tinha sido e a narrativa não podia ter sido mais eloquente…

A Joana foi os correios, o Gonçalo, a Sara, a Andreia, a Becas, as cartas e os desenhos. A Joana fez os desenhos, as cartas, o papá, a mamã e o béu-béu.

Pois, filha” – respondi-lhe – “E como foste para os correios? Foste na camioneta com os outros meninos?

A Joana não foi na camioneta. A Joana não foi no popó. A Joana foi no “paxeio”, o Gonçalo, a Madalena, a Sara, a Andreia e os correios.

Pois…

O Papá

09 dezembro 2008

À chuva é que está a dar

Este fim-de-semana o papá foi para outra contenda de popós pequeninos, enquanto a mamã e eu ficámos, quentinhas, na caminha.

Quando o papá chegou a casa, todo sujo e, ainda, meio molhado, ficámos a saber que o papá e o Jorge conseguiram o terceiro lugar, numa prova quase sempre disputada debaixo de chuva e com lugar a algumas escorregadelas, minimamente controladas, e uns piões que não estavam no programa das festas, graças, especialmente, à teimosia do papá em querer manter as trajectórias normais, como se o piso estivesse seco.


A Cria

05 dezembro 2008

Desculpa esfarrapada

Ontem foi dia de ginástica e, como habitualmente, cheguei a casinha com o fato de treino da escolinha e assim fiquei até, supostamente, à hora do banho.

Acontece que me apeteceu um gutu, que decidi partilhar com o meu béu-béu, e acontece que o raio do boneco decidiu cuspir o gutu todo para cima de mim.

Ou seja, fiquei com o fato de treino todo cheio de gutu, de tal forma que foi direitinho para a máquina de lavar.

Só não entendo o raspanete que a mamã me deu, a não ser que não tenha “engolido” a história da culpa ser do béu-béu…

A Cria

03 dezembro 2008

Bosta!

Bosta, para não dizer outra coisa menos apropriada para um blogue desta natureza…

Ontem, ao chegar a casa, corri para o sofá para fazer companhia à filhinha e à mamã na sessão diária de desenhos animados.

A frustração foi total quando percebemos que tiraram o canal Boomerang da grelha de programação e o substituíram pelo canal Disney, que, diga-se de passagem, é uma bela porcaria, não fazendo, de maneira nenhuma, jus ao bom-nome que acarreta.

O Papá

Nota – Para a operadora da televisão, já seguiu, via Email, uma reclamação a manifestar o nosso desagrado por esta alteração na grelha de programas.

02 dezembro 2008

"Smokey"

Começa a ser uma das minhas paixões televisivas, “A Máscara” ou, como eu lhe chamo, “O Maluco”.

Acho aquele boneco doido muito engraçado, com o seu cãozinho que também é doido quando fica verde.

Para os papás, melhor do que me fazerem companhia durante os vinte minutos de cada episódio, coisa que fazem de bom grado porque também gostam do Maluco, é ouvirem-me a tentar cantar a musica do genérico e, no fim deste, gritar, segundo o papá, com um elevado grau de precisão e boa pronuncia, o célebre “Smokey!”

Nem sei o que ando para ali a dizer, mas acho giro!

A Cria

30 novembro 2008

Peter Pan

É um rapazinho endiabrado e mais irrequieto do que eu, que teima em não crescer e vive na Terra do Nunca, um mundo de fantasia, na companhia dos Meninos Perdidos e da fada Sininho.

Uma noite, Peter Pan leva os irmãos Wendy, Michael e John até à Terra do Nunca e, aí, começam as aventuras que os levam a explorar a ilha, a conhecer os segredos do esconderijo de Peter e a lutar contra os piratas, comandados pelo Capitão Gancho, que perdeu uma mão.

A história do Peter Pan é muito engraçada e gira de ver no teatro, depois dos papás já me terem lido o livro e termos visto os bonecos.

Mas quando cheguei a casinha, e contei aos papás o meu dia no teatro, só dizia que o Peter Pan estava triste, a chorar e que tinha uns amigos.

A Cria

28 novembro 2008

Teatro

Hoje vou ao teatro, ver o Peter Pan, com os meus amiguinhos da escola, e estou toda entusiasmada com a ideia.

Amanhã conto como foi e se saí a voar com aquele menino mais irrequieto do que eu.

A Cria

Parabéns aos papás

Os meus papás celebram, hoje, cinco anos de muita felicidade.

Para eles, os melhores papás do mundo e arredores, um monte de beijinhos de Parabéns, da filhinha que os adora!

A Cria

27 novembro 2008

Assino já!

Andam, por aí, vários médicos pediatras a promover o movimento "Em Defesa dos Hospitais Pediátricos no País" e um segundo abaixo-assinado, no qual apelam à construção, em Lisboa, de uma unidade de saúde só para pequenas criaturas.

O novo movimento é lançado hoje, em Lisboa, e tem como objectivo primordial manter a autonomia do Hospital Dona Estefânia, melhorando as actuais condições desta unidade hospitalar especializada.

Este novo movimento volta a insistir, depois da entrega, em Outubro, de 76.000 assinaturas ao Presidente da República, na necessidade da independência do hospital pediátrico, em vez da sua integração num hospital de adultos, ao contrário do que defende a Ministra da Saúde.

Diz a senhora que “a bem da saúde da criança é muito importante que um hospital de pediatria esteja, hoje, ao nível de um hospital geral, com um serviço de qualidade, bem identificado, atendimento à criança como um serviço completamente isolado e separado dos adultos, mas em que os profissionais possam partilhar algumas áreas.

Diz um dos grandes carolas em pediatria cá do burgo, o Professor Gentil Martins, que se pretende um hospital novo, ultra moderno, autónomo e que se situe ao lado dum hospital de adultos, já que há toda a vantagem em existir uma intercomunicação fácil, não querendo isto dizer que a pediatria esteja misturada com os adultos.

Num passado recente, por razões totalmente diferentes, recorremos aos serviços do Dona Estefânia e aos serviços de pediatria do Amadora-Sintra, ambos com um atendimento impecável e relativamente célere.

No entanto, a experiência vivida no Amadora-Sintra mostra bem o que se pretende com a existência de unidades de pediatria separadas dos hospitais, digamos, gerais, ao contrário do que defende a senhora ministra com essa história dos profissionais poderem partilhar algumas áreas.

Além disso, e mais este aparte, por alguma razão os profissionais pediátricos enveredaram por essa vertente da medicina, em vez de seguirem clínica geral.

Voltando aos serviços hospitalares, ainda que existam, no Amadora-Sintra, uma entrada, uma sala de espera e gabinetes de consulta perfeitamente diferenciados, tudo decorado a preceito para manter os mais pequenos no seu ambiente, a pequena cria viu-se encaminhada para a ala dos adultos na hora de lhe coser a queixola, numa clara situação da tal partilha de algumas áreas.

Aí, tudo se modificou e, ainda que acompanhada pelos pais, a criança deu de caras com um ambiente que, por vezes, até a nós, adultos, pode fazer alguma confusão ao espírito.

Basta referir que, na sala de espera para a micro cirurgia, havia um jovem com uma ligadura totalmente ensanguentada a envolver-lhe a carola, um senhor de meia idade com um pé inchado que mais parecia um melão, duas velhas a gemer com dores físicas e psicológicas e um gajo que, cada vez que tossia, deitava cá para fora, para dentro dum recipiente mas à vista de todos, umas bostas amareladas raiadas de encarnado.

No meio daquilo tudo, nós, os pais, a tentar desviar, com custo, a atenção da pequena cria que não desviava o olhar da cabeça ensanguentada e que se punha a gritar “Olha! Olha!” cada vez que o mancebo do lado escarrava.

E se aquela merda, a mim, que nem sou nada impressionável com estas coisas, me incomodava, imagino o que é estaria a passar pela cabeça duma criança de dois anos e meio, altura em que atravessam uma daquelas fases ávidas de curiosidade e respostas.

Acredito que a experiência da pseudo sutura podia ter sido muito mais agradável, especialmente para a Joana, se não tivesse que estar à espera da sua vez no meio dum ambiente daqueles e considero que o tal movimento tem toda a razão e que existem, efectivamente, situações em que é de toda a conveniência, e tem toda a lógica, que exista uma separação cabal entre pequenas criaturas e os adultos.

Nem quero imaginar, por exemplo, que a minha filha tivesse que passar pelo trauma de ter que partilhar uma enfermaria com a Ministra da Saúde ou com o Sr. Sócrates, num qualquer hipotético episódio duma urgência hospitalar.

Se alguém souber onde se pode assinar esse manifesto, agradeço que me digam, porque, esse, assino de cruz!

O Papá

Nota – Também publicado no Sempre a Produzir

Para o meu futuro


Acho que já sei o que é que o papá está a planear deixar-me em testamento

A Cria

25 novembro 2008

Canal Boomerang

Quase adeus ao Canal Panda – que já começava a chatear à séria – e viva o Canal Boomerang, que, valha-nos isso, é do agrado de todo o agregado familiar.

