28 fevereiro 2007

A minha mamã

Já era hora de vos dizer o que penso dos meus papás, e hoje vou falar da mãe.

Ainda estava eu na barriga da mamã e já sentia um amor profundo e um sentido imenso de protecção em relação a mim, já que a mamã passava a vida a fazer festinhas na enorme pança e a falar comigo.

Eu, claro está, não me fazia rogada e retribuía com umas cotoveladas e uns pontapés, de modo a que a mamã soubesse que a estava a ouvir e que estava tudo bem comigo.

Agora, a caminho dos onze meses, vejo que não me enganei e sei que a mamã me adora e que faz tudo para que eu continue a crescer saudável, bem disposta e dentro dos valores que os papás acham melhores para o meu futuro.

Sempre carinhosa e cheia de atenções para comigo, a mamã só peca por duas coisas que são, no entanto, perfeitamente compreensíveis.

Primeiro, às vezes exagera na protecção que me dá e não me deixa explorar certas coisas do mundo que me rodeia, o que é normal porque não quer que eu me magoe com as cabeçadas que possa dar no chão ao gatinhar mais depressa ou ao tentar pôr-me em pé para analisar os botões da aparelhagem.

Em segundo lugar, a mamã fica, pelo menos ultimamente e por causa das minhas birrinhas de sono, com os nervos em franja e sem pachorra para me dar a sopa, o que a leva a dar-me uns valentes berros ou, simplesmente, a “passar a pasta” para o papá.

É natural, mamã, e prometo que vou fazer um pequeno esforço (porque ainda sou muito pequenina) para compreender que andas cansada e que eu, com as minhas traquinices, não tenho ajudado para o teu descanso.

De resto, adoro quando a mamã fala, pacientemente, comigo;
adoro os beijinhos e as carícias que me dá;
adoro ir às compras com ela e ver que escolhe umas roupinhas catitas para mim;
adoro quando sinto as suas mãos a esfregar-me as costas durante o banho;
adoro quando brinca comigo, no chão do meu quarto ou na cama dos papás, e quando me aninha no seu colo para me dar o biberão matinal.

É bom saber que a mamã me adora e que a tenho sempre ao meu lado, dedicada e consciente dos deveres que tem como mãe.

És o máximo, mamã!
Assin. - A Cria

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