27 abril 2009

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A confusão é mais que muita

Os papás andam com as cabeças feitas em água e a deitar fumo, entre a indecisão do que fazer com o popó pifado, o problema do meu transporte para a escolinha e outras situações, mais ou menos complicadas, que, todas juntas, constituem verdadeiras arrelias.

Consequentemente, e porque as carolas e o tempo não dão para tudo, os papás decidiram suspender o nosso espaço familiar durante uns dias e voltar ao activo quando as coisas estiverem mais tranquilas.

A Cria

26 abril 2009

Sábado muito atribulado

A impaciência dos popós pequeninos e do fim-de-semana fora de casinha deu em porcaria…

Ainda antes de chegar a Évora, a alguns quilómetros de Montemor, a carrinha começou a apitar e pifou, segundo parece com o motor gripado.

Uns colegas do papá foram-nos buscar, para que o papá pudesse ir participar na corrida, e, depois da prova, lá ficaram connosco, até que assistência do seguro viesse buscar a carripana e nos fosse providenciado transporte de regresso a casa.

Os papás estão tristonhos, cabisbaixos e cansados e cabe-me a mim encher os papás de miminhos para ver se ficam mais animados.

A Cria

NOTA – A prova até que não correu mal ao papá e o assunto fica para outro post.

24 abril 2009

Campeonato dos Popós Pequeninos

Amanhã vamos levantar cedinho e rumar a Évora, para a primeira prova do campeonato de popós pequeninos em que o papá vai correr.

Confesso que já estou um bocadinho impaciente e, claro está, já estive a ajudar o papá a preparar todo o material necessário…

Primeiro, porque, como sabem, gosto daquela azáfama das corridas.

Segundo, porque vou rever os colegas do papá, meus amigos dos popós pequeninos.

Terceiro, porque não voltamos logo para casinha e ficamos lá de fim-de-semana.

A Cria

23 abril 2009

Inglês “made by Joana”

Antes do jantar, a filhinha esteve entretida a ver “Os Aristogatos”, falado em inglês porque o pai não vai muito à bola com as dobragens para o português… Não sei porquê, mas não me soa bem.

Uma das músicas do filme, que a pequena cria adora e que vai repetindo à sua boa maneira, diz que “everybody wants to be a cat”.

Acabado o filme, era ver a Joana a correr pela casa, carregada de bonecada a cantar “elibóli elibóli”.

O Papá

21 abril 2009

A consulta dos três anos

Para pais esmerados, como nos consideramos, nada melhor e mais aprazível do que ouvir o pediatra dizer que a nossa filhinha está óptima a todos os níveis.

E está tudo dito!

Para o ano há mais.

20 abril 2009

Festarola

Por causa do fim-de-semana da Páscoa, os papás só fizeram a minha festa de anos no passado Sábado, num sítio muito engraçado, cheio de animação e actividades para os mais pequenos.

Lá estiveram os meus amiguinhos da escola, os extra escola, aqueles que vejo mais amiúde, aqueles que nem por isso, os papás, os avós e as primas.

Numa palavra, DELIREI!

A Cria

NOTA – O papá já prometeu que vai tratar do filme e das fotos. Diz ele que só precisa de tempo…

16 abril 2009

O beijo da foca


Macacos

Continuando na senda dos vídeos animalescos, aqui está a compilação prometida pelo papá de mim a dar a pápa aos meus amigos macaquinhos.


A Cria

Girafas

Conforme prometido, o papá compilou alguns momentos da minha aventura a dar pápa às girafas aquando da nossa visita ao Jardim Zoológico.

Cheira-me que há uma amiga minha que vai adorar este filminho…


A Cria

15 abril 2009

As birras da cria

Ontem à noite, a pequena cria estava numa de birras desmesuráveis, sem qualquer tipo de justificação aparente.

Ou era porque a televisão estava apagada, ou porque o cão estava no chão e não tinha muita vontade de o apanhar, ou porque queria olhar para dentro da Bimby enquanto a sopa estava a apurar, ou porque sim, ou porque não, ou porque talvez antes pelo contrário…

Uma loucura pegada, que nos estava a deixar com os nervos à flor da pele, e que só abrandou com uma palmada no rabo e quando lhe dissemos que ia logo para a cama.

Aí, o berreiro intensificou-se por 3 ou 4 minutos e tranformou-se naquele tipo de choradeira misturada com suspiros intensos, que mais parecem soluços, para, depois, acalmar, enquanto chamava, baixinho, pela mamã.

Sim… Pela mamã porque quem lhe deu a palmada foi o papá…

Por isso mesmo, foi o pai a voltar ao quarto para a ir buscar para jantar e ter uma “conversa pé de orelha” com a filhinha.

