08 maio 2008

Suspiro

Ontem, fruto duma certa dor de cabeça e algum cansaço, a mamã recolheu à cama, depois de comer qualquer coisa ligeira, bastante cedo e a pequena cria, ainda que renitente, fez-lhe companhia.

Eu ainda fiquei a tratar das lides pós jantar, para, pouco depois, me dedicar à limpeza e manutenção do aquário e de algumas coisas que tinha para fazer no computador

Claro está que mãe e filha adormeceram enquanto o diabo esfrega um olho e, quando entrei no quarto para levar a filhinha para a cama dela, deparei com a ternurenta cena das duas a dormirem profundamente, muito agarradinhas.

A mamã nem deu por mim a entrar no quarto mas a Joana deve ter sentido qualquer coisa e soltou um enorme suspiro, como quem diz que está ali muito bem e que ter que mudar de cama é uma grande chatice.

Fiquei, eu que, nestas coisas, até costumo ser algo inflexível, a pensar 50 vezes no bom que é ter a pequena cria deitada entre nós e se a levava para a cama dela ou se também me deitava e compunha o ramalhete.

Optei pela primeira solução, especialmente porque nunca se sabe o quanto nos mexemos, quando dormimos a sono solto, e ainda arriscávamos a que a pequena criatura levasse alguma porrada inadvertida.

Optei pela primeira solução mas, confesso, fi-lo contrafeito.

O Papá

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