Contudo, dois pequenos problemas se avizinham:

- Primeiro, este é um canal que faz parte duma grelha extra e o papá não está para pagar por mais 15 canais, só para usufruir de um, para além da outra catrefada que já se tem que pagar para não vermos nem metade.

Ou seja, quando acabar a promoção que nos foi concedida, daqui a pouco menos de um ano, o mais certo é ficarmos sem o Boomerang, a não ser que passe, entretanto, a ser incluído na grelha normal.

- Segundo, e bem mais grave, já começaram as discussões entre a mamã, que quer ver as notícias, e a pequena cria, que quer ver os desenhos animados e faz uma birra desgraçada só de ouvir a palavra telejornal.

O pai abstém-se durante alguns minutos para, depois, se pronunciar e desequilibrar um dos pratos da balança, normalmente para o lado que defende os desenhos animados.

Afinal de contas, o que é que é melhor?

Ver as desgraças que assolam o país e o mundo, as novelas dos pedófilos, das bolsas e da gasolina, as notícias dos jogadores de futebol que faltaram aos treinos e a caratonha feia da Manuela Moura Guedes – ainda que só durante alguns segundos enquanto se vai mudando de canal – ou soltar umas gargalhadas em família com as maluqueiras do Tom e do Jerry, dos Flinstones, do Scooby-Doo ou do lunático d’A Máscara?

A mamã vedeta

Pedi à minha amiga Xana para filmar um bocadinho daquela prova de popós pequeninos, há uns fins-de-semana atrás, onde os papás correram.

Desta vez, tocou à mamã ser a vedeta e lá vai ela atrás, e a aproximar-se a cada curva que passava, dum totó de capacete encarnado.

Só é pena que a mamã, quando chegava ao fim da recta da meta, começava a olhar para trás para ver se vinha alguém atrás dela que a impedisse de fazer a curva seguinte em condições…


A Cria

As botas da mamã


A Cria

24 novembro 2008

Limpeza caseira

Ontem, enquanto limpava as casas de banho cá de casa, tive a companhia da pequena cria, que me ia dando umas sugestões sobre como limpar e, sobretudo, onde limpar.

Só faltou, aliás, saltar para dentro da banheira e meter o dedo nos locais onde achava que o pano deveria passar.

Belo apoio moral.

O Papá

23 novembro 2008

Boa notícia

Depois de mais uma mudança de pensos, que duraram dois dias, os papás decidiram aliviar-me deste fardo e já ando com o meu dói-dói ao ar.

Os papás já me disseram que a ferida está fechada e devidamente sarada, se bem que ainda um pouco rosada.

Agora é só ter cuidado para não andar a roçar na roupa e deve ficar tudo bem, com um pequenina cicatriz que, dizem eles, quase não se vai notar.

A Cria

Parabéns a dobrar


Para a avó Fernanda, muitos beijinhos de PARABÉNS por este seu dia.

E para os papás, que fazem hoje cinco anos e meio desde que deram aquele beijo especial...

A Cria

18 novembro 2008

80 Aninhos

Walt Disney gostava de definir a sua carreira afirmando que “tudo começou com um rato” e, efectivamente, a sua história cruza-se com a do famoso Rato Mickey, que celebra, hoje, 80 anos.

O rato, cuja carreira começou no cinema, mas que se tornou famoso na televisão e na banda desenhada e que esteve para se chamar Mortimer, já fez um pouco de tudo, desde bombeiro a jornalista, passando por cientista e soldado, ganhou, em 1940, um Óscar com o filme “Fantasia” e foi o primeiro desenho animado a ser homenageado com uma estrela no Passeio da Fama, em Hollywood, em 1978.

Parabéns, Mickey!

Cores

Chegada a altura dos últimos preparativos, antes de sairmos de casa, vesti um blusão encarnado à Joana e, logo de seguida, vesti, também eu, um blusão da mesma cor.

Os comentários não se fizeram esperar…

É igual a Joana. A casaco da Joana é incarnado e o papá também. E as calças mamã?

Respondi-lhe que as calças são eram azuis e, logo de seguida, toda contente, perguntou-me a cor das botas da mamã.

Castanhas, filha” – respondi-lhe.

Não, papá, castanhas não!” – replicou a pequena cria – “A Joana gosta castanhas. As castanhas é para comer as castanhas!

O Papá

André Sardet

Sendo parte integrante do refrão simplista duma das novas músicas do tal de André Sardet, um verdadeiro artista português sabe-se lá aparecido de onde, assumo que “Gosto de ti” deve ser o título duma das musicas menos bem conseguidas, no panorama da musica nacional, dos ultimos tempos.

Gosto de ti daqui até à lua, gosto de ti da lua até aqui…?

Que raio de coisa mais mal engendrada, que dá toda a impressão de ter sido feita à pressão (muita pressão), como quem anda a encher chouriços.

O pior é que o Canal Panda não encontrou nada melhor para entreter as criancinhas e a filhinha já se põe a cantar a bosta da musiqueta, cada vez que aquela personagem aparece no ecrã.

O Papá

14 novembro 2008

Parabéns


Para o avô Álvaro, muitos beijinhos de PARABÉNS por este seu dia.

A Cria

A Verdade do Amor Verdadeiro

Estive a ler o blog do papá e, ainda que ele, às vezes, use uns termos menos adequados para um blog como o Traquina e Irrequieta, achei por bem publicar, com a devida autorização do papá, um post que ele escreveu, intitulado “A Verdade do Amor Verdadeiro”.

Afinal de contas, além de ser sempre bom recordar como a mamã e o papá se conheceram, há coisas que nós, ainda bebés, devemos começar a entender para que estejamos preparadas quando chegarmos a adultas…

A Cria

"Tem estado a decorrer a conferência sobre “As regras da atracção” e uma das conclusões mais badaladas é o facto das mulheres serem muito selectivas e conseguirem identificar o homem certo através do olfacto.

Se tivermos em conta o pressuposto de que o homem certo é o homem para toda a vida, esta decisão pode ser algo complicada, especialmente se atendermos ao facto de que os perfumes e colónias alteram o odor natural do elemento visado.

Trocando por miúdos, um gajo pode cheirar muito bem num determinado dia, à custa das ditas colónias e loções para a barba, emanar o seu cheiro normal noutro dia – aquele que, a meu ver, mais interessa para a mulher, por questões de futuro – ou tresandar a sovaco, porque esteve a fazer um “jogging” matinal ou, mais simplesmente, por ser um porcalhão do pénis e não tomar banho há mais de duma semana.

Ora, há uns anos atrás, dirigindo-me eu para a fotocopiadora lá da empresa, esbarrei com uma linda mulher, de longos cabelos loiros e olhos azuis esverdeados, e as únicas palavras que trocámos foram qualquer coisa como um olá e um pedido de desculpas.

Seguimos o nosso caminho e, a determinada altura, tipo cena de filme, olhámos, os dois ao mesmo tempo, para trás, sinal que o encontrão tinha produzido efeitos secundários e que estava ali uma situação de atracção à primeira vista.

Uso a palavra atracção propositadamente, porque considero que o verdadeiro amor aparece quando se começa a conhecer a outra pessoa e não quando nem sequer se sabe o nome dela.

Hoje em dia, aquela linda mulher com quem esbarrei é a minha mulher, e percebo que sou um gajo cheio de sorte por ter sido o escolhido.

Sorte, sim, porque parece que, afinal, nestas coisas de amor e vida a dois, o frequentemente badalado destino e a sorte podem ter quase o mesmo peso.

Acredito que o destino tem uma palavra da maior importância a dizer nestes assuntos, mas, juntando A mais B, chego à conclusão de que, naquele dia, também a sorte esteve do meu lado e que, além do facto de que a rapariga não estava constipada e com o nariz entupido, ou faltou a água lá em casa, e nem sequer tomei banho, ou esqueci-me de me pulverizar com dois ou três esguichos de colónia.

Uma coisa é certa… Naquele dia exalava o meu odor original e foi ele que levou a que a minha mulher me identificasse como o seu homem certo."

A minha caminha

Como vos dei conta, há uns tempos atrás, os papás tiraram uma das grades laterais da minha caminha, de modo a que eu me fosse habituando a dormir numa cama sem protecção.

Até hoje, ainda não baldei da cama para fora, ainda que, por vezes, vá escorregando, lentamente…


A Cria

Os popós pequeninos

No fim-de-semana passado, como bem se lembram, acompanhei os papás em mais uma prova dos popós pequeninos e, finalmente, já tenho as fotografias prometidas.

A mamã a receber as últimas instruções do papá e do Pedro, antes de entrar para a pista.

A mamã a acelerar no popó pequenino.

O papá em pista.

O trabalho de equipa durante a troca de pilotos.

A mamã em amena troca de impressões com outra piloto.

Já estou com o bichinho… Só falta chegar aos pedais e posso fazer equipa com os papás!

A Cria

Botas

Segundo o papá, em certas coisas da nossa vida, saio, chapadinha, à mamã, como, por exemplo, na nossa predilecção por botas…


As botas da mamã ainda estão um bocadinho grandes...

