28 fevereiro 2010

Fui às compras

Numa de aproveitar a Feira do Bebé nos hipermercados do Continente e do Modelo, fomos fazer umas comprinhas para o mano.

O papá tirou duma prateleira um daqueles doseadores de leite em pó, deu-me cinco euros e pedi-me para ir pagar.

Fiquei a olhar para o papá, meio intrigada, e só me ocorreu perguntar: “Sozinha?”

Como o papá disse que sim, que era para ir sozinha, lá fui para a caixa e pus-me na fila, à espera da minha vez.

O problema é que ninguém me ligava e houve uma parva duma velha que, além de me passar à frente, ainda perguntou à senhora da caixa se eu estaria perdida.

Ali foi a minha deixa, que eu aproveitei logo… Pus-me em bicos dos pés, meti o tal do doseador em cima do balcão e entreguei os cinco euros à senhora da caixa que, com um sorriso, me deu o troco.

Obrigada para lá e de nada para cá e vice-versa, fui dar o saco aos papás, que, muito atentos, vigiavam tudo a uma distância considerável e ganhei mais umas moedas para o meu mealheiro.

A Cria

25 fevereiro 2010

Birrinha matinal

Hoje, com a pressa matinal da família, esqueci-me do meu cãozinho preferido e só dei por falta do boneco quando ia a entrar no popó.

Quando os papás disseram que nem valia a pena pensar em voltar atrás, foi uma choradeira birrenta com lágrimas capazes de ofuscar a chuvada que caía naquela altura.

E o pior de tudo é que não consegui demover os papás…

A Cria

21 fevereiro 2010

O Afonso

Ontem fomos jantar a casa duns amigos dos papás que têm um lindo bebé, com oito meses, chamado Afonso.

Agora que sei que na barriga da mamã está um mano (e não… ainda não vou revelar o nome dele), quis logo ver como é a sensação de ter um bebé ao meu lado.

Brinquei com ele e com os bonecos dele, estive, por um bocadinho e devidamente vigiados, com ele ao colinho, vi como se muda a fralda (não ajudei porque não me deixaram e cheirava um bocadinho mal) e fiz um bocadinho de companhia quando ele foi para a caminha.

No fim da noite, diga-se, de passagem, noite muito avançada, não me cansei de dizer aos papás que o Afonso é um bebé muito querido… Até adormecer, mais do que ferrada, na minha cadeirinha nova do popó.

A Cria

19 fevereiro 2010

Dois dias intensos

Como os papás ainda tinham uns dias de férias do ano passado, decidiram gozá-los durante esta semana do Carnaval e temos aproveitado para descansar em família, uma vez que eu também tirei umas férias na escolinha.

Ontem, porém, o dia começou cedo porque foi dia da mamã ir fazer análises.

Como era daquelas coisas que não precisava de ir em jejum, a mamã foi um pouco menos madrugadora e eu e o papá acompanhámos a mamã.

Depois, fomos para Lisboa e fomos almoçar com uma amiga de longa data da mamã, ou melhor, mais do que uma amiga, uma segunda mãe da mamã.

Visitámos e almoçámos no antigo colégio da mamã e passámos grande parte da tarde em brincadeiras e longas conversas com alguém que sempre cuidou da mamã como uma filha.

Depois, voltámos para casa e ainda tive tempo de ir à natação.

Claro que, ao fim do dia, estava estoirada e adormeci muito rapidamente, ansiosa pelo dia seguinte.

Hoje, a mamã teve que interromper as férias e saiu, bem cedo, para ir trabalhar, enquanto eu fiz companhia ao papá durante mais uma sessão de fisioterapia à mão que tem dói-dói.

Depois, fomos buscar a mamã e almoçámos umas pizzas, numa de ter alguma coisa nos estômagos antes da hora H de hoje, a hora da ecografia morfológica que, além de mostrar o bebé dentro da barriga da mamã, poderia dissipar as dúvidas quanto ao sexo da pequenina cria.

