12 fevereiro 2010

Estamos de regresso

Pelo que pedi ao papá, era suposto o nosso espaço familiar voltar ao activo com um visual renovado mas parece que ainda não é desta, uma vez que o papá continua com uma tremenda falta de tempo para se dedicar, convenientemente, às lides dos blogues.

Como vos disse no último post de 2009, os últimos meses do ano foram deveras complicados, fruto duma série de acontecimentos que conseguiram abanar com a estrutura familiar.

Lembram-se que, algures a meio de Novembro do ano passado, o tonto do papá caiu ao estacionar uma motoca e fez um dói-dói grande na perna.

Por causa do acidente, o papá ficou em casa, sossegadinho, e só saía para ir fazer os tratamentos, enquanto que a mamã e eu íamos trabalhar todos os dias.

Eu acho que a mamã não é nada invejosa – pelo menos não a tenho como tal e bem pelo contrário – mas o que é facto é que aquela coisa do papá em casa sozinho deve ter mexido com a cabeça dela e, consequentemente, levado a mamã a “atirar-se” para o chão à entrada do trabalho dela.

Bem podem imaginar a minha surpresa quando, à saída da escolinha, dou de caras com os avós, em vez da mamã, e quando, ao chegar a casinha, deparo com o caricato cenário dos papás a andarem dum lado para o outro cada um apoiado na sua muleta.

Claro que alguém tem que fazer pela vida e calhou-me a mim continuar a trabalhar, arduamente, enquanto os papás ficaram em casa.

Como não há duas sem três, a mão esquerda do papá começou a inchar e a inchar, de tal forma que mais parecia a manápula do Shrek, ou seja, duas mãos metidas no espaço físico de uma.

Como aquilo não passava e as dores começavam a ser desesperantes, o papá foi até ao hospital para ver o que se passava e fazer umas análises.

A conclusão foi deveras simples… Uma infecção não sei das quantas na mão do papá e internamento imediato no hospital.

Pois é isso mesmo… Lá teve o papá que ficar internado durante quinze dias, a receber soro e antibióticos, comprimidos não sei quantas vezes ao dia e picas a rodos.

Apesar de todos os dias falar com o papá ao telefone, as saudades eram mais do que muitas e os papás não queriam que eu passasse muito tempo sujeita a alguma maleita malandra que andasse por ali à solta nos corredores do hospital.

Por isso, só fui visitar o papá duas vezes, uma delas no dia de Natal, muito bem aproveitada para abrir uma série interminável de prendinhas.

Em casinha, a minha vida diária sofreu algumas mudanças, já que tive que ajudar mais a mamã e pude, para grande alegria minha, dormir na caminha dos papás durante uma data de dias seguidos.

Resumindo e concluindo, queremos mais é esquecer certos aspectos do fim do ano passado, ainda que o papá, por exemplo, tenha entrado este ano de baixa e a fazer fisioterapia à mão que, entretanto, continua sem força, muito presa e, por vezes, com uma cor meio esquisita.

De resto, e como irão perceber em posts futuros, o meu dia a dia continua a ser encarado sempre com muito boa disposição, apesar duma ou outra birra mais marota, muitas traquinices, sempre construtivas, muito vocabulário novo e a perspectiva de responsabilidades acrescidas num futuro próximo.

A Cria

1 comentário:

SCAS disse...

Há dias escrevi isto: http://interrogacoesdematernidade.blogspot.com/2010/01/novo-ano-novas-vidas.html, folgo muito em saber que, no que vos diz respeito, já está!! ;-)
Bom restabelecimento!! Beijinhos