24 fevereiro 2008

Uma manhã diferente

Não sei se alguma vez tinha comentado, neste nosso espaço familiar, o facto de que, no dia-a-dia, passo mais tempo com a mamã do que com o papá, já que o horário de trabalho da mamã permite-lhe, por exemplo, ir-me buscar todos os dias à escolinha a meio da tarde e, assim, conseguimos estar muito tempo juntas.

Isto não é, de maneira nenhuma, uma queixa ou reparo ao tempo que passo com o papá, já que, pelas conversas que oiço entre os dois, apercebo-me que o importante para os papás é aproveitarem, plenamente, todos os momentos que estamos juntinhos e que contribuem para a nossa felicidade.

Em todo o caso, há uma série de coisas que às quais estou mais habituada a fazer com a mamã e, por isso mesmo, posso dizer que ontem o dia começou duma maneira completamente diferente, para mim e para o papá, porque acordámos mais cedo do que a mamã e, como o papá tinha umas coisas para fazer, decidimos fazê-las os dois.

Assim sendo, tomámos banhinho os dois, vestimo-nos, acordámos a mamã, para lhe dizer que íamos sair os dois, e fomos à farmácia, para comprar gotas para os narizes e comprimidos para as dores de cabeça, fomos pôr gasolina na carrinha, que estava já a funcionar com vapores, e, para minha surpresa, fomos cortar a gadelha do papá.

Se alguém estivesse à espera de alguma traquinice da minha parte, enquanto cortavam o cabelo ao papá, pode tirar o cavalinho da chuva, porque fiquei sentada numa daquelas cadeiras que andam à roda, de dedo na boca e agarrada ao meu Míu e à minha fralda, muito atenta a tudo o que se passava à minha volta e, especialmente, às malandrices que estavam a fazer ao cabelo do papá.

Foi uma maneira diferente de começar o dia e o fim-de-semana.

A Cria

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