29 dezembro 2007

Uma nova sensação

Depois dum pequeno-almoço a meio da manhã e de acordar tarde e a más horas, fomos dar uma volta e ver o avô que, como sempre, quis ir para as compras para o Shopping de Oeiras.

Depois de muitas voltas, por quase todas as lojas que havia para ver, chegou o momento da minha verdadeira diversão e fiquei a brincar, no meio de muitas outras crias da minha idade, num pequeno parque de diversões que havia lá no meio de um dos corredores.

Durante a brincadeira, percebi que o papá me deixou completamente à solta, para ver como é que eu me comportava e interagia com as outras crianças, quando, de repente, olhei à minha volta e não vi nenhuma cara conhecida.

Chamei pala mamã e nada; chamei pelo papá e, também, nada. Então, sem mostrar sinais de pânico, decidi abandonar o recinto das brincadeiras e ir em busca dos papás, sempre a chamar por eles e a olhar para tudo quanto era recanto, na esperança de os encontrar.

Passei por muita gente grande, que só se riam para mim, mas ninguém me disse onde estavam os papás.

Só depois é que vim a saber, porque ouvi o papá a contar o acontecido à mamã, que o papá estava muito entretido a seguir-me à distância para ver como é que eu reagia à situação de estar “perdida”.

Por isso é que as pessoas passavam por mim a rir… Malandrecas!

Assin. – A Cria

26 dezembro 2007

Boas Festas

Problemas informáticos impediram-nos de publicar, a tempo e horas, os nossos votos de boas festas nesta quadra que celebramos.

A todos quantos nos deixaram mensagens de boas festas, os nossos agradecimentos sinceros e as nossas desculpas por não termos retribuído atempadamente.

Como mais vale tarde do que nunca, FESTAS FELIZES e, já agora e não vá o diabo tecê-las, a família deseja para todos um excelente ANO NOVO, cheio de felicidade, muita saúde e muitas mais coisas boas.

20 dezembro 2007

Dois extremos

Não é que a casota esteja fria… Nada disso, e antes pelo contrário, já que os aquecedores estão permanentemente ligados e espera-se uma linda conta lá para o fim do mês.

No entanto, mamã e filhinha são de extremos, como tem sido comprovado nestes dias em que o frio se tem feito sentir mais.

A mamã, friorenta como ela só, enverga um daqueles pijamas de flanela grossa, mete-se debaixo do edredão, já por si bem quentinho, e ainda requisita uma daquelas mantas grossas que, com certeza, faria mais jeito a um esquimó do que, propriamente, a alguém que vive neste clima mais ameno.

À filhinha, inexplicavelmente, porque eu, sem chegar aos extremos da minha querida mulher, também gosto de dormir quentinho, basta-lhe o “body” por debaixo do pijama e dorme destapada a noite toda.

Aliás, por uma questão de precaução, a filhinha dorme com umas meias da mamã, que lhe aquecem os pés e ainda sobram para lhe aconchegar as pernas por inteiro.

Caso contrário, se lhe puséssemos uma meias dela, passava a noite toda de pés ao léu porque tirava as peúgas, antes de dar cinquenta voltas à cama até se aninhar num dos cantos.

19 dezembro 2007

Toma lá palmada

Logo de manhã, enquanto os papás estavam distraídos com o pequeno-almoço, decidi fazer das minhas, agarrei numa esferográfica e toca de rabiscar a parede.

Resultado: um raspanete dos papás, os dois muito zangados comigo, e mais uma palmada do papá, desta vez um pouco mais forte, para juntar à colecção de palmadas nas minhas pequenas e delicadas mãozinhas.

Assin. – A Cria

18 dezembro 2007

Nova manha

A mamã comprou um novo candeeiro para a parede do meu quarto, de modo a que a luz emanada pelo candeeiro de tecto e pelo candeeiro da parede, o cavalo-marinho, não fosse tão alaranjada.

Imediatamente, tive que explorar o modo como se acende, e apaga, a luz e aproveitei o facto de ter um novo artefacto ali perto da minha caminha para criar mais uma manobra de diversão ou, se assim lhe quiserem chamar, mais uma fase…

Agora só adormeço com a luz acesa.

Assin. – A Cria

14 dezembro 2007

Peça de roupa ultra resistente

Oito horas e a família chegou a casinha, já de papo cheio porque a mamã estava com fome, o papá não se fez rogado e eu sempre fui comendo uns pedaços de pizza, enquanto, discretamente, ia metendo o dedo dentro do copo do papá que continha uma bela duma sangria.

Estacionado o carro, o papá tirou-me da cadeira, sempre a barafustar com o mau cheiro que emanava do meu rabinho, e, como é costume, pôs-me no passeio para que eu fosse sozinha para a porta de casa.

Só ao entrar no elevador é que os papás repararam que eu não tinha os meus lindos sapatos, azuis-escuros, precisamente da cor dos meus collants…

Resistentes, os meus collants, já que andei a cirandar passeio fora, atrás dum balão e a explorar as folhas caídas, e nem um buraquinho consegui fazer para amostra.

Quanto aos sapatos, lá foi o papá de volta ao carro para os ir buscar, a barafustar ainda mais comigo e a chamar-me de cria maluca.

Assin. – A Cria

13 dezembro 2007

Mistério caseiro

Por vezes surgem situações ou acontecimentos no nosso quotidiano que nos deixam perplexos, preocupados, sem palavras ou, mais simplesmente, intrigados.

Desta feita, ao aprontar a máquina da loiça para trabalhar durante a noite, aproveitando aquela história da tarifa bi-horária, apercebi-me da falta dum copo, um daqueles copos que saltam à vista pelo tamanho e que usamos diariamente nas mais diversas ocasiões.

Procurámos, a minha mais que tudo e a minha personalidade, por toda a casa, desde a cozinha até à sala, passando pelas casas de banho, armários, cesto da roupa suja, caixote do lixo, por baixo dos móveis, enfim…

Todo e qualquer pequeno lugar, caixa, caixinha, caixote, gaveta foi devidamente rebuscado, excepto o quarto da pequena cria que já estava a dormir e cujo soninho, bem merecido, decidimos não importunar, certos de que, pelo menos, o sacana do copo não está dentro da cama dela.

Sempre fui apologista de não acusar, seja quem for, sem provas concretas e sem ter um alto grau de certeza para o poder fazer. No entanto, neste caso e porque não vimos nenhum copo a correr à nossa frente, só me resta dirigir uma pergunta à criatura mais pequena cá de casa:

Confessa lá, filhinha, onde é que diabo puseste o raio do copo?

12 dezembro 2007

O caderno da Joana

Começa a ser sistemática a comunicação diária em relação ao comportamento da filhinha… Mau.

Apesar de sabermos que a Joaninha é irrequieta e traquina, daí até mau comportamento vai uma grande distância, além de que, em casa, a pequena criatura até se porta muito bem, tendo em conta os comentários que vamos ouvindo de outros pais com crianças da mesma idade.

Parece que está na hora de indagar sobre os parâmetros pelos quais se regem as educadoras para dizerem que a nossa filhinha é mal comportada…

08 dezembro 2007

Já cheira a Natal


Hoje foi dia de dar uma nova decoração à nossa casinha, ainda que seja aquela decoração que só vai durar durante um mês, ou coisa que o valha.

Até agora, portei-me muito bem, ainda não deitei mão a nenhum dos adereços que compõem a árvore de Natal e, bem pelo contrário, até ajudei os papás na tarefa da montagem.

Agora, passo a vida sentada em frente à árvore, vidrada nas luzinhas, nos embrulhinhos e no “mémé” que está no presépio.

Assin. – A Cria

Pequeno-almoço a três

Depois de beber o meu leitinho, comodamente aninhada junto à mamã, na caminha dela, o papá apareceu no quarto com uma agradável surpresa que, obviamente, também aproveitei...

Um excelente pequeno-almoço, composto por umas torradinhas com pouca manteiga, um delicioso café com leite, vindo duma maquineta que oferecemos à mamã, e umas fatias dum apetitoso “strudel” de frutos silvestres.

Nada melhor que começar o fim-de-semana com um pequeno-almoço a três, na cama dos papás, fugindo à rotina diária da semana.

Assin. – A Cria

07 dezembro 2007

20 meses

Um ano e oito meses.

Parabéns por mais um mês, filhinha, e os papás adoram-te!

Sem mais comentários, porque os papás estão de rastos, a braços com tanta traquinice junta...

06 dezembro 2007

Comprovado

Há uns dias atrás, o papá deu-me um gomo de laranja, que comi de bom grado, apesar da insistência da mamã que estava muito receosa que o pedacinho de citrino me provocasse alergia.

A verdade é que a mamã tinha toda a razão e a alergia ficou comprovada quando, passadas poucas horas, me vi a braços com uma assadura, nas minhas partes mais íntimas, que não lembra a ninguém e que degenerou num fungo.

Depois duns dias, durante os quais usei uma pomada milagrosa na minha higiene diária, a assadura lá passou e já estou pronta para outra.

Pronta para outra que, diz o papá, não será para breve porque devemos esperar mais uns meses para fazer mais uma tentativa e ver como reajo à laranja.

Assin. – A Cria

03 dezembro 2007

Tentativa de voltar à rotina

Apesar de ter voltado à rotina do dia a dia da escolinha, continuo a fazer das minhas antes de adormecer e, se acordo, durante a noite.

Daí, dizer que é uma tentativa de voltar à rotina, não pela minha parte mas, especialmente, por parte do papá, porque falta aquela tranquilidade nocturna a que os habituei e que se tornou um hábito cá em casa.

Em todo o caso, confesso que me começo a ver a perder terreno, já que o papá não me dá tréguas e, impiedoso, está-se nas tintas para o meu berreiro nocturno, uma vez que sabe bem que o sono e o cansaço acabam por me vencer.

Assin. – A Cria

29 novembro 2007

Batalha nocturna

Ontem foi mais uma noite de berros, se bem que menos violentos que os das noites anteriores, que me levaram a tomar medidas mais radicais, ainda que longe do patamar das medidas drásticas.