A Cria

12 novembro 2008

A mamã faz anos


A melhor mamã do mundo faz, hoje, trinta e três primaveras, e os papás tiraram um dia de férias, de modo a podermos comemorar, os três juntinhos, este dia especial.

Foi um dia simples e animado, em família, mas, como não podia deixar de ser, com alguma que outra peripécia, especialmente à hora do almoço…

Fomos comer a um simpático restaurante, perto de casinha, e eu, com a mania das minhas irrequietudes, empoleirei-me numa pequena estante cheia de tabuleiros e, quando dei por mim, estatelei-me no meio do chão com os tabuleiros e a estante a servirem de cobertor…

De volta a casinha, mais ao fim da tarde, vieram os avós e cantámos os parabéns à mamã, coisa que eu já tinha feito várias vezes durante o dia, acompanhada do papá e duma guitarra.

A ti, minha mamã querida, desejo muitos e longos anos de vida, com muita felicidade, muito amor e muita alegria, sempre junto daqueles que mais amas.

Muitos parabéns e muitos beijinhos da tua filhinha que te adora!

A mãe é linda!

A Cria

11 novembro 2008

Mais sangue

Quase chegada a hora de sair de casinha, decidi brincar à tosse e aos “atchins” e meter-me com o papá, enquanto ele tentava vestir-me a bata da escolinha.

Como é costume ver, até nos adultos, atirava a cabeça para a frente, cada vez que simulava um espirro, coisa que me parece normal.

Esqueci é que, no meio da brincadeira, o papá continuava, atarefado, a tentar enfiar a minha cabeça na respectiva abertura da minha bata e mandei uma violenta narizada na mão do papá…

Depois da primeira reacção do papá, que começou a rir e a meter-se comigo, percebi que alguma coisa se passava, porque a cara dele mudou radicalmente, e senti qualquer coisa a escorrer pela minha cara abaixo.

Mais sangue, desta vez a sair do meu narizinho…

Acho que vou começar a ter mais cuidado com estas brincadeiras…

A Cria

10 novembro 2008

O meu dói-dói

Não se vê lá grande coisa mas é o que se conseguiu arranjar.


A Cria

Fim-de-semana em cheio – O preço da independência

Depois do almoço, que acabou tarde, e duma fila interminável para atravessar o rio Tejo, chegámos a casinha, já era noite, e começámos a arrumar as tralhas, cansados e ansiosos por nos metermos na caminha.

Os papás nem sequer jantaram, porque ainda não tinham muita fome, e eu fiquei entretida a comer uma papa ligeira, umas bolachinhas de chocolate e um sumo não sei bem de quê.

Claro que as bolachinhas de chocolate deixaram as minhas mãos e a minha cara todas acastanhadas e lá fui eu para a casa de banho para lavar as mãos e a boca, acompanhada pelo papá.

Acontece que, como já é hábito e bem sabido, gosto de fazer as coisas por mim e só pedir ajuda aos papás quando percebo que não as consigo resolver sozinha, e acontece que esta mania de me querer mostrar muito independente tem, por vezes, um preço a pagar.

Subi, como já é hábito, para a sanita, comecei a rir quando me vi ao espelho, e, quando me cheguei para a frente para abrir a água, escorreguei – talvez porque estava de meias – e caí desamparada, entre a sanita e o móvel da casa de banho, batendo, violentamente, com a queixola na pedra do tampo do lavatório.

O papá, que nem teve tempo de esboçar um reflexo, pegou logo em mim e abriu-me a boca, cheio de medo que eu tivesse mordido a língua ou que estivesse meio desdentada, enquanto berrava pela mamã e percebia que havia, algures, um bocado de sangue.

O algures era um bocadinho atrás do meu queixo, um golpe com cerca de dois centímetros que o papá, imediatamente, assentou contra a mão dele, de modo a estancar o sangue.

Escusado será dizer o pânico com que a mamã entrou na casa de banho, quase a chorar mais do que eu, e a correria que se seguiu, atrás das compressas e da água oxigenada para prestar os primeiros socorros à “coitadinha da Joana”.

Três minutinhos depois, eu já não chorava e já só dizia que tinha um dói-dói, enquanto os papás se vestiam, à pressa, para me levarem para o hospital.

O papá aproveitou que ainda vinha com a adrenalina toda dos popós pequeninos, ligou as quatro luzinhas ao mesmo tempo, e acelerou até ao hospital, onde fui logo encaminhada para uma médica, muito simpática, que me pôs um penso, fez um monte de perguntas aos papás e me reencaminhou para outra médica, num departamento chamado micro cirurgia, para coser o meu queixinho.

Ainda tivemos que esperar uns 20 minutos antes que me chamassem, porque havia gente à frente, entre os quais um homenzinho com a cabeça envolta em gaze e que também tinha que ser cosido.

Quando a médica me viu, veio uma boa notícia…

Pontos nos bebés, só se for uma ferida muito profunda. Caso contrário, e era o meu caso, aplicam uma cola especial para fechar o golpe e metem uma tirinhas protectoras, antes de aplicarem um penso.

Fiquei muito sossegadinha, enquanto a médica aplicava a cola no meu queixo e explicava aos papás que, se fossem os pontos, em vez da cola, eu teria direito a três ou quatro, bem juntinhos, e a anestesia local.

A mamã suspirou de alívio, e as mãos do papá pararam de tremer, quando a médica disse que estava tudo bem e que, além do golpe, não havia mais motivos de preocupação, já que eu estava a falar normalmente, sintoma de que queixo e articulações não tinham sofrido com a pancada, não tinha vomitado, nem desmaiado, nem qualquer coisa do género.

Já em casinha, voltámos ao local do incidente, onde os papás me deram um pequeno sermão e me explicaram que estas situações servem para eu aprender, e que mais vale pedir ajuda do que armar-me em espertalhufa que quer fazer tudo sozinha.

Depois, foi só papar mais umas bolachinhas, beber um leitinho e cair, ferrada, na caminha dos papás.

A Cria

Fim-de-semana em cheio – Almoço a três

Depois da manhã no kartódromo, seguimos para Setúbal para um almoço que se previa animado, dadas as muitas pessoas que iam lá estar.

Com a história dos papás terem que mudar de roupa e afins, não seguimos em caravana com o resto do grupo e, quando chegámos a Setúbal, com o gostinho do, bem conhecido, choco frito na boca, já toda a gente estava sentada à mesa num daqueles restaurantes da avenida principal de Setúbal, uma marisqueira que nem vale a pena decorar o nome.

Acontece que, quando chegou a altura de pedir a papinha, já não havia choco frito e os papás escolheram um folhado de cherne, que também não havia, porque não havia massa para o folhado.

Um bacalhau, talvez…? Não, o bacalhau também já era.

O papá começou a ficar incomodado e disse ao empregado que, nesse caso, seria melhor que ele dissesse o que é que havia para papar, enquanto a mamã, tapava a cara numa de “vai haver bronca e o melhor é fingir que não conheço”.

O papá acabou por pedir chocos na brasa, sem tinta, para ele, para a mamã, para a minha amiga Xana e para mim, enquanto íamos comendo um pãozinho com queijo de ovelha porque, imagine-se o escândalo, manteiga também não havia.

Ora, passados uns momentos, o empregado voltou, disse ao papá para não se zangar com ele e comunicou que chocos para grelhar também já não havia…

Face a isto, quem conhece o papá não ficou nada admirado quando ele se levantou, despediu-se de toda a gente e disse-nos, alto e bom som, à mamã e a mim, para irmos embora e irmos a um restaurante que tivesse choco frito e, com voz ainda mais alta, manteiga!

E assim foi… Acabámos por almoçar os três, divertidos e em família, um choco frito que estava uma maravilha, cheio de maionese e acompanhado dumas batatinhas fritas deliciosas, enquanto o papá se divertia a telefonar para os amigos a perguntar se queriam manteiga…

A Cria

Fim-de-semana em cheio – As responsabilidades da mamã

Ontem foi um dia em cheio.

Acordámos cedinho e, depois dos banhos, começou a azáfama, à qual já me habituei, dos popós pequeninos, mais conhecidos, no vocabulário dos adultos, por karts.

Ainda que já soubesse, porque os papás já me tinham dito, fiquei um bocado pensativa quando, além do papá, também a mamã me apareceu pela frente com fato de competição, botas e uma panóplia de outros preparativos.

Depois habituei-me à ideia e acho que a mamã fica linda com aquele traje dos popós pequeninos.

A prova dos papás, em Palmela, é que não correu lá muito bem, porque a mamã, talvez por sentir o peso da responsabilidade de ser mãe, estava receosa com as batidelas, os despistes e outras situações mais complicadas, e andou muito abaixo do que seria de esperar, tendo em conta, segundo o papá, os tempos que a mamã já tinha feito naquela pista há uns anos atrás.

Quanto a mim, e porque, desta vez, não havia condições para que os acompanhantes pudessem acompanhar a corrida desde as boxes, vi as primeiras voltas da mamã, perdi a conta quando o papá entrou em pista e passei o resto do tempo a brincar com o Tomás – um giraço de olhos azuis – e com a Joana, uma bebé mais bebé que eu, ambos filhos de colegas do papá.