Ficou calada e não desviou o olhar, limitando-se a acenar com a cabeça, enquanto lhe dissemos que esta coisa de birras não está a dar com nada, que só deixa os papás tristes, que fica com uma cara que mais parece um daqueles macacos com a fronha encarnada e que mais vale pedir as coisas com modos, entre outros conselhos.

Quando lhe perguntámos se tinha percebido, a atitude foi demonstrativa…

Sempre sem desviar o olhar, sussurrou um “desculpa” quase inaudível, abraçou-nos e encheu-nos de beijinhos, para, logo de seguida, voltar à sua condição normal, risonha e bem disposta.

Até à próxima birra…

14 abril 2009

A vizinha do terceiro andar

Os mais assíduos deste nosso espaço familiar deverão recordar-se da mudança de casinha que marcou a nossa vida há cerca de dois anos atrás, uma mudança simples, já que foi passar os tarecos dum terceiro andar para o segundo, que nos permitiu passar a ter uma casa bem maior do que a primeira.

Com a vizinhança, sempre tivemos uma relação normal, do género “bom dia, boa tarde”, excepção feita ao vizinho Luís e à vizinha do terceiro andar, que acompanhou o crescimento da barriga da mamã e que continua a acompanhar o crescimento da filhinha traquina.

Até uma certa altura, o pouco à vontade da filhinha deixava-a meio especada a olhar para a vizinha Isabel, sem dizer uma palavra e de braço estendido para lhe mostrar o qualquer boneco que levava nos braços.

Nesta fase em que a Joana está a falar pelos cotovelos, é uma alegria sempre que se encontram, especialmente logo pela manhã quando, frequentemente, nos cruzamos ao sair de casa para a labuta diária.

Aí, é ver a pequena criatura a correr de braços abertos para a simpática Isabel, com um sorridente “bom dia”, cheia de vontade de partilhar novidades e de lhe mostrar o boneco do dia.

Óbito aquático

“Mogueu” o meu peixinho Beta e foi para o “xéu”.

A Cria

10 abril 2009

O estômago das pequenas crias

Falamos muito – os pais – sobre a saúde dos nossos filhos, sobre a sua resistência a maleitas e outras situações afins.

Ontem, a Joana decidiu que o que estava a dar era comer gelado de morango com tostas, algo que, aos olhos dos adultos, é, não só, “revoltante” como nos daria a volta ao estômago.

O que é certo é que o estômago da pequena cria não se resentiu.

Poirot


Os papás têm estado a ver (rever) uns episódios duma série que já viam antes de eu nascer.

Apesar de eu não perceber nada, já apelidei o peculiar personagem como sendo “o senhor dos bigodes”.

A Cria

08 abril 2009

O meu dia de anos

Os papás já me tinham dito que me iam fazer uma surpresa e conseguiram, apesar das minhas perguntas insistentes, manter o segredo até o avô A. se ter descaído e ter-me dito que eu ia ao Jardim Zoológico.

Depois da pressa matinal, chegámos ao zoológico por volta das onze e meia e, para mim, começou a grande aventura.

Como sabem os leitores mais assíduos, sou fanática por animais e, desde que entrei, senti-me em casa.

Dei logo de caras com as zebras e, ali ao lado, com uns lindos tigres; vi os rinocerontes, um número infindável de lindas aves e os tigres brancos; vi um macaco a fazer poses, as araras, catatuas e afins, os flamingos, os leões-marinhos, que, para mim, são focas e ponto final, e os gorilas.

De repente, chegámos à zona das girafas e aí não resisti… Tinha que dar umas folhinhas à maior girafa que lá estava e pedi ajuda ao papá, que me agarrou ao colo para que eu chegasse ao meu objectivo.

Achei o máximo poder dar umas folhas a um animal tão grande e o cuidado com que a girafa esticava a língua até à minha mãozinha para tirar a pápa que eu tinha para ela.

Depois duns largos minutos a dar pápa às girafas, subimos para ver os lindos leões e fomos petiscar qualquer coisa, já a fazer contas ao tempo para ir ver o espectáculo dos golfinhos.

O petisco foi mais uma surpresa, à laia de primeira vez.

Nunca tinha provado um cachorro quente e os papás decidiram que era chegada a hora de me lambuzar com aquele pão com salsicha, batata palha e aqueles molhos. Ainda que não tenha comido tudo, adorei!

Finda a imperial fresquinha do papá, fomos andando para uma espécie de anfiteatro com um aquário enorme ao centro, onde já andavam uns golfinhos a brincar à espera da hora do início do espectáculo, não sem antes fazer uma paragem técnica para tirar uma fotografia com umas simpáticas araras.

Uma vez na Baía dos Golfinhos, foi mais uma loucura… Antes do espectáculo, fartei-me de dançar ao som dumas músicas muito giras. Depois, foi a altura de ver o show das focas e de receber outra animada surpresa.