Depois de pedir à mamã que fosse dormir e que não se metesse no assunto, avancei para o quarto da filhinha, como soldado que investe contra o inimigo, consciente de que tinha uma batalha árdua pela frente.

O plano traçado para contrariar o plano da Joana era simples e passava por aguentar acordado mais tempo do que a pequena criatura, de modo a bater em retirada vitoriosa após ter a certeza de que ela já estava a dormir a sono solto.

Em pequeno, uma das minhas manhas passava por adormecer ao som do Bolero de Maurice Ravel e obrigar os meus pais a verdadeiros malabarismos para saírem do meu quarto sem que eu desse por isso, de modo a não acordar e desatar num daqueles prantos que, segundo reza a história, eram típicos e, quiçá, piores que os da Joaninha.

O meu pai sempre me disse que “cá se fazem, cá se pagam” e ontem lembrei-me bem dessas palavras, quando, como parte da estratégia de ataque delineada, tive que fingir que estava a dormir no tapete das brincadeiras do quarto da filhinha para, pouco depois e ao aperceber-me que ela já estava a dormir, me levantar e percorrer o quarto às escuras, pé ante pé, cheio de medo que o chão começasse a ranger à passagem dos meus quilinhos a mais ou de bater em qualquer coisa que provocasse barulho e acordasse a Joana.

Finda a batalha, dirigi-me ao meu quarto em busca do merecido descanso, o descanso dum guerreiro orgulhoso por mais uma batalha ganha mas convicto de que a guerra ainda está longe do seu fim.

28 novembro 2007

Parabéns


Parabéns aos melhores papás do mundo, e arredores, pelos quatro anos de casados que hoje celebram.

Assin., juntamente com muitos beijinhos - A Cria

É favor explicar, filhinha!

Ainda que sendo simpatizante do Benfica, ontem assisti, com as duas mulheres lá do palacete, ao jogo entre o Manchester e o Sporting, enquanto nos deliciávamos com um franganote assado e umas batatas fritas caseiras gulosas até mais não.

Finda a jogatana, foi chegada a hora de meter a cria na cama, o que, como dissemos num dos posts de ontem, não tem sido nada fácil.

Ora, mais uma vez, a tarefa de manter a Joaninha calada na cama mostrou-se inglória e, com algum custo, lá consegui convencer a minha amada mulher a acompanhar-me no visionamento dum episódio da excelente série “Prison Break” enquanto esperávamos que a berraria amainasse e que a filhinha adormecesse, vencida pelo sono e pelo cansaço.

Ao contrário do esperado, pelo menos por mim, a berraria não acalmou e culminou com um estrondo, vindo do corredor onde se situam os quartos, que me fez saltar do sofá e correr, feito louco, para o quarto da filhinha.

Muito sinceramente, acho que, durante a transposição daquela meia dúzia de metros, tudo me passou pela cabeça, e já imaginava a filhinha estendida no chão, aos berros, com a cama por cima dela ou com uma valente nódoa negra na testa, uma vez que não tinha a mínima dúvida que o estrondo tinha vindo do quarto dela.

A minha primeira surpresa surgiu ao chegar ao quarto… A porta que eu tinha deixado entreaberta, para poder ouvir o tão esperado fim do berreiro da filha, estava fechada.

Daí o estrondo”, pensei eu, acrescentando ao estúpido raciocínio que a razão do barulho se ficaria a dever a algum objecto arremessado pela pequena criatura que tinha feito com que a porta se fechasse.

A segunda surpresa, a verdadeira surpresa, aquela que me deixou boquiaberto e sem conseguir balbuciar, sequer, uma palavra, foi quando abri a porta e dei de caras com a pequena criatura fora da cama de grades, descalça, desgrenhada e a olhar para mim com um ar muito doce, agarrada à fralda e a um dos peluches que costuma ter na cama.

Nem lhe toquei… Corri, isso sim, de volta para a sala, chamei a mãe e levei-a até ao quarto da cria, onde lhe apresentei a insólita situação e onde a pequena criatura continuava, imóvel, à nossa espera.

Não houve raspanetes nem palmadas no rabo. Ao invés disso, e depois de nos certificarmos da inexistência de algo partido ou dorido, tentámos perceber como é que raio a pequena cria tinha conseguido saltar, às escuras, para fora da cama.

Ainda a metemos de volta no leito e pedimos, com muito jeitinho, que nos demonstrasse como é que tinha feito, mas, por vergonha ou por não querer revelar os seus segredos aos papás, a Joana não nos explicou a ponta dum corno e, ao contrário, ainda começou a rir, como quem diz que podemos bem descobrir sozinhos.

Assim sendo, tudo leva a crer que a pequena criatura trepou pelos pés da cama, passou por cima da estrutura, aterrou na “arca do tesouro”, que fez de degrau, chegou ao chão e dirigiu-se para a porta.

Traquina e irrequieta, sem dúvida! Ousada e aventureira, também! Esperta e determinada, com certeza que sim!

Só me resta esclarecer como é que raio a cria conseguiu fazer o que fez completamente às escuras e chegar á porta sem esbarrar com o aquecimento, estrategicamente colocado no meio do quarto…

27 novembro 2007

Plano manhoso

Dar cabo da cabeça aos papás passa por muitas horas de prática, muita paciência em esperar pela melhor ocasião e muito trabalho em delinear um plano consistente e sem falhas.

Esta pequena nota introdutória serve, precisamente, para dizer que a nossa irrequieta está a aprender bem a lição e a auto educar-se nestes meandros complicados de tentar levar dois adultos ao desespero, tendo sempre em conta e aproveitando-se da maneira de ser de cada um dos progenitores.

Assim, e já por três noites consecutivas, a Joaninha decidiu arreliar os papás com uma berraria, digna de acordar o prédio todo, que só pára quando, finalmente, a levamos para a nossa cama.

Tudo começa com uns suaves, mas determinados, “mãeeee”, “paiiiii” que vão aumentando de intensidade audível e que acabam por se transformar em verdadeiros berros, intercalados com a palavra mãe, repetida até à exaustão.

Mãe, claro está, porque a cria sabe bem onde apelar ao sentimento de modo a levar a sua avante.

Pai, só de vez em quando e quando se apercebe que o progenitor tudo fará para não receber reclamações dos vizinhos sobre uma gritaria que mais se assemelha a uma cena de tortura retirada duma série televisiva.

A conjugação perfeita deste binómio leva a que a cria consiga levar a cabo o plano delineado e que seja acomodada, com especial renitência por parte do pai, que não está nada de acordo com a frequência destas situações, na cama de casal, previamente aquecida, entre ambos os progenitores.

O pior de tudo é que, a reboque da pequena criatura, vêm a fralda de pano e dois peluches que a cria persiste em “emprestar” aos pais enquanto não adormece definitivamente.

Mulheres de baixa

A febre e os vómitos, que poderiam indicar uma gastroenterite, desapareceram tão subitamente como apareceram, sem que tivéssemos tempo de identificar que raio de problema se passou com a saúde da filhinha.

Resta uma tosse irrequieta e alguma que outra ranhoca, incomodativas, é certo, mas perfeitamente normais para a idade e tendo em conta a meteorologia imbecil que tem assolado este país.

Assim sendo, ainda que a Joaninha esteja melhor e após ouvir a opinião do pediatra, foi decidido em conselho familiar que a pequena cria fica de baixa até à próxima quinta-feira, acompanhada pela mamã, para que se possa restabelecer em pleno.

23 novembro 2007

Parabéns


Muitos beijinhos de parabéns para a minha avó que faz hoje 2007 – 1940 primaveras.

Muitas mais, sempre com muita saúde e alegria, na companhia de todos aqueles que preenchem o seu dia, são os votos da neta traquina.

Assin. – A Cria

Maleitas de volta

Ontem, a meio da tarde, a temperatura da Joana subiu radicalmente até aos 38,2º para, passado cerca de hora e meia, e sem qualquer tipo de medicação, baixar, outra vez, para a temperatura normal a rondar os 36,5º.

Coisa estranha para os papás mas, de acordo com o Dr. MC, perfeitamente normal numa cria desta idade.

Razões para o sucedido, novamente de acordo com o pediatra, podem ser várias, desde estar a chocar um constipação ou uma gripe, estar a chocar algo mais “violento” como uma varicela, já que foram detectados dois casos no infantário, ou, ainda, alguma coisa intestinal causada por alguma coisa que não tenha caído lá muito bem no pequeno estômago da cria.

A conselho do médico, controlámos a temperatura da filhinha durante a noite e, numa dessas ocasiões, deparámos com algum vomitado na cama.

O pai, meio estremunhado e a dormir em pé, ainda alvitrou que aquela substância pegajosa podia ter origem em algum dos bonecos que acompanham a cria durante o sono, mas essa hipótese foi logo posta de parte.

Às seis e meia da matina, quando a família começou a acordar para um novo dia, lá estava a cama novamente vomitada e a fralda cheia duma substância mal cheirosa e mais molenga do que é normal.

Ainda assim, e como a pequena criatura até que demonstrava sinais de muito boa disposição, lá decidimos levá-la para o colégio.

Mas foi sol de pouca dura, já que, depois do banho e enquanto a mamã a vestia, a Joaninha vomitou outra vez e a decisão passou a ser que não seria dia de escola para a filhinha nem de trabalho para um dos papás.

Gastroenterite ou má disposição derivada de alguma coisa que comeu?

O fim-de-semana, que está à porta, o dirá…

Gostamos de cuscar

- Julgamento precoce, no blog do meu papá

Nota – A família optou por não publicar o post em simultâneo, como é costume fazer, atendendo à linguagem, pouco aconselhável para um blog como o Traquina e Irrequieta, que o papá usou nas últimas palavras do penúltimo parágrafo.

22 novembro 2007

Pequeno susto

Pois é, mais um pequeno susto para juntar à colecção.

Desta feita, enquanto os papás conversavam, sobre assuntos importantes do dia, com a mamã sentada numa pequena arca que se encontra debaixo do parapeito da janela da sala, a pequena criatura, que estava junto à mamã, decidiu deitar a mão a um dos vasos que estão, precisamente, no tal parapeito.