Depois da corrida, ainda tivemos tempo de ir até à boxes e tirar umas fotos, sentados ao volante dos popós pequeninos, antes de seguirmos para o almoço.

A Cria

07 novembro 2008

Longa-metragem

Segundo dizem os papás – e deve ser mesmo assim, a avaliar pelo ar de crianças que demonstraram enquanto durou o filme – os 101 Dálmatas é um dos filmes que ficou para a história do cinema animado.

Quanto a mim, adorei ver muitos cãezinhos, cheios de pintinhas, a correr dum lado para o outro e, definitivamente, já percebi que, neste tipo de filmes, existem sempre os maus.

A Cria

Os 101 Dálmatas têm encantado audiências durante várias gerações, com as suas fantásticas estrelas de cauda a abanar, a sua história memorável e uma maravilhosa marca de humor e aventura.

Cruela de Vil, a vilã mais exuberante e maquiavélica das produções da Disney, põe a aventura em acção quando rapta todos os cachorros Dálmatas de Londres, incluindo os 15 da família de Pongo e Perdita, para fazer um casaco de peles.

Através do poder do "Latido ao Luar", Pongo lidera um heróico elenco de animais numa busca dramática para salvar todos os cachorrinhos.

Independência acima de tudo

Ontem, depois do jantar, a filhinha entrou, mais uma vez, numa de birra irritante, sem qualquer razão aparente, a não ser, talvez, o sono.

Numa de distracção, aliada aos afazeres normais do fim do dia, dissemos-lhe que fosse lavar a dentola, sozinha…

Mãe, pai fica no quarto. A Joana faz, a Joana ajuda!

Lá ficamos no quarto, com as cabeças fora da porta, a observar, babados, a independência a pequena cria, que só pediu ajuda quando percebeu que colocar a porção correcta de pasta na escova era mais complicado do que, eventualmente, estaria à espera.

De resto, tudo correu dentro das expectativas, desde a colocação do degrau, que lhe permite chegar à torneira e ver a chafurdice ao espelho, até ao arrumar da escova e da pasta, devidamente colocadas no copo das escovas, passando pela escovagem das dentolas, propriamente dita.

E no fim, toda orgulhosa, foi ter connosco ao quarto para nos dizer, com um grande sorriso, “Xá está!

05 novembro 2008

Poças

Alguém nos pode explicar que raio de atracção, tão especial, é que as poças de água exercem nas mentes das pequenas criaturas?

04 novembro 2008

Escuridão

Ontem, por volta das nove horas, estava eu a ver o Panda, toda entretida, quando, de repente, ficou tudo às escuras.

Aliás, ficou tudo escuro como breu!

Chamei pela mamã, que estava, com o papá, a ver umas coisas no computador e, depois do “já vamos, filha”, percebi que vinham, por ali fora, às apalpadelas, a bater com os joelhos na mesa e nas cadeiras e a tropeçar nas minhas pantufas.

O papá lá encontrou o telemóvel da mamã, que tem uma luz, e conseguimos começar a ver qualquer coisa, lá no meio de tanto escuro.

Depois, a aventura começou, verdadeiramente…

O papá pôs pilhas numa coisa numa coisa que eu ainda não conhecia e que dá pelo nome de lanterna.

Maravilha! Já tínhamos luz para andar dum lado para o outro e, obviamente, apoderei-me da lanterna, já que achei imensa piada àquele feixe luminoso que eu apontava para onde bem me apetecia.

Claro está que, até irmos para a caminha, lavar os dentes, mudar de roupa e procurar a minha chucha, entre outros, foi uma brincadeira pegada.

A Cria

03 novembro 2008

Novidades do aquário

Já algum tempo que não contava nada sobre os meus peixinhos, talvez porque não houvesse muito que contar à excepção de que os célebres peixinhos pequeninos foram crescendo a bom ritmo e já estão grandinhos.

De repente, no Sábado, o papá começou a tirar peixinhos do aquário, pô-los dentro dum saco de plástico com água e saiu porta fora, com um ar apressado e um simples “até já”.

Só quando o papá voltou é que me explicaram que o aquário tinha Guppies a mais e que o pior ainda estava para vir, já que haviam, lá no meio, três Guppies meninas que estavam, outra vez, grávidas.

Como os papás não queriam fazer criação de Guppies, haviam três formas de combater esta loucura sexual dos bichos:

Ou atirávamos com dois ou três peixinhos mais violentos para dentro do aquário, de modo a repor a ordem natural das coisas, e esta era uma solução que não agradava muito à mamã;

Ou o papá fazia de Deus nosso Senhor e atirava com meia dúzia de Guppies pela sanita abaixo, e esta era uma solução que não agradava a ninguém;

Ou aceitávamos a proposta duma senhora duma lojinha de animais para levarmos uns quantos peixinhos em troca dum desconto na compra de outros.

Por isso é que o papá levou uns peixinhos e apareceu com outros – um Tubarão Bi-color, dois Pinguins, dois Plattys e um Beta Vermelho – que deram um novo colorido ao nosso aquário.

A Cria

Novidades de fim de semana

Sábado decidi fazer uma surpresa aos papás que se deixaram dormir até às tantas, sem quererem saber dos meus horários…

Levantei-me sozinha, aproveitei que os papás deixam sempre as portas dos quartos entreabertas, para me ouvirem a chamar, caso eu precise de alguma coisa, e fui acordá-los.

Nada de especial, pensará quem está a ler, mas a verdade é que foi a primeira vez que o fiz, já que antes nem conseguia sair da caminha por causas das grades.

E, confesso que me deu um certo gozo saltar para cima da cama dos papás e gritar “Mamã, papá… Acorda, acorda! Upa, upa!”, enquanto lhes dava uns quantos beijinhos.

À hora do banhinho, decidi surpreender o papá (a mamã já sabia) e, quando ele me ia a atirar com o champô para cima da moleirinha, fiz o meu ar determinado, disse-lhe que não e estendi-lhe a mão, enquanto reafirmei os meus propósitos com um vigoroso “a Joana faz!

E pronto… Assim, o papá já sabe que eu sei lavar o meu cabelo, ainda que precise duma pequena ajuda na parte de trás.

A Cria

29 outubro 2008

Joana musical

Ontem, depois dum lanche ajantarado, só possível porque faltou a água no escritório do papá, o que lhe permitiu usufruir da tarde em família, decidimos rever o filme “A Máscara”, depois de termos visto um pouco dos desenhos animados com o mesmo nome.

Claro está que a pequena cria nos fez companhia e muito mais do que isso…

Nas partes musicais do filme, à base, especialmente, de ritmos latinos, tipo rumba ou salsa, era ver a filhinha a saltar do sofá e desatar a dançar à volta da mesa, enquanto dava uns acordes, por acaso coincidentes com a música e cheios de ritmo, numa corneta colorida que lhe ofereceram, em tempos.

E ainda tinha tempo, cada vez que passava por lá, de carregar nas teclas dum pseudo órgão que estava “estacionado” na mesa.

Susto matinal

A meio caminho entre casa e a escolinha, desatei aos berros a gritar pelo papá, pela mamã e pela abelha…

Era uma abelha, sim, que estava “plantada” na minha janela a olhar para mim, com ar de quem pensava se me havia de dar uma ferroada ou se me deixava ir à minha vida.

O papá abriu logo a janela, enquanto fazia um desvio, para uma travessa sem saída, de modo a poder parar o popó e dar umas porradas na abelhuda.

A bicha aproveitou a deixa e fugiu, enquanto eu, num misto de choro e riso assustado, a ia enxotando à base duns “xô, abelha feia, vai embora a Joana!

A Cria

26 outubro 2008

Andam a gozar comigo!

Os papás parecem malucos!

Agora deu-lhes para se meterem comigo e dizerem que eu sou chata, feia e maluca, só para me chatearem e desatarem a rir às gargalhadas com o meu beicinho zangado, enquanto lhes digo que “não diz ixo! A Joana não é chata! A Joana é inda! A Joana é bebé!

A Cria

Adeus grades!

Depois de, no Sábado, termos ido celebrar o primeiro aniversário da priminha Isabel que, diga-se de passagem, está gorduchinha, mais interactiva comigo e a aventurar-se nos primeiros passos, o Domingo foi, tal como outros, dedicado às limpezas caseiras e a arrumações.

Só que, desta vez, houve umas coisas diferentes e os papás pareciam decididos a fazer limpezas a fundo.

Começámos pela arrecadação, deitámos uma porção de tralha fora e o papá levou uma série de coisas para a igreja, para dar a meninos que precisam.

Depois da arrecadação, e de almoçar um bom Cozido à Portuguesa, os papás entretiveram-se a limpar a casinha, sempre com a minha preciosa ajuda, e a fazer umas pequenas alterações, entre as quais surgiu uma grande alteração…

Já tinha ouvido os papás falarem no assunto e, hoje, a mamã decidiu andar com a coisa para a frente e pôs o papá a desmontar um dos lados da minha caminha de grades.

Ou seja, fiquei com uma caminha diferente e agora já não tenho que berrar cada vez que me quero levantar e sair da cama.