Haviam duas focas que andavam, no meio da assistência, a distribuir beijinhos e, claro está, meti logo a minha carinha a jeito para receber um beijo da foca e fazer-lhe uma festinha.

Fechei os olhos, por causa dos bigodes do bicho, mas recebi uma beijoca, que me deixou a bochecha a cheirar a peixe, enquanto a foca pisava o pé do papá com os seus cerca de 200 quilos.

Depois vieram os lindos golfinhos que deram um autêntico show com os saltos, as piruetas, as cambalhotas e as brincadeiras com os tratadores.

Não parei de bater palminhas e de dar largas à minha emoção ao perceber o que é que aqueles animais estavam a fazer, enquanto que a mamã só dizia que queria estar dentro do aquário grande com os bicharocos.

Findo o espectáculo, fomos até ao reptilário, ver muitas cobras, algumas com um colorido lindo, tartarugas e uns lindos crocodilos, coisa a que a mamã não achou muita piada.

Saídos do reptilário, e depois de vermos os búfalos, ao papás decidiram-se por mais uma surpresa para mim e fomos dar a volta ao zoológico pelo ar, num teleférico.

Achei o máximo! Não refilei, não tive qualquer tipo de receio, achei muito engraçado poder ver os animais desde as alturas e fiquei com uma ligeira percepção do que é voar como o Peter Pan.

Depois do teleférico, e uma vez que a tarde já ia longa e tínhamos que voltar para casinha para jantar com os avós, os papás decidiram que era hora de ir ver os ursos.

A caminho, mais peripécias… Primeiro, uma malandreca duma avestruz, ou coisa parecida, aproveitou-se da minha boa vontade em lhe oferecer uma folhinha para papar e, em vez disso, decidiu dar-me uma violenta bicada no meu dedinho.

A parvalhona foi mais rápida que um relâmpago, nem me deu tempo de afastar a mão e o resultado foi um golpe pequenino e, mais do que isso, um grande susto.

Depois dum minuto de choro intenso, continuámos a caminhada e… Segunda peripécia, que me fez esquecer a estúpida da avestruz logo de seguida.

Deparei com uns simpáticos macacos, com uns penteados muito engraçados, que estavam entretidos a papar cascas de amendoins e folhas.

Pensei logo que aquelas pequenas mãozinhas, tão parecidas às minhas, não me iam fazer mal como o bico da outra parvalhona e, sem medo nenhum, lá fui dar-lhes umas pápas.

Escusado será dizer que o papá teve que me arrastar daquele local porque, por mim, tinha ficado o resto da tarde agarrada aos simpáticos macaquinhos.

A última peripécia foi mais uma experiência… O papás, cheios de sede, decidiram parar num daqueles bebedouros antigos, mais conhecidos por chafarizes, e beber água do repuxo.

Claro que achei imensa piada àquilo e pedi logo colinho para poder experimentar.

Saciada a sede, e vistos os ursos, fomos embora para casa e chegou um minuto no popó para que eu adormecesse ferrada.

Só acordei para jantar com os avós, outra situação inédita, uma vez que, por questões de guerras familiares, nunca tinha estado com todos os avós ao mesmo tempo.

Antes de dormir, ainda tive tempo de falar com a minha madrinha, abrir uma última prenda dos papás e ver um bocadinho dos desenhos animados do Mickey, para desespero dos papás que queriam mais era dormir, ainda mais estoirados do que eu.

A Cria

Nota – A máquina de filmar está pifada e o papá teve que filmar com uma máquina emprestada, mas o papá já prometeu que vai fazer os possíveis por colocar um filminho no nosso espaço familiar o mais rapidamente possível.

Quanto às fotografias, a seu tempo também virão, depois de reveladas.

07 abril 2009

Três anos


Parece que foi ontem mas já lá vão três anos.

Três anos que passaram a correr e, quase sem darmos por isso, a Joana cresceu duma maneira impressionante, com as suas manhas, a sua personalidade meiga mas muito vincada e senhora do seu nariz, as suas birras e as suas diabruras tão típicas duma criança que, acreditamos e vemos no nosso dia-a-dia, é a felicidade em pessoa.

Três anos divididos por tantas etapas que a nossa filhinha foi superando com muito à vontade, muita curiosidade e muita força, desde os primeiros sorrisos, as primeiras palavras, os primeiros passos, as primeiras – e, felizmente, poucas – quedas, o largar da chucha, entre outras.

Hoje, reparamos que a nossa filhinha passou a ser uma menina pequena, com a mania de que sabe o que quer vestir e com aquele toque feminino de ajeitar o cabelo.