Ora, o prato e o vaso baldaram e foram cair, direitinhos, em cima da carola da cria que, no meio da confusão, ainda tentou esquivar-se ou agarrar em tudo aquilo e atirar para longe, o que fez com que o vaso se virasse e que o cacto (sim… um cacto) aterrasse, primeiro, na testa da filhinha e, depois, numa das bochechas.

Resultados da façanha:

- A mãe também levou com bocados de terra e entrou em pânico, não pela terra mas, sim, por ver a filha com um cacto a adornar-lhe a testa.

- O pai, ao ver que não havia sangue nem espinhos do cacto enfiados num olho ou numa bochecha da cria, deu-lhe colo durante meia dúzia de segundos e voltou a pô-la no chão, para que se recompusesse do susto sozinha.

- A Joaninha, meio surpreendida com o acontecido, chorou durante meio minuto para, imediatamente a seguir, começar a rir, toda bem disposta, como sinal de que estava tudo bem e que os dois pequenos arranhões, na bochecha e na testa, nem estavam a doer muito.

- Enquanto a mãe, ainda em stress e a sofrer mais do que a cria, levou a filhinha para o banho, o pai teve que aspirar a sala e sacudir as mantas que servem de capas para os sofás.

- O cacto nada sofreu, não foi castigado e foi devolvido, dentro do respectivo vaso, ao parapeito da janela da sala.

21 novembro 2007

O futuro da Esmeralda

Mesmo com os relatórios apresentados pelos especialistas na matéria de psiquiatria infantil, que apontam para os efeitos nefastos que podem advir da entrega da pequena Esmeralda ao pai biológico, logo depois do Natal, esta decisão das instâncias judiciais deverá ser para cumprir.

Já se sabe que as visitas do papá biológico têm provocado perturbações na pequena criatura e que os psiquiatras são peremptórios em afirmar que um afastamento definitivo dos pais adoptivos só será prejudicial para a criança, considerando a situação como devastadora e catastrófica.

Pergunto-me como será o futuro da criança, especialmente no que toca ao relacionamento com os adultos, ao desenvolvimento da sua personalidade e à maneira de lidar com as coisas boas e as coisas más da vida.

Estaremos perante um caso de alguém que criará defesas e saberá dar a volta por cima ou, o que será mais natural face às considerações da equipa de pedopsiquiatria que a acompanha, perante alguém que crescerá acossada pelo seu passado, na dúvida e na rebeldia, resultando em mais um caso de adolescência perdida que envereda por caminhos de droga, prostituição ou criminalidade?

Nota – Também publicado no Sempre a Produzir

19 novembro 2007

Arrumações

Ontem foi dia de arrumação da despensa lá de casa e a cria decidiu, como já é seu apanágio, dar uma ajuda.

A missão que lhe confiámos era simples e consistia em levar alguns artigos para a mesa e outros para um saco de lixo, estrategicamente colocado perto da porta da cozinha.

Ora, a pequena criatura compreendeu tudo na perfeição.

Colocou o que era para colocar na mesa, na mesa; o que era para o saco do lixo, no saco do lixo; os cubos, legos e afins, que estavam espalhados pela casa, no compartimento próprio do carrinho que empurra para riscar o chão da casota; e uma das pantufas num armário da cozinha, entre tachos e panelas.

A linguagem da cria

A pequena criatura está naquela fase do entende tudo, diz meia dúzia de palavras compreensíveis à audição e mentalidade dos adultos e esforça-se por dizer tudo e mais alguma coisa, ainda que atabalhoadamente e sem que ninguém, a não ser a própria, entenda o que diabo querem dizer aquelas sílabas e frases magnificamente “cantadas”.

16 novembro 2007

Uma pocinha na caminha

Sete da manhã… Altura, como é costume diário, do papá ir buscar a filhinha para o leitinho matinal.

Sete da manhã… Surpresa! As calças do pijama estão molhadas e o lençol também.

A pergunta do pai, “como é que isto aconteceu, filhinha?”, não foi merecedora duma resposta directa e concreta, já que a Joana se limitou a apontar para o lençol e, com um sorriso, lançar aqueles sons que ninguém consegue perceber, especialmente àquela hora.

Não é frequente. Aliás, em todos estes meses de uso intenso de fraldas, chichi ou cocó fora das ditas são casos que se contam pelos dedos das mãos e o mais natural é que a filhinha se tenha descuidado enquanto dormia numa daquelas posições menos conservadoras que nem sequer passam pelas cabeças dos designers “fraldísticos”.

15 novembro 2007

Surpresa vespertina

Normalmente, é a mamã que me costuma ir buscar ao infantário, já que tem um horário diferente do horário do papá e chega sempre mais cedo.

Por isso, é sempre uma surpresa quando o papá também acompanha a mãe à hora da minha saída.

Ontem, no entanto, a coisa foi diferente e a surpresa foi de tal maneira surpreendente que fiquei a olhar muito fixamente para o papá e, depois, fui a correr para os braços dele, como se não o visse há muito tempo.

Assin. - A Cria

12 novembro 2007

A priminha Isabel

Com a saúde do papá já a funcionar em pleno, fomos, finalmente, ver a minha priminha Isabel e confesso que foi uma grande surpresa, já que nunca tinha visto, ao vivo e a cores, uma cria tão pequenina, bem mais pequenina do que eu.

Os papás lá me explicaram que eu também já fui assim, muito pequenina, e que agora é que já estou mais crescida.

Como sabem, os mais experientes, não há muito que dizer sobre uma bebé que ainda só tem “meia dúzia” de dias, a não ser que come, faz cocó e dorme.

Em todo o caso, a Isabel é muito sossegadinha e nem chorou quando lhe fiz umas festinhas e lhe dei uns beijinhos, sempre cheia de cuidados porque percebi que não estava a lidar com uma das minhas bonecas.

Assin. – A Cria

Parabéns


A minha mamã faz hoje 32 aninhos.

Para ela, que é, tão simplesmente, a melhor mamã do mundo, milhões e milhões de beijos de parabéns e que todas estas primaveras se estendam por muitos mais aninhos, sempre cheia de saúde e sempre na companhia daqueles que tanto a amam e que tanto lhe querem bem.

Adoro-te, mamã!

Assin. – A Cria

08 novembro 2007

Gostamos de cuscar

- 6 horas, no Ms. Lefty And Her Blueberry

Prémio

O Traquina e Irrequieta foi premiado.


A distinção veio das nossas amigas homónimas do blog Joaninha Voa Voa e deixou-nos contentes, animadas, vaidosas e emocionadas.

Todos os blogs por nós referenciados, ali da coluna da direita, têm o seu quê e são todos especiais, ainda que hajam dois ou três que, e quem os escreve sabe-o bem, que são ainda mais especiais.

Não vamos fazer distinções e o Premio "Blog 5 Estrelas" vai para todos os que constam ali ao lado, com um grande beijinho meu.

Assin. - A Cria

07 novembro 2007

Mais um mês

Para memória futura, aqui fica o “banner” do ano e sete meses.


Dezanove meses e parece que foi ontem que estivemos contigo nos braços, por primeira vez, após longas horas de espera.

E tanto que mudou em dezanove meses… Mudaram as nossas vidas, os nossos hábitos, a nossa maneira de enfrentar o dia a dia.

Tornámo-nos pais. Tornámo-nos em seres com responsabilidades acrescidas, que não tínhamos tido até então, e só isso já faz uma diferença do caraças.

E tanto que mudaste, filhinha… Passaste de bebé bebé a uma bebé grande, esperta, vivaça, com uma personalidade vincada, sempre divertida e sempre com uma grande dose de carinho para dares aos teus papás.

Andar é contigo; Dançar, também; Comer, tem dias; Desculpa o termo, e desculpem os(as) leitores(as) mais sensíveis, mas cagar é coisa que continuas a fazer com uma perfeição invejável.

Uma palavra importante para a fala… As palavras começam a aparecer com uma assiduidade bastante grande e consegues fazer-te entender cada vez com mais facilidade.

Parabéns por mais um mês, querida filha.

Musiqueta com hálito fresco


05 novembro 2007

Sangue

Com a saúde do papá a melhorar, a família decidiu ir às compras e aproveitar para analisar uns produtos que estamos a pensar adquirir.

No meio de tanta análise, comecei a ficar farta e, no meio de tantas traquinices, que já iam aborrecendo os papás, decidi dar uma “fugida” mais irrequieta que obrigou o papá a correr atrás de mim e a perder a concentração no que estava a fazer.

Ora, quando o papá me agarrou e me puxou para junto dele, tentei passa-lo à frente, tropecei no pé dele e fui direitinha com a cara ao chão, o que provocou um pequeno golpe interior no meu lábio superior, um berreiro sem precedentes na pacata loja e as normais reacções, antagónicas, dos papás…

A mamã teve mais dores do que eu e, ao ver um tímido vestígio de sangue na minha boca, ficou muito ansiosa e mobilizou meio centro comercial numa acção de socorro à minha pequena, mas ilustre, personalidade, incluindo seguranças, empregadas das lojas, empregadas do balcão de informações e transeuntes que iam a passar.

O pachola do papá, ainda que com um ar mais preocupado do que é costume, sentou-me num balcão, abriu-me a boca, constatou que as minhas dentolas estavam todas no sitio, a língua sem cortes e que o pequeno lanho era, efectivamente, na parte interior do lábio.

Depois de beber um pouco de água e de ter dado uma nova decoração, umas pequenas manchas em tons de vermelho, a uma das minhas fraldas, lá acalmei e comecei a sorrir e a falar com a minha mamã, de modo a acalma-la, também.

Quanto ao pequeno golpe, é como o avô dizia ao papá e, agora, o papá me diz a mim…

“Incha, desincha e passa!”

Assin. – A Cria

31 outubro 2007

Dia das Bruxas


Ainda tentei fazer da máquina de lavar a roupa um caldeirão, para poder cozinhar as minhas poções traquinas, mas não resultou...