A alteração levou a que os papás montassem um bocado daquele tapete esponjoso junto à cama e pusessem uma almofada no chão, não vá eu dar em maluca e cair da caminha abaixo, o que, segundo eles, seria perfeitamente normal dada a minha irrequietude natural, o que fez com que o meu quartinho ficasse mais espaçoso e arrumado, pelo menos até eu espalhar as minhas traquitanas no chão.

A Cria

23 outubro 2008

Maluquices do papá

A mamã estava a meter-se com o papá a dizer-lhe que gostava de cabelos brancos, numa de que os homens ficam com mais pinta.

Com um ar zangado e triste, o papá saiu, disparado, da cozinha e voltou, passado um bocado, com o cabelo completamente branco.

Enquanto a mamã ria que nem uma perdida, eu fiquei admirada a olhar para o papá, a pensar no que raio tinha acontecido com o cabelo dele.

Afinal, não tinha sido nada de especial… O papá tinha despejado o meu pó de talco pela cabeça abaixo para mostrar à mamã que fica cheio de pinta com o cabelo grisalho.

A Cria

22 outubro 2008

Um dia muito diferente

Em jeito de aditamento ao post “Uma manhã muito diferente”, afinal, a manhã acabou por se transformar em dia.

A coitada da cria ficou de rastos, talvez por falta de hábito no que toca ao ar pesado de Lisboa e ao stress matinal das correrias na cidade.

Vai daí, de regresso a casa, adormeceu no comboio, nem deu pela pequena viagem de carro entre a estação e casa e continuou ferrada quando a mãe a deitou no sofá.

Como chovia bastante, ao fim da tarde, a mamã decidiu ir buscar o pai à estação e a pequena criatura, mais uma vez, nem deu por nada.

A coisa deu motivos para risota quando, por volta das nove da noite, a obrigámos a acordar para comer qualquer coisa, uma vez que, cada vez que a sentávamos no sofá, a Joana revirava os olhos entreabertos e caía para o lado, com uma pedrada de sono totalmente atípica.

21 outubro 2008

Uma manhã muito diferente

Sempre que tenho que vir para Lisboa com os papás, por exemplo, por ser dia de médico, o normal é ir para o escritório da mamã e passar lá umas horas antes dos outros afazeres.

Hoje, o dia foi completamente diferente e, pode-se assim dizer, uma verdadeira aventura para mim e para os papás, e, para não ter que estar aqui a escrever um enorme testamento, passo a enumerar os pontos principais que a compuseram.

- Ao contrário do que é costume, os papás decidiram, depois de, ontem, termos tido uma conversa a três, ir de comboio, em plena hora de ponta, em vez de levar o popó.

- Depois da mamã sair, numa estação antes da nossa, saí com o papá na estação de Entrecampos e fomos a pé para o trabalho do papá, ou seja, uns quantos quarteirões que são uma distância considerável para uma bebé, como eu.

Foi uma animação matinal, andar a correr pelo passeio fora, muito atenta aos aviões que iam passando, aos pombos que se atravessavam à minha frente e aos popós.

- No trabalho do papá portei-me, segundo ouvi dizer, muito bem, a fazer os meus desenhos, a levar papeis dum lado para o outro, a ver umas fotos com o Ócas e com a Isabel, que, além disso, ainda me deu umas bolachinhas muito boas.

O único trabalho suplementar que dei ao papá foi um cocó na fraldinha, prontamente resolvido na sala de reuniões, que foi fechada, durante uns quantos minutos, para servir de fraldário.

Para quem tem bebés da minha idade, nem vale a pena tecer comentários sobre o cheirinho que ficou impregnado na referida sala de reuniões…

- Chegada a hora, dei beijinhos a todos e lá fomos, outra vez passeio fora, ter com a mamã para ir para o médico.

Fomos num popó diferente, com uma cor de cocó deslavado, com um senhor, que eu nunca tinha visto mais gordo, a guiar, enquanto que eu ia, com os papás, no banco de trás.

Uma coisa esquisita, porque não havia a minha cadeirinha, nem o cinto de segurança e porque nunca tinha visto a mamã e o papá, os dois ao mesmo tempo, no banco de trás.

- No médico correu tudo às mil maravilhas e, depois de me auscultar, dar aquelas pancadinhas na barriga, ver os dentes, os ouvidos e toda a panóplia normal de coisas que os médicos fazem, o senhor doutor disse que eu estou nos conformes e elogiou o meu crescimento, o que deixou os papás muito contentes e, especialmente a mamã, descansados.

- Depois do médico, fomos à procura dum restaurante para papar qualquer coisa e, no meio da minha pressa, espalhei-me ao comprido no passeio.

Nada de grave, mas deu para fazer um pequeno dói-dói no meu joelho, prontamente limpo e desinfectado com saliva do papá, que mais parecia um cão a lamber a cria, ali no meio da rua, enquanto as pessoas passavam por nós com um ar de quem devia pensar que somos malucos.

- Depois do almoço, fomos – desta vez com um cocó a importunar-me o meu bem-estar – andar, outra vez, de comboio, rumo a casinha.

Ainda pensei que íamos os três, como de manhã, só que, desta feita, foi a vez do papá sair antes, porque tinha que voltar ao trabalho, e deixar-me com a mamã.

- Depois da viagem de regresso e de meio dia tão atribulado, com comboios, esteiras e escadas rolantes, grandes caminhadas, baptismo de táxi, médico e dói-dóis, cheguei a casinha e depois deste, afinal, testamento, adormeci ferrada, na companhia da mamã.

A Cria

A primeira longa-metragem

Pedi ao papá para não ir para a caminha sem me fazer o favor de escrever umas linhas sobre a nossa noite.

Depois do jantar, o papá fez uma surpresa à mamã e a mim e pôs na “tão” um filme duns gatinhos muito queridos que se envolveram numa aventura com outros gatos, cisnes, um ratinho, uma égua e dois cães.

Foi a primeira vez que vi um filme completo, cheia de atenção, cheia de comentários (como, por exemplo, dizer que os gatinhos estavam com medo e que queriam a mamã deles), com muitas gargalhadas à mistura e a bater palminhas, enquanto “dançava” ao colo dos papás, ao som da orquestra dos gatos vadios.

A minha primeira longa-metragem chama-se “Os Aristogatos” e é um filme muito catita, que nos proporcionou um belo serão em família.

A Cria


Esta encantadora história começa em Paris, quando uma bondosa e excêntrica milionária decide deixar em testamento toda a fortuna à sua família - uma família de gatos da alta sociedade.

Escutando os seus planos, Edgar, o ganancioso mordomo que pretendia a herança, rapta Duquesa, a elegante e educada mãe gata, e os três irrequietos gatinhos, abandonando-os depois no campo.

O charmoso O'Malley, um corajoso gato vadio que ocasionalmente passava por perto, oferece-se então para os ajudar a regressar a casa.

16 outubro 2008

Arrumação esmerada

Ontem, ao fim da tarde, fomos às compras e, ao chegar a casa, a Joana ajudou nas arrumações das bolachas, dos sumos, dos pacotes de leite com chocolate, etc, etc.

Uma das coisas que também lhe passei para as mãos, para que levasse à mãe que estava encarregue de arrumar as coisas na cozinha, foram os diversos tipos de iogurtes, a saber, e como a Joana os teima em classificar, os gutus da Joana, os gutus do papá e os gutus da mamã, que são os iogurtes líquidos.

Como ela voltou à despensa, onde eu ia despejando os sacos, sem nada nas mãos, assumi que estava tudo bem.

Hoje, pela manhã, quando abri o frigorífico para tirar, precisamente, um iogurte, deparei-me com uma arrumação deveras aprimorada mas algo diferente àquela que é normal quando a mamã ou eu arrumamos o frigorífico.

Quando perguntei à minha mulher se tinha sido ela a arrumar os iogurtes e ela me respondeu que não, abri a porta do frigorífico, para lhe mostrar a obra de arte em que a Joana transformou a prateleira dos iogurtes, com todos eles muito bem posicionados e alinhados, cada qual dentro da sua categoria, e ficamos embasbacados a contemplar aquela obra prima da arrumação.

Linda menina, a nossa filha.

O Papá

15 outubro 2008

Musicol

Hoje, pela fresquinha da manhã e depois do banho, reparei que a cria andava a cantarolar a escala musical, o que me deixou surpreso.

Chamei, meio às escondidas a mãe, para ver se a filhinha não se calava, e, afinal, o assunto já era conhecido.

Acontece que, ontem, a filhinha teve a sua primeira aula de música, uma novidade neste ano lectivo.

O Papá

14 outubro 2008

De volta à escolinha

Ontem, depois da tal semaninha de férias para aproveitar o fim da baixa da mamã, voltei ao infantário, toda contente e sorridente por reencontrar os meus amiguinhos, de quem já tinha algumas saudades.

A Cria

12 outubro 2008

Horário de fim-de-semana

Na sexta-feira, talvez porque dormi uma grande sesta à tarde, fui fazendo companhia aos papás e sem nos apercebermos era uma e meia da manhã quando nos deitamos, depois de muita televisão, uma agradável ceia e muita brincadeira.

