08 abril 2009

O meu dia de anos

Os papás já me tinham dito que me iam fazer uma surpresa e conseguiram, apesar das minhas perguntas insistentes, manter o segredo até o avô A. se ter descaído e ter-me dito que eu ia ao Jardim Zoológico.

Depois da pressa matinal, chegámos ao zoológico por volta das onze e meia e, para mim, começou a grande aventura.

Como sabem os leitores mais assíduos, sou fanática por animais e, desde que entrei, senti-me em casa.

Dei logo de caras com as zebras e, ali ao lado, com uns lindos tigres; vi os rinocerontes, um número infindável de lindas aves e os tigres brancos; vi um macaco a fazer poses, as araras, catatuas e afins, os flamingos, os leões-marinhos, que, para mim, são focas e ponto final, e os gorilas.

De repente, chegámos à zona das girafas e aí não resisti… Tinha que dar umas folhinhas à maior girafa que lá estava e pedi ajuda ao papá, que me agarrou ao colo para que eu chegasse ao meu objectivo.

Achei o máximo poder dar umas folhas a um animal tão grande e o cuidado com que a girafa esticava a língua até à minha mãozinha para tirar a pápa que eu tinha para ela.

Depois duns largos minutos a dar pápa às girafas, subimos para ver os lindos leões e fomos petiscar qualquer coisa, já a fazer contas ao tempo para ir ver o espectáculo dos golfinhos.

O petisco foi mais uma surpresa, à laia de primeira vez.

Nunca tinha provado um cachorro quente e os papás decidiram que era chegada a hora de me lambuzar com aquele pão com salsicha, batata palha e aqueles molhos. Ainda que não tenha comido tudo, adorei!

Finda a imperial fresquinha do papá, fomos andando para uma espécie de anfiteatro com um aquário enorme ao centro, onde já andavam uns golfinhos a brincar à espera da hora do início do espectáculo, não sem antes fazer uma paragem técnica para tirar uma fotografia com umas simpáticas araras.

Uma vez na Baía dos Golfinhos, foi mais uma loucura… Antes do espectáculo, fartei-me de dançar ao som dumas músicas muito giras. Depois, foi a altura de ver o show das focas e de receber outra animada surpresa.

Haviam duas focas que andavam, no meio da assistência, a distribuir beijinhos e, claro está, meti logo a minha carinha a jeito para receber um beijo da foca e fazer-lhe uma festinha.

Fechei os olhos, por causa dos bigodes do bicho, mas recebi uma beijoca, que me deixou a bochecha a cheirar a peixe, enquanto a foca pisava o pé do papá com os seus cerca de 200 quilos.

Depois vieram os lindos golfinhos que deram um autêntico show com os saltos, as piruetas, as cambalhotas e as brincadeiras com os tratadores.

Não parei de bater palminhas e de dar largas à minha emoção ao perceber o que é que aqueles animais estavam a fazer, enquanto que a mamã só dizia que queria estar dentro do aquário grande com os bicharocos.

Findo o espectáculo, fomos até ao reptilário, ver muitas cobras, algumas com um colorido lindo, tartarugas e uns lindos crocodilos, coisa a que a mamã não achou muita piada.

Saídos do reptilário, e depois de vermos os búfalos, ao papás decidiram-se por mais uma surpresa para mim e fomos dar a volta ao zoológico pelo ar, num teleférico.

Achei o máximo! Não refilei, não tive qualquer tipo de receio, achei muito engraçado poder ver os animais desde as alturas e fiquei com uma ligeira percepção do que é voar como o Peter Pan.

Depois do teleférico, e uma vez que a tarde já ia longa e tínhamos que voltar para casinha para jantar com os avós, os papás decidiram que era hora de ir ver os ursos.

A caminho, mais peripécias… Primeiro, uma malandreca duma avestruz, ou coisa parecida, aproveitou-se da minha boa vontade em lhe oferecer uma folhinha para papar e, em vez disso, decidiu dar-me uma violenta bicada no meu dedinho.

A parvalhona foi mais rápida que um relâmpago, nem me deu tempo de afastar a mão e o resultado foi um golpe pequenino e, mais do que isso, um grande susto.

Depois dum minuto de choro intenso, continuámos a caminhada e… Segunda peripécia, que me fez esquecer a estúpida da avestruz logo de seguida.

Deparei com uns simpáticos macacos, com uns penteados muito engraçados, que estavam entretidos a papar cascas de amendoins e folhas.

Pensei logo que aquelas pequenas mãozinhas, tão parecidas às minhas, não me iam fazer mal como o bico da outra parvalhona e, sem medo nenhum, lá fui dar-lhes umas pápas.

Escusado será dizer que o papá teve que me arrastar daquele local porque, por mim, tinha ficado o resto da tarde agarrada aos simpáticos macaquinhos.

A última peripécia foi mais uma experiência… O papás, cheios de sede, decidiram parar num daqueles bebedouros antigos, mais conhecidos por chafarizes, e beber água do repuxo.

Claro que achei imensa piada àquilo e pedi logo colinho para poder experimentar.

Saciada a sede, e vistos os ursos, fomos embora para casa e chegou um minuto no popó para que eu adormecesse ferrada.

Só acordei para jantar com os avós, outra situação inédita, uma vez que, por questões de guerras familiares, nunca tinha estado com todos os avós ao mesmo tempo.

Antes de dormir, ainda tive tempo de falar com a minha madrinha, abrir uma última prenda dos papás e ver um bocadinho dos desenhos animados do Mickey, para desespero dos papás que queriam mais era dormir, ainda mais estoirados do que eu.

A Cria

Nota – A máquina de filmar está pifada e o papá teve que filmar com uma máquina emprestada, mas o papá já prometeu que vai fazer os possíveis por colocar um filminho no nosso espaço familiar o mais rapidamente possível.

Quanto às fotografias, a seu tempo também virão, depois de reveladas.

1 comentário:

SONHADOR disse...

que dia em CHEIO!!!