Assin. - A Cria

29 outubro 2007

Assobio

Sem levantar muitas ondas, de modo a que ninguém se apercebesse, a verdade é que tenho andado a praticar a arte do assobio e hoje, pela manhã, deixei escapar o meu pequeno segredo.

O papá tem muito a mania de imitar certas músicas e, ao ouvir um dos meus brinquedos musicais, assobiou dois ou três acordes e eu não resisti…

Lá fui tentando fazer passar o ar entre os meus lábios mas a coisa ainda carece de muito mais prática, ainda que o papá diga que já consegui assobiar pelo menos uma vez.

Assin. – A Cria

26 outubro 2007

Priminha


Só hoje é que pude vir aqui dar a notícia… Enfim.

A minha priminha nasceu no dia 24, às sete e meia da tarde.

Chama-se Isabel e nasceu de cesariana, porquê andava para lá a brincar com o cordão umbilical, com dois quilos e oitocentas e 47 centímetros de comprimento.

Mãe e filha estão óptimas. Por isso, decidiram dar um presente especial ao meu tio P, que faz hoje anos, e vão para casa lá mais para o final da tarde.

À minha priminha, desejo tudo de bom nesta caminhada que agora inicia, com muita saúde, felicidade, amor e muitas traquinices.

Assin. – A Cria

Paragem

O nosso espaço familiar tem estado parado devido a um vírus nefasto que atacou o papá, obrigando-o a ficar na cama (coisa estranha que ainda não percebi) mesmo quando não tem sono.

Assin. – A Cria

22 outubro 2007

Fim de semana

Foram dois dias muito tranquilos, passados entre os nossos afazeres caseiros, um passeiozinho para aproveitar o sol que ainda vai aparecendo, umas horas de sesta deitada entre os papás (na caminha deles, que é coisa que sabe sempre bem) e uma festa do tio Fanaaaan.
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17 outubro 2007

Paternidade animal vs paternidade “humana”


Nota - Também publicado no Sempre a Produzir

Musiqueta com sete vidas

Atirei O Pau Ao Gato

Atirei o pau ao gato tu tu,
Mas o gato tu tu,
Não morreu eu eu,
Dona Chica ca ca,
Assustou-se se se
Com o berro, com o berro
Que o gato deu, miaaaauuu!

E, sentada à chaminé é é,
Veio uma pulga ga ga,
Morder-me o pé é é,
Ou ela chora, ou ela grita,
Ó vai-te embora, pulga maldita.

Anti vírus em acção

A pequena criatura tem tido tosse, com alguma expectoração à mistura, e ontem esteve meio febril durante a tarde.

Como foi coisa pouca e, ao fim da tarde, estava bem disposta e sem febre, optámos por nem sequer lhe dar o típico Ben-U-Ron, tendo a “medicação” passado, somente, pela máquina de vapores com soro fisiológico, numa tentativa de soltar a porcaria que se ouve cada vez que tosse.

O resultado foi uma noite bem passada, sem sobressaltos, sem tosse e sem febre, para hoje acordar bem disposta, cheia de genica, apesar de ter tossido um pouco logo pela manhã.

Deve ser um desses vírus marados a querer atacar a nossa filhinha, mas estamos cá para lhe fazer frente!

15 outubro 2007

Raspanetes mais sérios

Sempre ouvi dizer que há sempre uma primeira vez e este fim-de-semana foi, de alguma maneira, fértil em primeiras vezes no que toca a raspanetes.

Na casa de banho deitei a mão à peça de porcelana onde os papás têm, ou melhor, tinham, as escovas de dentes e as pastas.

Aquela porcaria mexeu-se demais, caiu no meio do chão e ficou feita em cacos, perante o meu olhar incrédulo e algo assustado.

Conclusão… Raspanete da mamã!

Continuando na senda dos cacos, consegui agarrar no meu mealheiro, por sinal uma linda joaninha, e, ansiosa por pôr lá dentro umas moedas, deixei que se escapulisse das minhas pequenas mãos.

Conclusão… Mais cacos, desta vez recuperáveis, e um raspanete do papá.

Não pensem que sou mãos de manteiga, porque não é nada disso e os papás até que continuam a confiar em mim.

Prova disso, é que, quando estou numa de ajudar, continuam a dar-me para a mão coisas mais frágeis e o maluco do papá até me deu um ovo para eu levar à mamã...

Voltando aos raspanetes, levei mais um do papá, acompanhado duma palmada na palma da mão e um rigoroso “aí não mexe”, quando, estando ele a fazer umas coisas no computador, eu me aproximei, sorrateiramente, carreguei naquele lindo botão que diz “on/off” e, de repente, ficou com o monitor às escuras…

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Visita especial

Este fim-de-semana os papás fizeram-me uma surpresa e convidaram a minha educadora CM para ir lá a casa lanchar.

Foi uma tarde bem passada, com as minhas habituais traquinices, e uma maneira simpática e eficaz para os papás ficarem a saber, um pouco mais, sobre o meu dia-a-dia escolar mas, também, para a minha educadora favorita se aperceber do porquê de algumas das minhas facetas adquiridas no seio familiar.

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12 outubro 2007

Hora musical da refeição

A filhinha bem que me tramou com esta coisa de publicar as letras das musiquetas infantis e, sempre que possível, a própria da música.

Não é fácil arranjar as músicas, filha, mas o papá vai tentando…

Para começar, consegui a música relacionada com a salganhada e a porcaria que fazes quando estás a comer sozinha, que aqui publico como adenda ao post Musiquetas.

11 outubro 2007

Sanita, pela primeira vez

Sanita? Já…?” – Perguntam os leitores mais assíduos do Traquina e Irrequieta.

Pronto, pronto… Não exageremos nas traquinices conscientes da nossa filhinha, mas a verdade é que a pequena criatura usou, pela primeira vez, a sanita para fazer as suas necessidades fisiológicas de carácter sólido ou, melhor dizendo, pastoso.

Depois de acompanhar os papás durante o pequeno-almoço, chegou a hora de lavar os dentes, e nada melhor, e mais prático, do que sentar a filhinha na sanita, com o tampo fechado, obviamente, e passar-lhe para as pequenas mãos a escova dos dentes com um pouco de pasta com sabor a morango.

O ritual já vem sendo posto em prática há algum tempo mas hoje foi diferente, já que o papá reparou que a cria estava deveras encarnada, e não era da cor da pasta dentífrica, enquanto, com o sorriso característico, ia escovando as dentolas, e a razão era muito simples…

A Joaninha aproveitou o facto de estar sentada na sanita para borrar a fralda e nos mostrar que já sabe qual é o local apropriado para fazer as suas necessidades, transformando, radicalmente, o célebre ditado que diz que “quem caga e come, não morre de fome”.

Faltou abrir o tampo da sanita…

10 outubro 2007

Musiquetas

O post que os papás escreveram, sobre a música das galinhas, deixou-me curiosa no que toca a músicas típicas para pequenas crias da minha idade, ou pouco mais, e fui logo chatear o papá, que, pacientemente, acedeu ao meu pedido.

A minha ideia é dar a conhecer, ou, para os mais “cotas”, relembrar, algumas das musiquinhas que podem ajudar, por exemplo, na hora das refeições, na hora do banho ou naqueles momentos mais difíceis em que, nós crias, fazemos alguma birra antes de adormecer.

Para inaugurar esta nova rubrica no Traquina e Irrequieta, nada melhor, obviamente, que uma música que tem tudo a ver comigo…


JOANA COME A PAPA

"Come a papa, Joana come a papa
Come a papa, Joana come a papa
Joana come a papa.

1, 2, 3 - Uma colher de cada vez
4, 5, 6 - Era uma história de reis
E uma colher de papa.

7, 8, 9 - Ainda nada se resolve
10, 11, 12 - À espera que a mosca pouse
E outra colher de papa.

13, 14 e meia - A coisa não está tão feia.
15, 16, 17 - Mais um pingo no babete.
E outra colher de papa.
"

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Nota - Os papás andam à procura das próprias das músicas para melhorar a qualidade dos posts desta nova rubrica.

09 outubro 2007

Aviso sério aos pais de família

É a evolução da espécie humana, queridos papás, e já nada é como era antes, porque nós, as crias, vamos aprendendo com o mundo que nos rodeia e lutamos pelos nossos direitos de pequenas criaturas.

É a luta pelos beijos carinhosos das mamãs, onde não há cá descriminações de sexo porque nós, meninas, também podemos aprender artes marciais.

Pela minha parte, se bem que ainda não me tenha apercebido de tal, devo andar a estudar para ser diplomata, porque há uma solução pacífica e que agrada às três partes envolvidas…

Basta que o papá faça a barba, e fique com a pele bem macia, para merecer todos os meus beijinhos e os beijinhos da mamã.


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A maluquice dos galináceos

É uma daquelas musiquetas maradas que já ouvíamos quando éramos pequenas criaturas e que, pelos vistos, não passam de moda.

Passamos a explicar…

Ultimamente, a filhinha tem andado pela casa fora a “cantarolar” uma coisa qualquer que nenhum dos progenitores conseguia entender.

Com uma coreografia bem estudada, a pequena criatura levanta-se e deita-se a cantar uma lenga-lenga à base de “iu, bé, cócoli, bai iu … Aaaaaahhhh”, enquanto vai dançando, fazendo uns gestos parecidos à galinha que põe o ovo e batendo palminhas.

Foi, precisamente, essa coisa da galinha a pôr o ovo que nos levou a ficar algo desconfiados e a dissipar todas as dúvidas junto da educadora do infantário.

Afinal, a pequena cria anda com a música das galinhas doidas na ponta da língua.

Os papás têm a lamentar o facto de ainda não terem conseguido filmar a pequena cria nesta sua nova irrequietude, bem como não terem conseguido o suporte musical para animar este post.

Fica, no entanto, a letra da musiqueta:

"Doidas, doidas, doidas
Andam as galinhas
Para pôr o ovo lá no buraquinho
Raspam, raspam, raspam
P'ra alisar a terra
Picam, picam, picam
P'ra fazer o ninho

Arrebita a crista o galo vaidoso
Có-có-ró-có-có feito refilão
E todo emproado com ar majestoso
É o comandante deste batalhão."