Nos Sábado acordámos à uma da tarde e fomos almoçar às três, tipo à espanhola.

Já sei, já sei… Isto não são horários para bebés, mas soube muito bem!

A Cria

10 outubro 2008

Poucas novidades

Estas mini férias não têm sido muito férteis em novidades dignas de registo, apesar de algumas traquinices caseiras.

Na verdade, tenho aproveitado para fazer muitos desenhos, acompanhar a mamã em pequenos passeios, ajudar a mamã nas lides da casinha, aperfeiçoar a minha fala e brincar muito com os meus legos e com a bonecada espalhada pelo meu quarto.

Os papás dizem que estou a crescer e a ganhar umas expressões diferentes, especialmente na forma como me vou exprimindo, além de continuar a demonstrar muita desenvoltura e capacidade de desenrascanço.

Bem… Eles lá sabem o que andam para ali a dizer.

A Cria

07 outubro 2008

Para memória futura

Os papás dizem que o tempo passa a voar e que parece que foi ontem...

A Cria

Mini férias

Vitória! Minha e da mamã!

Convencemos o papá para eu ficar em casinha, com a mamã, durante esta última semana da baixa dela.

O papá não estava muito de acordo porque diz que estar a pagar a escolinha para eu andar na balda, não está a dar com nada.

Em todo o caso, verdade seja dita, não foi muito difícil convencer o papá.

A Cria

04 outubro 2008

Depois da tempestade, a bonança

Adormeci ferrada, dormi toda a noite, sem voltar a vomitar, e só fiz um cocó muito mal cheiroso.

Às nove da manhã, acordei, liguei as pilhas, cheia de energia para um novo dia, e “arruinei” a manhã de Sábado dos papás, que queriam descansar mais um pouco.

Só falta ganhar o meu apetite habitual…

A Cria

03 outubro 2008

Fim de tarde atribulado

Por volta das sete horas, fui, com a mamã, buscar o papá à estação e, confesso, não me estava a sentir lá muito bem, de tal maneira que a primeira coisa que disse ao papá, quando ele entrou no popó, foi que tinha dói-dói na barriga.

Quando chegámos a casa, deitei-me um bocadinho no sofá, enquanto os papás mudavam de traje, e, de repente, senti-me de tal maneira mal que fui a correr, a chorar, para o papá a dizer que continuava com dói-dói na barriga.

O papá nem teve tempo de fazer nada… Vomitei em cima das calças dele, na camisa e no chão do quarto, além, obviamente, da minha roupa.

Baaaaahhhhh… Que cheiro pestilento que aquilo deitou!

Depois dum duche tépido, senti-me melhor, para, passado um bocado, repetir a dose, desta vez em menos quantidade.

E outra vez, e outra vez, e outra vez…

Puxa! Vomitei cinco ou seis vezes, ainda que as últimas já só saísse aguadilha misturada com cuspo e fiz umas diarreias mal cheirosas, de certeza bem piores do que aquele macaquinho cujo vídeo o papá publicou há uns dias atrás.

Conclusão… Adormeci ferrada, fruto, certamente, do cansaço provocado pelos vómitos, enquanto os papás lavavam, à pressa, as minhas fraldas e os meus pijaminhas, que ficaram todos sujos.

Amanhã conto como correu a noite…

A Cria

Segurança no popó

Ultimamente, a filhinha tem feito uma fita desgraçada quando, sentada na cadeirinha do carro, lhe dizemos que tem que pôr o cinto de segurança.

Já lhe dissemos que o cinto é preciso, que o cinto é bom, que o cinto é para não fazer dói-dói na cabeça e já lhe dissemos que tem que pôr o cinto por causa do polícia.

A resposta foi clara: “A Joana não quer o “poícia” da Joana dá palmada!

02 outubro 2008

A carola do papá

Devem ser muitas as preocupações que andam a assolar a cabeça do papá, porque não é nada normal abrir a porta do frigorífico para meter lá dentro coisas que eram para ir para o caixote do lixo, nem dirigir-se para a casa de banho em vez da porta da rua, para sair e ir trabalhar.

A Cria

01 outubro 2008

Novidades… Poucas mas boas

Ontem a mamã foi, mais uma vez, ao médico e as notícias deixaram os papás contentes, já que, de acordo com as ecografias, está tudo bem com a mamã e tudo o que havia para sair já saiu naturalmente.

Durante a madrugada – eram cerca das cinco e trinta – acordei, percebi que não tinha a chucha ao meu lado e decidi berrar, numa de ver se alguma alminha caridosa me prestava atenção.

O papá lá apareceu no meu quarto, com um ar muito ensonado, deu-me uma chucha, a minha fralda, um ursinho e convenceu-me a ficar na caminha.

Acho que vou fazer isto mais vezes porque hoje, ao acordar, percebi que já era tarde e que ia ficar com a mamã, que já me explicou que, quando o pai acordou e foi ao meu quarto para me levantar e ir para a escolinha, eu estava a dormir profundamente, com ar de anjinha, e o papá não teve coragem de me tirar da caminha.

A Cria

30 setembro 2008

O acepipe achocolatado

O meu amigo Afonsinho e a mamã deixaram um comentário no post “Novo acepipe”, onde digo que aderi à moda do gutu com chocolate, tão querida dos papás.

A “receita” é simples…

Pomos um ou dois gutus, com sabor a fruta, numa taça ou numa caneca – sendo que, na minha opinião, o gutu de banana é o que produz melhor efeito – e toca de deitar chocolate em pó q.b. (Nesquik ou outro parecido) lá para dentro e mexer muito bem, até ficar uma mistela que mais parece mousse de chocolate.

Antes de me lambuzar, os papás aconselham, sempre, a que eu tenha dois ou três guardanapos à mão de semear…

A Cria

Nota do papá – Este post deixou-me com água na boca e, depois de, a pedido da Joana, o publicar, desliguei o computador e fui, directamente, para a cozinha preparar uma destas mistelas.

Cubos

Enquanto os papás estavam a ver umas coisas no computador, eu estava muito entretida a fazer uma espécie de construções com uma série de cubos, e demais peças, que tenho dentro duma caixa tipo balde.

De repente, quando a construção já era e a brincadeira estava a começar a descambar, apercebi-me que o papá estava a filmar o que eu estava a fazer e quis ver a filmagem.


O papá disse que não e que eu só podia ver depois de arrumar tudo dentro do balde.

E foi isso mesmo que eu fiz, cheia de pressa para ver o meu filminho.


A Cria

28 setembro 2008

Sangue

Não sei bem porquê, e os papás desconfiam que foi por meter o dedo no nariz ou por ter apanhado muito sol ontem nos karts (ainda que tivesse a minha fralda enfiada na cabeça à moda dum piratinha) mas, depois do jantar, estava, sossegadinha, a ver televisão com a mamã e comecei a sangrar duma das minhas narinas.

Entre a minha admiração, porque nunca tal me tinha acontecido, e o pânico da mamã, lá fomos limpar o sangue, primeiro com água e, depois, com um pouco de água oxigenada e tudo voltou à normalidade.

Conclusão: Estou proibida de tirar macacos do nariz!

A Cria

Um fim-de-semana especial

Ontem foi um dia muito preenchido, quer para mim quer para os papás, que nos deixou algo arrasados.

Fiquei admirada por nos termos levantado tão cedo, como se de um dia de trabalho se tratasse, e depois da correria da manhã, parecia que íamos de viagem, com dois sacos atrás de nós…

Mais admirada fiquei quando reparei na vestimenta que o papá levava vestida, e que eu nunca tinha visto.

Uma indumentária esquisita, com umas costuras, em quadrados, ao longo das pernas, com o tronco e os braços enrolados à cintura, como se fosse um “pullover”, e umas botas que pareciam uns ténis mas que não são bem uns ténis.

Depois de dormir durante toda a viagem, acordei e percebi, finalmente, o que se passava, já que estava mais uma data de gente com umas fatiotas parecidas à do papá e uns carrinhos pequeninos, muito ruidosos e engraçados, numa estrada pequenina.

O papá mostrou-me os popós e explicou-me que a fatiota, mais umas luvas e um capacete eram necessários para participar numa prova de karts.

Foram duas horas e meia bem passadas, no meio daquela azáfama, cheia de curiosidade e a acenar ao papá, cada vez que ele passava na recta da meta.

No final, a equipa do papá, que estava em sexto a três voltas do fim, ficou em oitavo lugar já que o papá, segundo as suas palavras, já não aguentava com uma gata pelo rabo e perdeu completamente o ritmo nas voltas finais.

Depois da cerimónia da entrega dos prémios, na qual também participei e ganhei a minha primeira medalha, fomos almoçar com o “Ócas” e com a Xana restaurante ali perto e voltámos ao Campera, o sítio onde tinha sido a prova dos carrinhos, onde a mamã aproveitou para fazer umas compras, enquanto eu e o papá dormimos, no popó, uma sestinha de meia hora.


Depois fomos ter com a mamã e continuamos com as compras até começar a chover.

Nada de especial, excepto que a carga de água que desabou, em gotas bem grossas, vinha acompanhada duma violenta trovoada que parecia que estava mesmo ali em cima de nós.