Claro está que assisti, com uma enorme atenção, a tudo o que ia passando naquele ecrã de televisão, ao mesmo tempo que ia olhando, tipo pelo canto do olho, para o que aquele senhor de bata branca estava a fazer na barriga da mamã e às próprias reacções da mamã e do papá.

E, queridos amiguinhos e amiguinhas, as dúvidas já eram…

Dentro da linda barriga da mamã está um mano, e escusado será dizer que todos ficámos radiantes com a novidade.

O meu mano, dentro da barriga da mamã

Eu saí da sala da ecografia a apregoar, alto e bom som, que a barriga da mamã tem lá dentro o mano, enquanto os papás já começaram a discutir que é que vai mudar as fraldas, por causa do chichi que, pelos vistos, sai disparado em jeito de esguicho, ao contrário do que acontece com as meninas.

Estamos muito felizes!

A Cria

16 fevereiro 2010

A nova "amizade" do papá

O internamento do papá no hospital – relembro que foi por causa da mão esquerda que parecia a mão do Shrek – trouxe uma novidade indesejada à vida do papá.

Uma doença que se chama Diabetes.

O papá não fazia a mínima ideia porque sempre foi fazendo análises e estas nunca tinham acusado nada de nada, mas a verdade é que, quando o papá deu entrada no hospital, os testes laboratoriais revelaram um nível de glicose no sangue excessivamente elevado.

Por outro lado, o papá nunca tinha desconfiado de nada porque os sintomas, como cansaço, vontade de fazer mais chichi, sede ou fome, são, segundo ele diz, facilmente confundíveis com qualquer coisa que não tenha a ver com diabetes.

Coisas da vida que obrigaram a algumas mudanças na rotina familiar…

Agora já sei, e faço-o com todo o gosto, que, antes do jantar, tenho que ir picar o dedo do papá, com uma espécie de seringa pistola, para que o papá possa controlar o nível de glicemia no sangue.

Quem estiver interessado em saber algumas considerações que o papá fez sobre o tema ou algumas explicações sobre esta doença, que, segundo parece, não é assim tão rara, pode ver o post publicado no blog do papá.

A Cria

OKmania

Alguns exemplos…

- “Mamã! Vou fazer chichi, ok?”
- “Papá! Eu levo o copo para a cozinha, ok?”
- “Antes de papar tenho que acabar de pintar o meu desenho, ok?”
- “O ursinho gosta de dormir comigo e é muito fofinho, ok?”

Obviamente, tenho os papás – especialmente o papá – a corrigirem-me a toda a hora e a dizerem que não é “ok” e que, em bom português, é “está bem”.

Está bem…

A Cria

Coisas de 2009

Se bem se lembram, os papás – especialmente o papá – adoram dar umas voltinhas nos popós pequeninos.

Mais uma vez, algures em Setembro do ano passado, o papá participou numa daquelas provas mais longas e algo mediáticas, organizada pela APCE, e, claro está, contou com a minha companhia e da mamã.

O apoio familiar antes da prova

De referir que a equipa do papá estava a fazer uma excelente prova, já que andaram durante bastante tempo entre os três primeiros lugares, até um dos pilotos, por sinal até com bastante experiência, cometeu o grave erro de não entrar para as boxes na altura devida, o que motivou uma penalização que atirou a equipa para o sexto lugar final.


O papá em agarrado ao volante

De referir, ainda, que, pelo ar bem disposto, não parecia nada mas o papá estava furioso!


A minha preparação para poder ir correr com o papá


O papá quase no fim da prova
A Cria

14 fevereiro 2010

Dias dos namorados

O papá diz que é mais um fenómeno comercial do que outra coisa, um dia em que os casalinhos quase se sentem obrigados a ir ao cinema de mãozinhas dadas ou a oferecer uma caixinha de chocolates um ao outro.