Nota 1 - Música e animação das galinhas doidas, aqui.
Nota 2 - Cuidado para não acontecer como ao papá, que ficou toda uma tarde a cantarolar, em silêncio, a porra da musiqueta.

07 outubro 2007

Parabéns

Como não podia deixar de ser, andamos sempre atrasados…

Para ti, Ana, esta família deseja tudo o que há de melhor, acima de tudo com muita saúde e muita felicidade, neste caminho da vida que agora inicias.

À Scas e à sua cara metade, o conselho de que aproveitem da melhor maneira, e com a maior intensidade possível, todos aqueles momentos que a vossa pequena cria vos vai “obrigar” a passar.

Muitos PARABÉNS!

Post Scriptum de pai para pai – Se o meu caro ainda não comprou a máscara anti gás, aconselho, vivamente, a que o faça com alguma urgência…

18 meses

Um ano e meio… Dezoito meses.

Parece que foi ontem que te tivemos nos braços pela primeira vez, tão pequenina e indefesa.

Estás crescida, filhinha… Crescida, refilona, cada vez mais senhora do teu pequeno nariz, mas sempre divertida, amável, querida e ternurenta.

Novas etapas estão para vir, filhinha, e sabes que podes contar com os papás para olha-las de frente, enfrentá-las e vence-las, sempre com a mesma confiança e força que tens demonstrado até agora.

04 outubro 2007

Boas notícias

Mais vacinas só lá para 2011 ou 2012, quando a cria tiver entre os cinco e os seis anos.

2011… 2012… Caramba…!

Dia de pediatra

Hoje foi dia de consulta com o pediatra da pequena cria, a consulta dos dezoito meses, e as coisas até correram melhor do que seria de esperar, especialmente no que toca ao comportamento da nossa filha durante aqueles momentos em que, regra geral, o médico tenta examinar a criança e esta faz trinta por uma linha para lhe infernizar a vida.

Nada disso aconteceu e nossa filha portou-se, nas palavras do Dr.MC, exemplarmente, o que parece ser coisa rara nesta idade.

Depois de feitos os exames da praxe, chegou a altura do veredicto e de ficarmos, os pais, mais uma vez, babados, orgulhosos e conscientes de que temos estado a fazer “um bom trabalho”.

- Auscultação limpa, clara e sem qualquer sinal seja lá do que for.
- Altura, peso e perímetro cefálico dentro dos percentis normais para a idade.

Quem ler esta coisa, vai pensar que, afinal de contas, os papás devem estar a exagerar, porque os dois pontos acima devem ser considerados como perfeitamente normais, não sendo, por isso, motivo de maiores babadelas.

A verdade, e daí o motivo de orgulho, é que o pediatra, depois de ter ficado por alguns minutos a observar o comportamento da pequena cria, disse que a Joana está excelente a todos os níveis.

No que toca a saúde, parece que não é todos os dias que se vê uma cria de dezoito meses que nunca teve qualquer tipo de problema, a não ser aquela treta da gastroenterite, umas raríssimas febres típicas, associadas ao aparecimento das dentolas, e alguma que outra ranhoca.

A nível motor, as pilhas parecem ser de muito longa duração e os elogios do médico foram direitinhos para o desembaraço da filhinha, quando a viu a tentar calçar os sapatos, a ajudar a mãe, enquanto se vestia, a deitar a pequena mão a um bloco de papel, e a uma caneta, para rabiscar meia dúzia de riscos e a andar, desenvolta e apressada, dum lado para o outro do consultório.

A nível psíquico e intelectual, a pequena cria está muito bem e, até, acima do que é normal, facto que o médico não quis deixar passar em claro, depois da “conversa” que mantiveram os dois.

Diz o Dr. MC que o palrar está mais consistente e com um entoar diferente, mais característico de crias com idade entre os 20 e os 22 meses, e que a Joana demonstra uma perspicácia, concentração e conhecimento do que a rodeia que, também, é mais notório em bebés com mais alguns meses do que os dezoito que está prestes a cumprir.

(Só um bocadinho que vamos ali buscar a esfregona para limpar a baba acumulada no chão…)

No final da consulta, estando a filhinha numa ponta do consultório e o médico na outra, este chamou-a e pediu-lhe um beijinho de despedida, ao que a pequena cria respondeu, para pasmo dos papás, já não é muito normal que o faça com pessoas com quem não convive amiúde, correndo, de braços abertos, para o pediatra e dando-lhe o beijo solicitado.

É caso para pensar em qual teria sido o veredicto do Dr. MC se tivesse pedido o beijo quando entrámos no consultório…

03 outubro 2007

Hora de dormir

Ultimamente, a pequena criatura tem-se mostrado mais renitente a ir para a cama e as birras de sono, ou melhor, as birras de luta contra o sono, começam a ser uma constante.

Assim que ouve as palavras “cama”, “dormir” ou “ó-ó”, é a loucura total e um berreiro pior que a sirene dos bombeiros quando assinala o meio-dia.

Como é normal, neste tipo de situações familiares, as reacções dos progenitores nem sempre é coincidente e a cria facilmente se apercebeu que o que está a dar é atirar-se para os braços da mãe que, coração mole, e porque diz que dói ouvir tamanha berraria, prefere tentar adormece-la, pacientemente, aninhada no colo materno.

Regra geral, esta atitude é muito enganadora, primeiro, porque a cria fica inquieta ao fim de alguns minutos e recomeça o reboliço, e, segundo, porque ambos os papás têm consciência de que a hora de dormir é importante nestas idades e, consequentemente, o papá entra em acção e não vale a pena entrar numa de braço de ferro.

Não pensem que, tal como a mamã, não sofro com os berros da cria…

Claro que sofro, porra… Sou pai e não sou insensível nem frio (antes pelo contrário), mas há birras e birras, e esta é uma birra com a qual temos, os três, que aprender a lidar e cuja “receita” é, francamente, simples:

1. Com algum custo, físico e emocional, “atirar” com a cria para dentro da cama e tentar tapá-la.

2. Com um esforço emocional adicional, ver a cria a espernear e a pôr-se em pé, agarrada às grades, aos berros estridentes e vermelha que nem um tomate em calda.

3. Ainda com mais esforço emocional, porque esta é a parte mais complicada, encostar a porta do quarto, ir para a sala e ligar a televisão, de modo a que o berreiro seja menos perceptível.

4. Esperar dois míseros minutos, ou, por vezes, muito menos do que isso, para perceber que a cria está ferrada a dormir, vencida pela soneira, e que tudo não passou duma violenta birra.

5. Voltar ao quarto e, com muito cuidado para não ter que voltar ao ponto um, tapar a pequena criatura e dar-lhe um beijo de boa noite.

6. Dormir umas horas e, pela manhã, ver a cria acordar com um sorriso de orelha a orelha, fresca que nem uma alface e cheia de vontade de começar um novo dia.

01 outubro 2007

Pensamento traquina

Hoje, quando a deixámos no infantário, a pequena criatura ficou a olhar para nós, com um ar meio tristonho e, porque não, típico das manhãs de segunda-feira.

Este olhar tocou, lá no fundo, no coração da minha querida mulher, que ficou a pensar no que é que seria que a nossa filhinha estaria a pensar naquele momento.

Na minha modesta opinião, o pensamento da traquina só pode ter sido qualquer coisa do género “Bem… Acabou-se o fim-de-semana, estou de volta à escolinha e só vou ver os papás mais logo, ao fim da tarde. Onde está o Simão para me consolar?...

Banho mais do que completo

Não percebi bem se ontem o papá estava muito bem disposto ou, antes pelo contrário, mal disposto e sem pachorra para aturar as minhas lamechices.

O certo é que, depois de dormir uma bela duma sesta, os papás levaram-me para o banho e, ao contrário do que é costume, fiz uma fita desgraçada para entrar na banheira, aos berros e sem largar a minha fraldinha de pano.

Pois o maluco do meu papá não se fez rogado e, além de me dar banho, deu banho à minha fralda, enquanto a mamã olhava, a rir, para esta cena caricata e dizia que tem dois amores doidos da cabeça.

Uma coisa é certa… A minha fraldinha ficou bem lavada e com aquele cheirinho maravilhoso a gel de bebé.

Tré

De certeza que não são os únicos, e que muitos mais pais têm esta mania, mas os meus papás passam a vida a “picar-me”, nas mais diversas situações, com a expressão “um, dois, três…”.

É quando estou sentada no chão e querem que me ponha em pé, é quando me ajudam a entrar na banheira, é quando me mudam a fralda e querem que me sente na cama, enfim, um sem número de situações onde estes três números vêm à baila.

Como já é meu apanágio, decidi dar-lhes uma ajuda, e nada melhor do que deixá-los “cantar” o um e o dois para, depois, dizer eu o “tré”, alto e bom som!

28 setembro 2007

Pacholice

Como sabem, os mais assíduos, este nosso espaço familiar nutre uma especial simpatia por tudo o que tem a ver com natureza e com o reino animal.

Quem me conhece, ao vivo e a cores, sabe, também, que adoro cães e que tudo o que tenha quatro patas é um “cãocão”.

Este é um exemplar pachola que, das duas uma, ou arranjou uma maneira, calma e pacífica, de brincar sozinho durante uns momentos ou, então, deve ter alguma pulga irrequieta a atazanar-lhe o juízo, enquanto saltita nas costas do pobre coitado.


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Brincadeira muito séria

Nesta idade, a nossa pacata vida tem muito que se lhe diga, apesar de muita gente achar que não e que passamos a vida a dormir, comer, borrar fraldas e fazer muita traquinice.

Na verdade, há pessoas que não entendem que é, precisamente, nesses momentos mais traquinas que vamos aprendendo a lidar com o mundo que nos rodeia e que determinadas brincadeiras são, de facto, o melhor caminho para que possamos, por nós, explorar e analisar tudo o que se passa à nossa volta.