Nada de especial, a não ser que apanhei a minha primeira molha, a correr dum lado para o outro às cavalitas do desgraçado do papá, que já estava cheio de dores por causa dos karts, e parecia que tínhamos saído do duche.

Depois de mudar de roupa, voltámos, calmamente, para casinha e só nos apeteceu petiscar uns acepipes antes de irmos todos para a caminha, vencidos pelo cansaço dum dia diferente.

Hoje, Domingo, passámos um dia tranquilo, em família, e deixo um beijinho muito especial para os papás por mais um mês de casados.

A Cria

26 setembro 2008

Noite agitada

Ontem fomos jantar a casa do meu padrinho e consegui rebentar com a paciência e com a resistência da cadelinha Kika.

A brincadeira foi de tal ordem que a pobre da bicha, que já andava com a língua de banda, deitou-se ao meu lado, de barriga para o ar, numa de pedir muitas festinhas.

Claro está que, assim que entrei no popó, e percorridos uma centena de metros, eu também adormeci ferrada e nem mesmo quando cheguei a casinha e a mamã me limpou com uma dúzia de toalhitas, para tirar toda a baba procedente das lambuzadelas da Kika, me conseguiram acordar.

E já pedi aos papás para não deixarem passar tanto tempo até à próxima visita, porque gosto muito do padrinho e da família e da cadelinha Kika.

A Cria

25 setembro 2008

Pfuuuu!

E os papás ainda dizem que o meu cocó cheira mal… Ora que essa!

A Cria

Gazeta

Hoje é o segundo dia, desta semana, que faço uma grande gazeta e não vou à escolinha.

Ontem, o papá acordou mais tarde e, em vez de andarmos à pressa, num verdadeiro alvoroço, ficou decidido que eu ficava em casinha com a mamã, que, entretanto, continua de baixa.

Hoje, a gazeta já estava programada há algum tempo, de modo a ir tratar duns assuntos com a mamã no reboliço de Lisboa.

Dois dias, na companhia da mamã, que me estão a saber muito bem!

A Cria

22 setembro 2008

Marretas

Descobri, no blog do papá, uma notícia importante, sobre um simpático grupo de bonecos, totalmente tresloucados, que fizeram as delícias dos mais velhos há cerca de 30 anos atrás.

São os Marretas, são liderados por um simpático sapo, já conhecido de tantos de nós, os mais novinhos, chamado Cocas, e parece que estão a planear um regresso em grande força, já aplaudido pelo papá que diz que, desta forma, se vai ver livre do Ruca e do Noddy.

Não sei se será bem assim mas, para já, não me canso de ver, no computador dos papás, o vídeo das vaquinhas loucas, que pedi ao papá para publicar aqui, juntamente com outros dois vídeos.


Mahna Mahna


Animal e um solo de bateria


Cozinheiro Sueco

A Cria

21 setembro 2008

Arrumações

O fim-de-semana foi dedicado a arrumações na casinha e, desde o meu quarto até à cozinha, passando pela sala e pelo escritório dos papás, foi tudo passado a pente fino.

O saldo, ainda que cansativo, foi muito positivo, com toneladas de papel e porcarias a serem levadas para o lixo, prateleiras da cozinha re-arrumadas , aquário merecedor duma limpeza a fundo e frisos das janelas a brilharem.

A Cria

Novo acepipe

Resolvi, definitivamente, aderir a um dos acepipes favoritos dos papás: o “gutu” com chocolate em pó!

A Cria

19 setembro 2008

Gostamos de cuscar

- O desenvolvimento dele, no Dezembro
- Um dia especial da Leonor, no Estrelinha Cor de Rosa
- Quem os ensina?!, no Narizinho
- Hoje fez A Birra!, no Maraffaadinha
- Descobertas, n’O Meu Grande Amor
- E porque um Anjo também tem pancas…, n’O Nosso Afonsinho

Uma chucha para o macaco

Eram duas e meia da manhã quando decidi berrar, a chamar pela mamã, e acordar o prédio todo.

Contra as minhas expectativas, porque, assim, já sabia com o que podia contar, apareceu o papá e lá tive que mudar a minha estratégia…

Ou seja, em vez de pedir para ir para a cama do papás, que era, sem dúvida, o que me apetecia, decidi parar com o berreiro e olhar, fixamente, para o papá, com os meus olhinhos de carneiro mal morto e a fazer um certo beicinho.

Não resultou, e o papá foi intransigente na sua decisão de me obrigar a permanecer na minha caminha.

Ainda assim, obriguei o papá a alguma “ginástica” para me “dar a volta” e lá foi o pachola buscar o meu macaco para a minha caminha, devidamente acompanhado duma fralda de pano e uma das minhas chuchas.

Com o macaco a fazer-me companhia e a luz do quarto acesa, lá me conformei e dormi, sossegadinha, o resto da noite.

A Cria

Não fomos à falência

Quem lê, com alguma assiduidade, o nosso espaço familiar começa a pensar se o Traquina e Irrequieta terá entrado nalgum processo de falência, à semelhança do banco americano Lehman Brothers ou da AIG, a seguradora cuja existência esteve ameaçada por um fio.

Nada disso se passa com o nosso blog.

Acontece é que as novidades, aparte do facto da mamã estar a recuperar muito bem da contrariedade que assolou a família, não têm sido muitas nem dignas de registo.

Estamos por cá, atentos nas visitas que fazemos a outros espaços familiares, mas sem muito tempo para comentar.

No regresso das férias, a pequena cria disse que o Traquina e Irrequieta estava de volta, ainda que a meio gás…

Talvez nem mesmo nós, papás e cria, estivéssemos à espera que esse meio gás se prolongasse por tanto tempo, mas a vida do dia-a-dia a tal nos tem obrigado.

14 setembro 2008

Convicções teimosas

A pequena cria está a passar por uma fase que se afigura mais complicada para os pais, com certo tipo de birras, inesperadas e inexplicáveis (na óptica dos adultos), capazes de dar cabo da cabeça a qualquer um.

Não é que não estivéssemos à espera ou preparados para esta fase, já que os conselhos, à laia de avisos, sempre foram aparecendo, vindos das mais diversas fontes.

E não é que a nossa filha seja uma bebé chata, refilona ou daquelas criaturas que berra, por tudo e por nada, quando, talvez fruto da educação, não se lhe fazem as vontades.

A Joana é, isso sim, obstinada até mais não nas suas convicções de bebé e, quando mete alguma coisa na sua pequena cabeça, teima em fazer o que lhe parece certo por si mesma, até conseguir os resultados a que se propôs ou até perceber que precisa de recorrer à nossa ajuda para chegar ao objectivo.

Como pais, sempre achámos por bem, dentro de determinados limites que consideramos razoáveis e seguros, que a nossa filha, por ela mesma, explorasse e conhecesse o mundo que a rodeia, de modo a aprender o que está correcto ou errado, a diferenciar o bem do mal e a desenvolver, física e psicologicamente, a maturidade mais adequada à sua idade e às diversas fases da sua vida.

Estamos convictos que estes pressupostos ajudaram a que a Joaninha continue a ser uma criatura doce, meiga, carinhosa, curiosa e bem-disposta e que continue a ser uma bebé obediente que não se opõe a ir para a cama, a comer, a tomar banho ou a lavar os dentes.

O problema surge quando quer cumprir com os seus afazeres à sua própria maneira (muitas vezes a correcta, sem dúvida) e com o seu próprio “timming”, nem sempre o mais adequado à vida dos papás…

12 setembro 2008

Boas notícias

A mamã foi fazer uma ecografia e está tudo a correr bem, com o organismo dela a expulsar, naturalmente, tudo o que tem que sair.

A Cria

11 setembro 2008

Na calada da noite

Só hoje, pela manhã, percebi que a noite foi deveras atribulada lá para os lados do quarto defronte do meu.

Parece que a mamã passou mal a noite, cheia de dores – o que obrigou, inclusive, a que o papá tivesse que sair, às quatro da manhã, em busca duma farmácia – e com muitas idas à casa de banho, já que o organismo dela está a expulsar, naturalmente, tudo o que teria sido necessário para albergar o(a) Traquina 2009 durante os nove meses dentro da barriga.

Conclusão: hoje não houve escolinha, para mim, nem trabalho para os papás.

Amanhã, a mamã vai, mais uma vez, à médica para ver se está tudo a correr normalmente.

Entretanto, especialmente em nome da mamã, ficam os nossos sinceros agradecimentos por todos os comentários e mensagens de carinho e apoio que muito nos sensibilizaram.

A Cria

09 setembro 2008

Triste desistência

Por razões que a própria razão desconhece, hoje foi um dia triste na vida desta pacata família, o dia em que tivemos a confirmação médica de que o(a) Traquina 2009 deverá, em algum momento dum passado recente, ter percebido que alguma coisa não estava bem e decidido abandonar o projecto de aumentar o agregado familiar.

A natureza, em todo o seu esplendor, tem destas coisas, sem dúvida, mas a natureza também consegue ser madrasta em determinadas ocasiões.