Ouvi os papás dizerem que o Dia dos Namorados é todos os dias…

Não me pronuncio, porque, apesar de dar uns beijinhos aos meus amiguinhos da escola, ainda não tenho namorado, mas pelo que vejo dos papás, sempre bem-dispostos, dedicados e muito cúmplices no dia-a-dia, acho que eles têm toda a razão.

Feliz Dia dos Namorados, papás!

Fotos

Como estivemos uns meses ausentes, não queria que quem nos acompanha com mais assiduidade perdesse muito do meu crescimento.

Por isso, pedi ao papá para publicar duas ou três fotos…

Junto à Praia de Carcavelos, com um cãozinho muito amistoso


A dormir, ferrada, na cadeirinha do popó


A dormir, ferrada, no sofá

A Cria

Nomes

Os papás já há muito que escolheram o nome do bebé que está na barriga da mamã.

Aliás, a coisa já vem do tempo em que eu ainda estava na barriga da mamã.

De qualquer maneira, vão ali ao lado e votem no nome que mais gostam porque quero saber se a decisão dos papás foi a mais acertada.

A Cria

13 fevereiro 2010

Espontaneidade asneirenta

A banda dos bombeiros voluntários cá da terra estava a ensaiar, como, geralmente, fazem todos os Sábados, e a pequena criatura foi logo a correr para a janela para assistir ao espetáculo.

A meio da musiqueta, foi à casa de banho e voltou, cheia de pressa, de modo a continuar a ver o bombeiral musical.

Quando chegou à janela a música parou e, com um ar muito indignado, a filhinha deixou soltar um sonante “merda”!

Sem acreditar bem no que tinha ouvido, vindo duma miniatura como a Joana que ainda nem fez quatro anos, perguntei-lhe, em tom mais ríspido, o que é que ela tinha dito, o que motivou um imediato pedido de desculpas.

Mas a coisa não podia ficar por ali e, após duas ou três insistências, a pequena cria lá se prostrou, muito cabisbaixa, à frente dos papás para voltar a pedir desculpa pelo que tinha dito e receber um pequeno sermão educativo sobre a asneirola.

O Papá

12 fevereiro 2010

Primeiro contacto

Estava quase na hora de acordar e, por conseguinte, foi uma excelente maneira de abrir a pestana.

A minha querida mulher agarrou na minha mão e encostou-a à barriga…

O bebé deve-se ter apercebido que o pai estava com saudades destas pequenas maravilhas da natureza, continuou a mexer-se e presenteou-me com um pequeno – digo eu – pontapé.

O Papá

Mano ou mana

A mamã está com a barriga muito grande e, em alguma ocasiões, até parece que se nota uma enorme diferença dum dia para o outro.


Estamos todos, obviamente, muito felizes, ainda que eu já tenha reparado que o papá, de vez em quando, aparece com um semblante mais preocupado e muito pensativo.

A razão é muito simples… O papá começa a deitar contas à vida e ao tempo disponível para fazer umas obras em casa antes do bebé nascer.

Por exemplo, o quarto da futura pequena cria (sim, porque “eu estou a crescer alta e fico grande”) é daquelas coisas que dá que pensar ao papá, uma vez que precisa de fazer uma reparação no chão antes de ser devidamente pintado em conformidade com o sexo do bebé, que, se tudo correr bem, saberemos no próximo dia 18.

Eu acho que é um mano mas, sempre que o digo, os papás apressam-se a fazer-me ver que pode ser uma mana, para que, depois, não hajam desilusões.

Seja como for, os nomes já estão mais do que escolhidos…

A Cria

Parabéns

O Traquina e Irrequieta está, hoje, de PARABÉNS!

Foi no dia 12 de Fevereiro de 2007, faz hoje 3 aninhos, que os papás decidiram criar este nosso espaço familiar e me incumbiram de dar voz aos textos que vão relatando o nosso dia-a-dia, o meu crescimento, as minhas peripécias, descobertas e traquinices.

Ser pretensões a atingir o patamar de blog de referência, o Traquina e Irrequieta permitiu-nos conhecer, pessoal e virtualmente, muitas pessoas e muitas famílias com histórias tão semelhantes e tão diferentes à história da nossa vida familiar que vamos escrevendo todos os dias.