Num destes fins-de-semana, o papá estava a aspirar a casinha quando, de repente, teve que se ausentar por breves momentos, tão breves que nem desligou o aspirador, e eu decidi dar uma ajuda e ver como é que aquela coisa funcionava.


A todos quantos lêem este nosso espaço familiar, sejam eles adultos ou pequenas crias, como eu, posso garantir que os pais ficam babados com estas situações inesperadas, e com a desenvoltura por nós demonstrada, e agradecem a ajuda, desde que a casa fique inteira e sem nada partido.

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26 setembro 2007

Trajecto milionário e arriscado

Os afazeres diversos do dia de ontem deixou a família cansada e sem vontade de fazer nada, que é como quem diz fomos jantar fora para não ter trabalho em casa.

Como começa a ser hábito, a filhinha começou por estar muito calma a comer, sentada numa daquelas cadeirinhas existentes em alguns restaurantes, e acabou irrequieta como o raio, de tal modo que a solução passou por tirá-la da dita cadeira e deixá-la andar a vaguear pelo restaurante que, por sorte, nem tinha muita gente.

Findo o café, e, por esta altura, já a Joana andava à vontade e perfeitamente integrada no espaço que a rodeava, o papá pediu a conta a uma das empregadas, o que foi, prontamente, facultado pela senhora da caixa que estava a uns metros de distância, junto à saída.

Ora, o papá, ainda a gozar aquele momento do cigarrinho depois do repasto, pediu à filhinha que fosse buscar aquele papel que a senhora, apercebendo-se do pedido, agitava na mão, à laia de isco.

Ainda que um pouco apreensivos, já que nunca se sabe que diabruras a pequena cria pode fazer com um bocado de papel, vimos a filhinha comportar-se como gente grande e, com aqueles passinhos apressados, tipo ET, lá foi buscar a factura e trouxe-a para a mesa, toda contente e com um ar compenetrado, como quem estava a executar a tarefa mais importante deste mundo.

Certo, certo, é que não se ficou por aqui e levou a tarefa até ao fim, já que foi ela que levou a nota de 20 euros, para pagar o jantar, à senhora da caixa e ainda regressou com o troco para entregar à mamã.

Sempre agarrada à fralda e, isso sim, muito importante, sem rasgar nenhuma das notas que lhe foram confiadas.

25 setembro 2007

Gostamos de cuscar

Por outras ocasiões, já aqui disse que este nosso espaço familiar, ainda que especialmente dedicado às minhas traquinices e ao evoluir da minha pessoa, é, também, um espaço onde, por vezes, se abordam outros assuntos que podem, ou não, ter interesse para todos quantos o lêem.

No blog do papá, encontrei um outro espaço, chamado "A Cidade Digital", que tem uma rubrica dedicada à chamada blogosfera, onde o autor analisa uma série de blogs, pretendendo, desta forma, criar um arquivo digital do que vai aparecendo nestes meandros da Internet.

Chamou-me à atenção o facto de que o primeiro blog a ser analisado é um espaço conhecido da que pode ser considerada a “baby blogosfera”, o “A Minha Matilde e C.ª”.

Fica a sugestão de leitura, para nós, quando começarmos a ler estas coisas que os nossos papás vão escrevendo, e para os papás que possam estar interessados.

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24 setembro 2007

Os receios infundados da Joana

Como a filha disse, neste post, na passada sexta-feira houve reunião de pais no infantário, que serviu para dar a conhecer algumas das mudanças no que toca a regras internas, em relação ao ano anterior, e, sobretudo, para apresentar o plano pedagógico para o ano lectivo que agora se iniciou.

Como já devem ter imaginado, não é este o assunto deste post, mas, sim, o tal receio da filhinha em relação ao que iria ser quando eu me encontrasse com o Simão Lambão.

A verdade é que nem sequer vi o petiz, já que durante a reunião, e muito bem, as pequenas criaturas ficaram noutra sala, na brincadeira com duas das educadoras, e, como fomos dos últimos pais a sair, já que aproveitámos para ir ver as salas e dar dois dedos de prosa com a nova educadora da Joana, o Simão saiu sem se cruzar com a minha pessoa.

Mas ficámos a saber, os papás e, importante, a mãe do Simão, com quem tivemos oportunidade de trocar algumas impressões, mais algumas novidades e detalhes sobre este caso amoroso, minuciosamente relatados pela educadora.

Não há dúvida que são compinchas e que há uma predilecção mútua em relação às outras crianças da sala, notória em ocasiões como a hora da sesta, durante a qual, se dormem, em vez de ficarem na brincadeira, têm que ficar ao lado um do outro, ou durante o almoço, durante o qual ficam sentados lado a lado a partilhar o que está nos pratos.

Por agora, e porque o Simão Lambão ainda não me apareceu pela frente cheio de piercings nas sobrancelhas ou no nariz, nem com aqueles apliques nas orelhas, tipo índio das Amazónias, este é, com certeza, um namorico mais do que aprovado.

Uma última consideração dirigida a ti, filhinha, para te dizer que não tens nada que recear ou ter vergonha, já que o papá, ainda que protector, ao mesmo tempo que saudavelmente maluco da carola, quer o melhor para a tua vida e vai continuar a reger-se pela regra do aconselhar primeiro e, depois, respeitar as tuas decisões, dentro, obviamente, do que seja considerado normal face aos parâmetros familiares pelos quais nos pautamos.

A única coisa que te peço em troca, tal como a mamã, é que sejas honesta, sincera e aberta, consciente de que é esse tipo de atitudes que nos fazem continuar a respeitar-te como filha e, sobretudo, como pessoa, e a estar, sempre, ao teu lado.

A baba do padrinho

Este fim-de-semana o meu padrinho foi jantar lá a casa e, finalmente, dei um ar da minha graça para com tão simpática criatura.

Finalmente, sim, porque, até agora, tinha sido sempre um bocado fria para com ele, ainda que sem nenhuma razão aparente.

Talvez sejam os quase dois metros de altura, que me obrigam a olhar muito para cima ou, se me pega ao colo, a olhar muito para baixo, que sempre me fizeram uma certa confusão, ainda que, por vezes, me conseguisse manter sentada ao colo dele, sem estrebuchar muito.

Mas, desta vez, a coisa foi diferente e, depois duns primeiros momentos mais renitentes, fiquei mais à vontade e, acho que de propósito, por parte dos papás, até fiquei sentada ao lado do padrinho durante o jantar e lá fomos “falando” os dois.

Depois do jantar, aí é que foi, e o padrinho ficou todo inchado, com a baba a escorrer-lhe pelo queixo abaixo e quase com uma lágrima no canto do olho, quando fui buscar alguns dos meus brinquedos e fui a correr dar-lhos, numa de brincadeira conjunta, ou quando me pus a dançar mesmo à frente dele ou, ainda, quando, já de pijaminha vestido, ainda fiquei um bocado ao colinho dele, antes de ir para a cama.

Resumindo, o meu querido padrinho que não fique preocupado, porque esta coisa de renitência e vergonha é típica em crias da minha idade.

Beijinhos grandes para o meu padrinho J.

Assin. – A Cria

21 setembro 2007

O meu receio

Hoje é dia de reunião de pais, aquela do início do ano lectivo, e vou ficar até mais tarde na escolinha, aproveitando o tempo extra para brincar mais com os meus amiguinhos e dar mais umas beijocas na caratonha linda do Simão.

Confesso, no entanto, que estou com algum receio porque acho que é desta que o papá vai pedir explicações ao Simão, e aos papás dele, e, conhecendo como conheço o papá, já estou a imaginá-lo a deixar o meu queridinho todo encarnado e encavacado, sem saber que grunhidos lançar e com vontade de meter a cabeça dentro dum buraco, tipo avestruz assustada.

Pelo sim, pelo não, acho que vou ficar o tempo todo muito sossegada, ao colo da minha mamã…

Assin. – A Cria

19 setembro 2007

Preocupante?

Talvez não, porque estamos na presença de bebés que ainda nem sequer têm um ano e meio de idade, mas a verdade é que, como pais, estas coisas tocam-nos, especialmente no caso da mamã.

Foi-nos pedido que levássemos uma fotografia da filhinha para o infantário, supomos que para personalizar o caderno diário da Joana que nos informa, diariamente, das actividades e do comportamento da pequena criatura.

Ora, acontece que, não sabemos se porque a surripiou ou porque as benditas educadoras lha puseram, deliberadamente, nas pequenas manápulas, o, já por várias vezes mencionado, Simão teve acesso à dita fotografia e, depois de a abraçar, cheio de sorrisos, encheu-a de beijos melosos.

Está visto que o Simão Lambão está apaixonado…

Quanto à nossa traquina, nem pensar em mencionar o nome do petiz, já que as reacções também dizem tudo…

Ou fica quieta, a olhar para o chão, e sem esboçar, sequer, um som, com um ar muito comprometido ou desata a rir, toda satisfeita e com um ar muito feliz.

E é como diz o papá… No nosso tempo estas coisas não aconteciam tão precocemente, pelo menos que nós nos lembremos, e a culpa deve ser das papas, e do leite em pó, que tanto se vangloriam de puxar ao melhor crescimento das crias.

16 setembro 2007

Ainda o meu quarto

Aquando da visita guiada ao meu quarto, que podem ver, ou rever, aqui, tinha dito que faltava um detalhe importante...

Há uma janela que, por estar num canto e não ter estores, deixava entrar uma claridade levada da breca.

Essa janela já está devidamente tapada com este lindo efeito visual que os papás fizeram para mim.


Assin. - A Cria

Viva a dança

Em tempos, já tinha publicado, aqui, um post onde mostrava os meus dotes de dançarina.

Agora, passados alguns meses, pedi ao papá que me filmasse, outra vez, de modo a que possam acompanhar a evolução...


Assin. - A Cria

14 setembro 2007

Musicol para pequenas criaturas

Lemos, no blog Dezembro, que a mamã do Pedro tinha levado a sua pequena cria a uma aula de música para bebés, algures perto de Sintra, e ficámos curiosos em saber mais sobre esta actividade que, por ser perto de casa, até poderia ser benéfica para a Joaninha.