NOTA - Também publicado no Sempre a Produzir

08 setembro 2008

As nossas férias - 03

O Sábado em que a priminha Isabel e os papás dela vieram almoçar connosco serviu para o papá recuperar dum certo mal estar das costas – leia-se dores – por causa das passeatas diárias até à praia, já que, especialmente ao fim do dia, eu pedia sempre ajuda ao papá – leia-se cavalitas – para chegar ao popó.


Para quem conhece, a priminha está grande, ainda que só esteja na fase do gatinhar e ainda não dê para brincar muito comigo.

De qualquer maneira, foi só um mísero dia de descanso para o papá porque voltámos, logo, ao nosso dia a dia de praia e às minhas brincadeiras com uma nova amiguinha, chamada Catarina, mais velha do que eu cerca de um ano mas disposta à muita brincadeira, que durava enquanto conseguíamos aguentar sem frio, num entra e sai da água constante, sempre acompanhadas dos nossos baldes, regadores e outros utensílios.


Já vos tinha falado da Sofia – a tal do melão – mas, para além da Catarina, com quem espero manter contacto no futuro, estas férias permitiram-me arranjar novas amizades e relembrar outras que já não via há algum tempo, como a Mariana e o Gonçalo, dois “primos emprestados”, filhos duma grande amiga da minha mamã.

Após uma manhã mais cinzenta, a tarde pôs-se solarenga e fomos ter com eles, depois dumas horitas bem passadas numa praia da Fonte da Telha, para acabar a tarde na piscina lá de casa, antes de sairmos para jantar, num restaurante situado numa das praias da linha da Costa da Caparica.


E, claro está, aproveitámos a areia paredes-meias com o restaurante para nos divertirmos à grande, enquanto os nossos papás jantavam.

Resumindo, e concluindo, foram uns belos dias de férias, que só pecam por ter sido tão poucos e por terem passado tão depressa, que me fizeram muito bem e que m e ajudaram a crescer, em todos os aspectos, além de ter tido a oportunidade de conhecer novas pessoas, novos areais e alguns acessórios de moda novos…


A Cria

06 setembro 2008

As nossas férias - 02

Tanta praia, correrias pela areia, banhos e ar puro, tiveram, sempre, duas consequências imediatas.

Por um lado, um apetite devorador que nos levava, sempre, a uns petiscos maravilhosos.

Para mim, foram as férias da descoberta do choco frito, cheio de limão e maionese, da salada de ovas de pescada, dos mexilhões, das lulas grelhadas pelo papá e da caldeirada.

Na praia, tinha sempre uma sanduíche à minha espera e/ou umas bolachinhas deliciosas, a que chamam “línguas de veado”, para devorar e partilhar com as novas amizades, humanas e caninas, que fui fazendo.

Sim, porque os coitadinhos dos cães também gostavam das minhas bolachinhas, apesar das chatas das donas dizerem que eles não queriam mais e que estavam a ficar gordos.

Bolachinhas sim, mas fruta não, e, como tal, eu é que comi quase todo o melão da Sofia – uma das novas amiguinhas – perante o ar meio aparvalhado da mamã dela e o ar algo comprometido dos meus papás que já estavam a ficar envergonhados com tamanho à vontade da minha parte.

O pior foi quando acabei com o melão e decidi que, para rematar, o melhor era beber o sumo do melão directamente do “tupperware”… Foi ver a mamã a sair disparada na minha direcção a dizer-me que aquilo não se faz, enquanto se desfazia em desculpas perante a mamã da Sofia.

Caramba… Entendam, duma vez por todas, que estas são as verdadeiras coisas de crianças.

E entendam, também, que com tanta mistela e com a mania de beber água de pois de comer um “gutu”, a diarreia líquida que me assolou durante dois dias foi um dano colateral perfeitamente normal, apesar do cheiro que até a mim me deixava mal disposta, e o pequeno cocó que fiz no fato-de-banho, o único durante todas as férias, foi um mal menor que não consegui, mesmo, conter.

E não se queixem porque eu sei, muito bem, que andaram a fazer altas ceias a altas horas da manhã enquanto eu dormia o meu soninho profundo.

Maionese de pescada, pizzas, ovos mexidos, torradas, sumos, leitinho… Pois, pois…

A segunda consequência imediata foi o cansaço saudável ao fim do dia e que me levava a adormecer ao colinho dos papás ou, simplesmente, toda torcida no sofá, de chucha na boca e agarrada à fralda e ao Ruca.

Um drama, para ser bem realista, porque se adormecia depois da praia, no caminho para casinha, era uma trabalheira para me conseguirem acordar para tomar banho ou jantar.

Uma coisa é certa… Acabado o jantar, o máximo que conseguia aguentar eram alguns minutos de cócegas e brincadeiras com os papás, antes de ferrar a dormir.


Daí termos aproveitado um dos dias que ficámos na praia até mais tarde, nada mais nada menos que até às 7 da tarde, para ir, directamente, jantar com a avó E., enquanto a cadelinha Carolina se entretinha a despedaçar o banco do popó da amiga da avó…

Assim, com tanta diversão, tinha mesmo era que me manter acordada…

A Cria

04 setembro 2008

As nossas férias – 01

Como já se sabe, as férias começaram, verdadeiramente, no dia 15 de Agosto, quando os papás arrumaram as traquitanas todas, encheram o porta-bagagem da carrinha de malas, sacos e saquetas – grande parte por minha causa – e seguimos para Sesimbra.

Daí até ao fim das férias, exceptuando um ou dois dias em que o tempo não esteve grande coisa e um dia que tivemos que vir a Lisboa, a nossa vida passou a ser praia.

Os papás ainda se assustaram, logo no primeiro dia, quando se aperceberam que a minha vontade de ir para dentro de água não era igual à do ano passado nem, tão-pouco, à que já tinha demonstrado este ano na praia do Magoito.

Sol de pouca dura, claro está, porque bastou-me perceber que aquele mar de Sesimbra é o ideal para as minhas brincadeiras para não mais dar descanso aos papás, e nem mesmo algumas quedas redondas dentro de água, com uma ondinha a enrolar-me, me demoveram dos meus propósitos bem dispostos.

Descanso, só mesmo quando os papás viam que eu já estava a tremer de frio e com os lábios roxos e o papá me levava a dar um verdadeiro mergulho, a modos que forçado… Aí, era eu mesma que pedia a chucha e a fralda para descansar um bocadinho debaixo do chapéu-de-sol.

Chapéu-de-sol, diga-se de passagem, indispensável nestas férias, porque os papás não ligaram a ponta dum rabinho aos horários mais ou menos nefastos para estar na praia.

Íamos sempre tarde e a más horas, mas serviram, sem dúvida, o creme com factor máximo de protecção que a mamã me punha, pacientemente, todos os dias e, lá mais para os últimos dias, quando já estava com uma corzinha morenaça, o Piz Buin da mamã com um factor de protecção menor.

A coisa resultou, porque ninguém apanhou escaldões nem nada que se parecesse, e tinha mesmo que resultar porque andávamos sempre dentro de água, de modo a estarmos permanentemente fresquinhos e com as moleirinhas molhadas.

O papá, no entanto, deve ter abusado nos primeiros dias, já que nem sempre andava com a carola molhada, e isso afectou-lhe a moleirinha, de tal modo que, num dos dias, saímos da praia, fomos comprar carninha para fazer um belo dum churrasco e, ao chegar a casa, o tonto do papá esqueceu-se das chaves de casa dentro do popó que, entretanto, já estava a descansar na sombrinha da garagem fechada.

Não deve ser difícil, para quem conhece a família e está a ler esta narrativa, imaginar o que aconteceu quando o papá se apercebeu da embrulhada…

Os três à porta do prédio, com os sacos das compras e das traquitanas da praia às costas, a olhar uns para os outros com um ar meio incrédulo pelo que nos estava a acontecer.

A mamã desesperada com calor, sede e fome e com vontade de atirar com alguma coisa à cabeça do papá;

Eu, sem ligar muito à situação, a cirandar, dum lado para o outro, pela rua fora;

O papá, pachola, a tentar fazer ver à mamã que o que está feito, feito está, e que só tínhamos que arranjar uma solução para entrar na garagem e ir buscar a chave de casinha.

Chaves… Só as da carrinha. As restantes chaves (garagem pela frente, garagem pelas traseiras, casinha e porta do prédio) ficaram todas dentro do popó.

Telemóveis… Em casa, porque férias são férias e os papás nem levaram os ditos para a praia.

Janelas todas fechadas e, mesmo que não estivessem, não adiantava de nada entrar em casinha porque a porta continuava fechada à chave.

Enfim… Uma grotesca e mirabolante conjuntura que ficou resolvida com um telefonema para o avô V., através dum telemóvel dum vizinho que assistia à situação familiar com um sorriso malicioso nos lábios.

Com a avó no hospital, a recuperar duma pequena cirurgia, o avô lá veio jantar connosco e trazer a chave da casota, mas o mais caricato foi que a chave dum outro vizinho, que entretanto chegou a casa, abriu a porta traseira da nossa garagem, poucos minutos antes do avô chegar, vindo, propositadamente, de Lisboa…

A Cria