15 abril 2009

As birras da cria

Ontem à noite, a pequena cria estava numa de birras desmesuráveis, sem qualquer tipo de justificação aparente.

Ou era porque a televisão estava apagada, ou porque o cão estava no chão e não tinha muita vontade de o apanhar, ou porque queria olhar para dentro da Bimby enquanto a sopa estava a apurar, ou porque sim, ou porque não, ou porque talvez antes pelo contrário…

Uma loucura pegada, que nos estava a deixar com os nervos à flor da pele, e que só abrandou com uma palmada no rabo e quando lhe dissemos que ia logo para a cama.

Aí, o berreiro intensificou-se por 3 ou 4 minutos e tranformou-se naquele tipo de choradeira misturada com suspiros intensos, que mais parecem soluços, para, depois, acalmar, enquanto chamava, baixinho, pela mamã.

Sim… Pela mamã porque quem lhe deu a palmada foi o papá…

Por isso mesmo, foi o pai a voltar ao quarto para a ir buscar para jantar e ter uma “conversa pé de orelha” com a filhinha.

Ficou calada e não desviou o olhar, limitando-se a acenar com a cabeça, enquanto lhe dissemos que esta coisa de birras não está a dar com nada, que só deixa os papás tristes, que fica com uma cara que mais parece um daqueles macacos com a fronha encarnada e que mais vale pedir as coisas com modos, entre outros conselhos.

Quando lhe perguntámos se tinha percebido, a atitude foi demonstrativa…

Sempre sem desviar o olhar, sussurrou um “desculpa” quase inaudível, abraçou-nos e encheu-nos de beijinhos, para, logo de seguida, voltar à sua condição normal, risonha e bem disposta.

Até à próxima birra…

4 comentários:

SONHADOR disse...

Nem me falem das birras.
Lá por casa, anda-se com o mesmo.
Goelas bem afinadas e tomem lá uns gritos valentes e vontade de ir para o colo ou da Mãe ou do Pai, conforme os casos.

Maraffaada disse...

Kilos, toneladas de paciência para estes momentos de crise!
Beijinhos para vocês

Estrunfina disse...

As crias são seres fenomenais. É mesmo assim, são todos iguais. Lá por casa passa-se o mesmo. Se a mamã ralha ela quer o papá, se o papá ralha quer a mamã. Choram, gritam, berram e depois pedem desculpas e dão beijinhos. E nós progenitores derretemo-nos todos.

Carla S.

Sandrocas disse...

É preciso muito sangre frio e calminha para estes simples mas complicados momentos!
Mas viram... ela percebeu... pediu desculpa e encheu-vos de beijos... e claro nós papás desculpamos sempre.

Jokas