Depois do telefonema, a pedir mais informações, que o papá fez para o Conservatório de Música de Sintra, lamentamos informar que esta actividade está fora de questão e que essa gente não deve ter noção da realidade.

Para os potenciais interessados, aqui ficam as informações conseguidas (para crias até aos dois anos):

- Aulas semanais (às quartas-feiras) de 40 minutos
- Inscrição – Noventa e cinco euros!
- Mensalidade – Quarenta euros!

Não sei em que consistem as aulas, ainda que a mãe do Pedro tenha gostado do que viu e, sobretudo, do à-vontade do filho face aos outros bebés e à música que iam ouvindo, mas será que é já uma preparação para que as pequenas criaturas façam parte da banda filarmónica lá da zona?

É que, sinceramente, não me parece que haja assim tanta matéria musical para entreter uma cria de um ano e meio, durante 40 minutos, quatro vezes por mês, não sei quantos meses por ano, sem que se caia numa espécie de circulo vicioso e repetitivo, a não ser que comecem já a aprender a tocar violino, clarinete, violão ou outro qualquer instrumento musical.

Quanto à nossa filhinha, as lições de música, pelo menos para já, vão continuar a ser caseiras e com a liberdade que sempre lhe demos para que decida se quer ouvir Genesis, Robbie Williams, Metallica, alguma banda de musica de embalar bebés, Quinzinho de Portugal ou ópera.


Metallica - Hero Of The Day

Amizades blogosféricas

À Patanisca Matilde, os nossos agradecimentos pelo link feito ao nosso espaço familiar.

12 setembro 2007

O esplendor da natureza

Ontem foi noite de trovoada, pelos vistos um pouco por todo o lado, e, dada a violência, ao mesmo tempo repleta de beleza visual, dos raios e o barulho de dois ou três trovões, decidimos apagar todas as luzes da casota e ficar à janela, com a pequena criatura, a ver o espectáculo e, sobretudo, a ver a reacção da nossa filhinha, já que, como é bem sabido, nem todos os bebés, e alguns adultos, se sentem muito à vontade com este tipo de fenómeno natural.

Ora, mais uma vez, a traquina puxa aos papás no que toca a estas coisas da natureza e não mostrou, sequer, qualquer sinal de receio, medo ou susto.

Antes pelo contrário, depois dum violento relâmpago, ficou a apontar para o céu, com um ar bestialmente curioso, à espera de mais espectáculo luminoso.

No meio das típicas considerações, que ninguém percebe, surgiu o estrondo do trovão e, mais uma vez, a cria nem pestanejou e ainda se deu ao trabalho de tentar imitar, cheia de sorrisos para os papás, o barulho que estava a ouvir.

Mais uma cabeçada

Ontem tive mais uma lição sobre não meter o nariz onde não sou chamada, ao mesmo tempo de mais uma lição sobre como tenho que andar para a frente com mais atenção e sem andar com a cabeça no ar.

Como esta coisa de escrever às vezes dá muito trabalho, decidi fazer uns bonecos, à laia de diagrama, para que percebam melhor o que me aconteceu e que passo a descrever:

Passeando com os papás, e porque sei que estão sempre de olho em mim, mesmo quando me deixam ir à minha vida para explorar o que me rodeia, decidi entrar em várias lojas e ver (como sou bebé, gosto de ver com as mãos) o que havia por lá.

Como menina que sou, gosto de ver roupa e decidi entrar numa loja, que tinha duas montras laterais, e ver a montra da esquerda, que não tinha nada que a separasse da entrada.


À chamada de atenção do papá, para não mexer na roupa exposta, virei-me, no meu jeito andante de E.T., e dirigi-me para a montra da direita.


O que não reparei, com a pressa repentina com que ia, é que a porta de vidro grosso da loja estava aberta e fazia de barreira entre a entrada e a própria da montra…


Ou seja, mandei uma bela duma cabeçada na porta, de tal maneira que fiz ricochete para trás e fiquei sentada no tapete, meio abananada e com um ar incrédulo, a pensar no que diabo me tinha acontecido.


À porta, os papás a rirem que nem loucos, a gozar com a situação e a dizerem que era bem feito.

Pela cara deles, especialmente do papá, porque a mamã lá se encheu de compaixão e foi dar-me uma ajudinha para me levantar, perceberam, claramente, o que me ia acontecer e nem me chamaram a atenção.

Toma lá que é para não seres cusca…

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10 setembro 2007

Vamos a contas

Uma lata de leite Aptamil 3, comprada no Mini Preço, que sempre é mais barato do que nas farmácias – 13 euros

Um pacote de fraldas, tamanho adequado ao peso da pequena criatura e, também, marca do Mini Preço, que são iguais às fraldas de marca e bem mais baratas – 15 euros

Abono de família – 21 euros e uns cêntimos

É só fazer contas, e mais não digo, porque corro o risco de ser menos bem-educado e dizer algum palavrão nada condizente com este espaço familiar.

Mimos

Foi com muita alegria que este espaço familiar recebeu um mimo do bebé Afonsinho e da mamã Sandra, que muito agradecemos e retribuímos.


As regras são simples:

Cada pessoa escolhida indica mais dez, com o objectivo de agradecer a gentileza que tiveram de compartilhar connosco as suas artes, pensamentos e um pouco da sua vida.
Depois de escolhidos os participantes, devemos fazer uma visita ao blog de cada um e deixar um comentário avisando da corrente.

Ora, nesta coisa das correntes, às quais, regra geral, os papás não costumam aderir, há sempre um risco, aquele de esquecermos alguém e, de algum modo, ferir susceptibilidades.

Mas, enfim, ainda que com a ressalva de que todos(as) são importantes para nós e que este nosso espaço familiar é, também, de todos(as) vocês, que o visitam e que tanto têm contribuído para o seu desenvolvimento e manutenção, aqui vão os(as) dez nomeados:

- A tia Graça e os dois priminhos irrequietos – Como sempre, tínhamos que furar as regras (já que não têm nenhum blog), mas não podíamos deixar de fora a minha madrinha, que tanto nos tem ajudado, a mim e aos papás, e que está sempre presente.

- A minha primeira amiga virtual, Becas, e a mamã Maraffaada, que nos têm acompanhado desde o início e com quem tenho partilhado o gosto pelas girafinhas e outros animalejos.
Diga-se, de passagem, que continuo curiosa em conhecer esta irrequieta ao vivo e que ainda não perdi a esperança no tal cafezito.

- A Scas e a Ana, que ainda está lá no aconchego da barriguinha da mamã, pela amizade e pela honestidade que têm demonstrado na abordagem dos mais diversos temas, alguns deles de foro mais particular e íntimo.

- A Ana Luísa e o Francisco, pela amizade que continuam a demostrar nos comentários que deixam no nosso blog, sempre cheias de carinho.

- O João Pedro e à mamã Marta, uma das gravidezes que acompanhámos com frequência e cuja amizade tem ficado bem patente nas visitas e frequentes comentários ao nosso espaço.

- A Inês e a Mãe Loba, mais uma gravidez que fomos acompanhando e que também têm demonstrado um carinho especial pelas minhas diabruras e irrequietudes.

- A Mi e a mamã Sónia, pelo sentimento de partilha com que nos têm presenteado no seu blog.

- O Kiko e a mamã Ana, pela amizade e pelo gosto que nos dá ver o rapagão a crescer.

- O Dinis e a mamã Sandra, idem idem aspas aspas.

- A Joaninha e a mamã Sónia, com quem partilhamos a curiosidade de termos os mesmos nomes.

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07 setembro 2007

17 meses

Um ano e cinco meses…

Dezassete meses na companhia da nossa filhinha que, com as suas diabruras e traquinices, aliadas a uma maneira de estar, e de ser, mais sossegada, muito doce, compenetrada nos seus afazeres de cria e esperta que nem um alho, nos tem dado muitas alegrias e muita felicidade.

Uma felicidade e sentimentos imensos que só os pais sabem o que é.

Uma felicidade e sentimentos imensos que partilhamos, em família, todos os dias e que fazem da nossa vida a três o melhor que há.

Nota - Também publicado no Sempre a Produzir

Um senhor chamado Pavarotti

Ontem morreu Luciano Pavarotti, um senhor que cantava muito bem, que andava, como eu e muitas outras crias, sempre agarrado a uma fralda e que, confesso, nunca tinha ouvido cantar.

Já depois do jantar, os papás ligaram a televisão e deram de caras, precisamente, com um programa sobre a vida da famosa criatura que, pelos vistos, encantou o mundo com a voz espectacular que tinha.

E encantou-me a mim, também, já que fiquei especada a ouvir e, ao contrário do que é costume, não esbocei qualquer som, como faço quando parece que quero cantar e acompanhar a musiqueta que oiço, nem me pus a dançar.

Simplesmente, fiquei, impávida e serena, a ouvir.

Os papás dizem que é bom sinal, sinal de que tenho bom gosto pela música e que sou capaz de apreciar diversos estilos musicais à excepção, talvez, deste bum bum bum que está tão em voga nos dias que correm.

Voltando ao senhor Pavarotti, e porque este nosso espaço familiar também serve para tratar de assuntos sérios e não se limita só às minhas irrequietudes e traquinices, fui buscar ao blog do papá o post que ele escreveu sobre o tenor e decidi publicá-lo também no Traquina e Irrequieta, em jeito de singela homenagem.

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Aos 71 anos, morreu, vítima dum cancro no pâncreas, aquele que era considerado, com toda a justiça, o maior tenor do mundo.

"Ave Maria"

Portador duma voz excepcional e inconfundível, Pavarotti encantou audiências, pela intensidade com que interpretou as mais diversas obras musicais, durante mais de 40 anos, chegando a actuar para mais de 500 mil pessoas num concerto no Central Park, em Nova Iorque, e 300 mil na Torre Eiffel, em Paris.

Em 1998, juntou-se a José Carreras e Plácido Domingo para um mega concerto, também transmitido a partir da Torre Eiffel, que ficou conhecido pelo concerto dos Três Tenores.