Somos, sem dúvida, uns pais babados e sortudos, na medida em que a Joana nunca foi uma daquelas crianças de dar um trabalhão exagerado em situações como tomar banho, coisa que, simplesmente, adora, lavar os dentes, fazer birras para dormir ou comer, ser excessivamente desarrumada, entre outras situações afins.

Como pais, temos consciência que temos vindo a cumprir, quase na perfeição, com o nosso papel, não fossem aqueles momentos em que a paciência quase esgota ou em que a falta de tempo nos leva a ser um pouco mais ásperos.

No entanto, até nesses momentos, podemos ver e sentir que a Joana é uma criança que, à sua maneira, entende as situações e aceita, de bom grado e com um apurado sentido de aprendizagem, os raspanetes e os conselhos que lhe damos.

Três anos passaram e, se Deus quiser, muitos mais virão, com responsabilidades acrescidas, novas etapas e novos desafios.

A ti, filhinha, desejamos tudo o que de melhor a vida te possa proporcionar, com muita felicidade e muito amor, sempre na companhia de quem, incondicionalmente, te ama.

Os teus papás.

02 abril 2009

Os exageros do avô A. …

… dão nisto.

Vinte e quatro iogurtes para o lixo por ter passado, largamente, o prazo de validade.

A Cria

Ritmo infernal

Depois de, na segunda-feira, cria e mamã terem ficado em casa, a terça-feira tinha os ingredientes necessários para ser um dia normal.

Levámos a pequena cria à escola, o dia passou sem novidades e, ao fim da tarde, quando mãe e filhinha foram buscar o pai à estação dos comboios, começou o regabofe.

Ao que parece, a filhinha caiu – ou diz que caiu – na sala, enquanto a mamã estava agarrada ao computador, e queixava-se de dores de cabeça, na zona da nuca, a chorar baba e ranho.

Como não dá para correr riscos quando toca a estas coisas de carola, decidimos dar um salto ao Hospital da Estefânia para pôr tudo em pratos limpo.

Depois de tudo muito bem explicado e duma interessante sessão de radiografias, a médica chegou à conclusão de que está tudo bem com a cabeça da filhinha, corroborando, assim, a tese do pediatra da Joana, com quem tínhamos falado anteriormente, de que as dores de cabeça deviam ter mais a ver com o estado febril que tem envolvido a cria desde Domingo.

Ao que parece, nas crianças, as dores na carola por cima da nuca são o equivalente àquelas dores no corpo dos adultos, aquando de gripalhadas, constipações e estados febris, que deixam uma pessoa de rastos.

(Um pequeno aparte do Papá… Pelas minhas contas, cerca de 70% das pessoas na sala de espera das urgências não eram portuguesas, o que dá que pensar. Para os interessados, as considerações do signatário sobre este assunto podem ser consultadas aqui.)

De volta a casa, os três num estado lastimoso e a dormir em pé, a filhinha meteu-se na cama e dormiu toda a noite.

Ontem, ao acordar, a pequena cria parecia mais bem disposta e pronta para a escola…

Ora, sem nada no estômago desde a tarde anterior, o simples facto de emborcar, cheia de sofreguidão, um copo de leite descambou, passados poucos minutos, numa sessão de vómitos, o que era demonstrativo de que a filhinha ainda não estava totalmente bem.

Acontece que a Joana, neste particular, é igual à mãe e não sai nada ao pai, uma vez que ficam como novas depois de vomitar, ao contrário do pai que fica de rastos.

Assim sendo, a hipótese de ficar em casa foi posta de lado e a pequena cria lá foi para a escola.

Em conversa posterior, chegámos à conclusão de que nenhum de nós, os pais, chegámos a aquecer as cadeiras dos respectivos locais de trabalho, uma vez que o telefonema da escola não tardou a chegar, a pedir que fossemos buscar a filhinha que estava muito pálida, muito murchinha e a vomitar, queixando-se, ainda, da barriga e da cabeça.

Entre mensagens, telefonemas para o pediatra, telefonemas para o colégio, a maldita tendinite do pai – que está francamente melhor mas que ainda não permite grandes correrias – e outras tretas do género, a viagem de regresso foi um stress levado da breca, especialmente para a mamã que não conseguia conter as lágrimas de preocupação.

Decidido que estava não ir, outra vez, a correr para o hospital, voltámos a casa onde a Joana mostrou um sinal claro de melhoras, ao dizer que estava com fome.

Depois de comer uma bela posta de pescada cozida, a pequena criatura meteu-se na cama e dormiu toda a tarde, a recuperar das andanças alucinantes a que tem sido sujeita.

Hoje, apesar de parecer estar muito melhor, a filhinha ficou em casa, na companhia da mãe, para recuperar de todas estas maleitas e voltar à sua condição normal de traquina e irrequieta.