A todos os que nos têm acompanhado ao longo destes três anos, agradecemos, do fundo do coração, o vosso interesse, a vossa companhia e os vossos comentários e deixamos a promessa de continuar, dentro das disponibilidades temporais, a desenvolver este projecto familiar.

Beijinhos meus e dos Papás

A Cria

Cinco menos um igual a quatro

Durante algum tempo, qualquer coisa como um mês e tal, fomos cinco cá em casa.

De repente, a mosca, que já era quase parte da família, decidiu fazer as malas e procurar outra morada.

E agora, é só fazer as contas e chegar à conclusão mais óbvia…

A Cria

Estamos de regresso

Pelo que pedi ao papá, era suposto o nosso espaço familiar voltar ao activo com um visual renovado mas parece que ainda não é desta, uma vez que o papá continua com uma tremenda falta de tempo para se dedicar, convenientemente, às lides dos blogues.

Como vos disse no último post de 2009, os últimos meses do ano foram deveras complicados, fruto duma série de acontecimentos que conseguiram abanar com a estrutura familiar.

Lembram-se que, algures a meio de Novembro do ano passado, o tonto do papá caiu ao estacionar uma motoca e fez um dói-dói grande na perna.

Por causa do acidente, o papá ficou em casa, sossegadinho, e só saía para ir fazer os tratamentos, enquanto que a mamã e eu íamos trabalhar todos os dias.

Eu acho que a mamã não é nada invejosa – pelo menos não a tenho como tal e bem pelo contrário – mas o que é facto é que aquela coisa do papá em casa sozinho deve ter mexido com a cabeça dela e, consequentemente, levado a mamã a “atirar-se” para o chão à entrada do trabalho dela.

Bem podem imaginar a minha surpresa quando, à saída da escolinha, dou de caras com os avós, em vez da mamã, e quando, ao chegar a casinha, deparo com o caricato cenário dos papás a andarem dum lado para o outro cada um apoiado na sua muleta.

Claro que alguém tem que fazer pela vida e calhou-me a mim continuar a trabalhar, arduamente, enquanto os papás ficaram em casa.

Como não há duas sem três, a mão esquerda do papá começou a inchar e a inchar, de tal forma que mais parecia a manápula do Shrek, ou seja, duas mãos metidas no espaço físico de uma.

Como aquilo não passava e as dores começavam a ser desesperantes, o papá foi até ao hospital para ver o que se passava e fazer umas análises.

A conclusão foi deveras simples… Uma infecção não sei das quantas na mão do papá e internamento imediato no hospital.

Pois é isso mesmo… Lá teve o papá que ficar internado durante quinze dias, a receber soro e antibióticos, comprimidos não sei quantas vezes ao dia e picas a rodos.

Apesar de todos os dias falar com o papá ao telefone, as saudades eram mais do que muitas e os papás não queriam que eu passasse muito tempo sujeita a alguma maleita malandra que andasse por ali à solta nos corredores do hospital.

Por isso, só fui visitar o papá duas vezes, uma delas no dia de Natal, muito bem aproveitada para abrir uma série interminável de prendinhas.

Em casinha, a minha vida diária sofreu algumas mudanças, já que tive que ajudar mais a mamã e pude, para grande alegria minha, dormir na caminha dos papás durante uma data de dias seguidos.

Resumindo e concluindo, queremos mais é esquecer certos aspectos do fim do ano passado, ainda que o papá, por exemplo, tenha entrado este ano de baixa e a fazer fisioterapia à mão que, entretanto, continua sem força, muito presa e, por vezes, com uma cor meio esquisita.

De resto, e como irão perceber em posts futuros, o meu dia a dia continua a ser encarado sempre com muito boa disposição, apesar duma ou outra birra mais marota, muitas traquinices, sempre construtivas, muito vocabulário novo e a perspectiva de responsabilidades acrescidas num futuro próximo.

A Cria