Alguém houvesse que não conhecesse o famoso tenor, passou, com certeza, a conhece-lo, quando Pavarotti, não ligando às inúmeras críticas que lhe foram endereçadas, lançou o projecto humanitário “Pavarotti and friends” onde cantou, em dueto, com nomes como Bono, Sting, Joe Cocker, Mariah Carey, Simon LeBon, Brian Adams e Andrea Bocelli, entre outros.


"Ordinary World", com Simon LeBon, no projecto "Pavarotti and friends"


"Come back to Sorrento", com Meat Loaf, no projecto "Pavarotti and friends"


"Caruso"

Luciano Pavarotti morreu às primeiras horas de hoje.

Fica o precioso legado de quem um dia disse “Penso que uma vida dedicada à música é uma vida maravilhosamente empregue, e é a essa vida que me dedico”.

06 setembro 2007

Regresso às aulas

Neste regresso à escolinha, e agora que mudei de sala, há algumas novidades que tenho que realçar.

Em primeiro lugar, o dia-a-dia passou a ser diferente, uma vez que temos uma nova educadora, as nossas actividades tornaram-se mais constantes e já não somos “obrigados” a dormir a sesta.

Boas notícias para quem, como eu, passa o dia irrequieta e cheia de energia.

Em segundo lugar, passámos a usar uma “farda” que, nesta altura do ano, não é mais do que uma vistosa T-Shirt com o logótipo do colégio mas que vai passar a ser a típica bata, dentro de algumas semanas.

Por último, a hora do almoço...

Se antes comíamos separadamente, porque as educadoras tinham que nos dar as papas a um de cada vez, agora comemos todos juntos, sentados à mesma mesa.

Ora isto implicou uma alteração profunda nos meus “hábitos almoçadeiros”, já que decidi que a comida que os papás mandam para o meu almoço é muito boa, mas a do vizinho do lado é melhor e toca de surripiar meia dúzia de pedaços para o meu prato, enquanto ele não está a ver.

Como o almoço da maioria dos vizinhos é a ementa da escolinha, os papás lá tiveram que tomar a decisão de abrir os cordões á bolsa e passar a incluir o almoço diário nas mensalidades que têm que pagar.

Coisas de bebé, como dia o papá, porque em casa é a mesma coisa… Como um pouco do que tenho no meu prato e depois só quero o que está nos pratos dos papás, ainda que a comida seja exactamente igual.

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04 setembro 2007

03 setembro 2007

Parabéns

Um grande beijinho de parabéns e muitas felicidades para o João Pedro, que nasceu no passado dia 22 de Agosto, e para os papás.

De volta ao activo

Acabaram as férias e os dias maravilhosos, sempre na companhia dos papás e sem escolinha.

Foram quase três semanas de muitas traquinices mas, também, de muito sossego e coisas novas, a começar pela surpresa que o papá nos reservou, à mamã e a mim, quando “correu” connosco para Sesimbra e ficou, sozinho, a tratar do visual da casinha que ficou como nova, com as paredes todas pintadas e o chão devidamente tratado.

Depois, o papá foi ter connosco e as férias começaram, verdadeiramente, com muita praia.

Infelizmente, os papás (especialmente a mamã) optaram por não publicar imagens das minhas andanças dentro de água e das minhas brincadeiras na areia, já que passei a vida nuazinha e digamos que parece mal andar aqui a expor as minhas partes mais íntimas.

De qualquer maneira, e segundo ouvi os papás comentarem, parece que me portei sempre bem, apesar de os obrigar a andar sempre atrás de mim.

A verdade é que os papás, apesar de não tirarem os olhos de cima de mim nem por um momento, deram-me muita liberdade para que pudesse explorar, sozinha, a areia, a água, as ondinhas, as algas, as conchinhas e os saltos das pulgas do mar.

Como o tempo escasseia, porque hoje já é dia de escolinha, aqui ficam algumas curiosidades, em vez de grandes textos:

- Antes de mais, devo dizer-vos que achei uma simples maravilha poder andar sem fralda, fazer um pequeno cocó na areia e limpar, logo de seguida, o rabinho com água do mar.

- Durante os primeiros dias, os papás ainda tiveram a pachorra de ir para a praia logo cedinho, mas depois deixaram-se dessas tretas, já que eu andava sempre cheia de creme protector (que funcionou às mil maravilhas) e sempre fresquinha, quer seja porque passava a vida dentro de água ou, por vezes, porque me metia dentro da tenda que os papás compraram para mim.


- Água é comigo, e nem sequer refilo quando o papá agarra em mim e me enfia completamente dentro de água, ainda que tenha engolido um ou dois pirolitos.

- Estou cada vez mais palradora e começo a tentar dizer alguma que outra palavra para além das habituais mamã, papá e bebé, entre outras.
Uma coisa é certa… Os papás já percebem quando quero água, a minha bola ou a minha fralda.

- Nunca tinha pensado muito no assunto, mas apercebi-me que, por parte dos papás, há uma certa pressa em mudar-me a fralda, cada vez que faço alguma das minhas necessidades, e decidi dar-lhes uma ajuda…
Assim, passei a correr atrás deles, a apontar para a fralda suja e a fazer uns grunhidos para dizer que tenho cocó ou chichi.

- Mesmo sabendo que podem achar que sou uma porcalhota, adoro comer sozinha e, como ainda não sei bem utilizar aquelas coisas que os adultos usam, tem que ser com as mãos.

- Definitivamente, também decidi dar uma ajuda aos papás quando é chegada a hora a que eles consideram que devo ir dormir e basta que me digam que vou fazer “ó-ó”, e que me perguntem pela minha caminha, para me verem a correr para o meu quarto e ficar sossegadinha à espera que me metam na cama.

- Adoro brincar com outras crianças, sejam elas mais velhas ou da minha idade, e foi um fartote de brincadeira, num destes últimos dias, quando a minha madrinha e os meus dois priminhos foram lá jantar a casa.

Resumindo, concluindo e utilizando a expressão dos meus papás, não paro quieta!

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13 agosto 2007

Blog em repouso

Finalmente, chegou a hora de descansar durante umas semanas e este nosso espaço familiar vai, também ele, repousar durante uns tempos sem, no entanto, parar por completo.

Fica, da parte dos papás e da Joaninha, a promessa de vir aqui publicar aqueles momentos que acharmos mais relevantes durante estas férias que prometem ser bem férteis em traquinices.

Mea culpa

Tenho culpa no cartório no que toca ao vomitanço relatado pela Joaninha.

Digo que a culpa foi minha porque, como se costuma dizer, o material tem sempre razão e fiz trinta por uma linha para quase obrigar a nossa filha a comer a sopa, apesar dela abanar constantemente a cabeça a dizer que não queria comer e cuspir meia dúzia de colheradas.

Ainda assim, podemos considerar o desenrolar dos acontecimentos como uma simbiose perfeita entre a sensação de bem-estar da pequena cria, que, coitadinha, não se devia sentir nada bem, e o instinto dos papás, que consideravam que a filhinha tinha que comer qualquer coisa antes de ir para a cama.

O início das férias

Estou, oficialmente, de férias e é engraçado perceber como é que estas coisas funcionam, uma vez que, como o infantário está fechado, é uma experiência que se assemelha, minimamente, às férias dos adultos.

Como o papá só começa as férias amanhã, ao fim da tarde, fiquei em casinha a chagar o juízo à mamã, que também já começou as férias dela.

Entretanto, desde sexta-feira, quando começámos este período de descanso, as coisas não têm sido lá muito agradáveis para os meus lados, já que estou um bocado entupida e com a tal assadura no meu querido rabinho.

Aliás, a ranhoca tem sido tanta que ontem, depois do jantar e após decidir que era hora de me ver livre de tamanha porcaria que me tem provocado tanto mal estar, desatei a tossir, “meti os meus dedinhos às goelas” e vomitei a minha sopinha.

Realmente, na nossa tenra idade, nada melhor do que um belo vomitanço para limpar as impurezas que afectam os nossos pequenos organismos e hoje, após uma noite bem dormida, já acordei mais limpinha e com outra disposição.

Agora, só falta curar, definitivamente, a minha assadura e fico pronta para outra e para acompanhar, a cem por cento, os meus papás durante estas nossas primeiras férias à séria.

Assin. – A Cria

10 agosto 2007

Trevo da sorte


A mamã do Dinis enviou-nos um trevo de boa sorte, o que muito agradecemos.

Neste post de agradecimento, a família aproveita para também desejar muita sorte e felicidade a todos os que visitam este nosso espaço irrequieto.

Noite atribulada

A saúde e boa disposição da nossa filha têm-nos dado, já de há muito tempo, noites muito tranquilas e sem sobressaltos, coisa que, pelo que lemos por aí, nem sempre acontece noutros lares.

Ontem foi uma das chamadas excepções à regra, e a família viveu uma noite relativamente atribulada, com a Joaninha a ter muita tosse, alguma ranhoca, uma pontinha de febre ao deitar e, sobretudo, por acordar, por volta das duas e meia da manhã, a chorar, alto e bom som, a braços com uma assadura brutal que tem nas partes mais intimas e que deve provocar um ardor levado da breca cada vez que faz alguma das suas necessidades.

Depois dumas, poucas, horas bem dormidas ainda considerámos não levar a Joana para o infantário, mas o regresso da boa disposição, aliado a uma melhoria substancial da assadura, graças à pomada Cicalfate da Avène, e à burocracia e papelada inerentes a uma falta no trabalho, seja da mãe ou do pai, graças às leis estupidamente ridículas deste país, levaram-nos a mudar de ideias.

Afinal de contas, a Joaninha está melhor e não queríamos privar a nossa filhinha do último dia de infantário antes de entrar de férias.

Nota – Aparentemente, a razão para a referida assadura prende-se com Ameixas Amarelas, já que, se não forem bem maduras e doces, apresentam um nível de acidez, nitidamente perceptível quando lhes aplicamos uma boa dentada, superior àquele a que as crias estão habituadas e conseguem tolerar.