26 março 2007

Fim-de-semana tumultuoso - Parte II

Durante este domingo, os papás lembraram-se, várias vezes, do que eu lhes disse, naquele post-it lindo que lhes deixei na sexta-feira…

Os três juntinhos, sim, mas num ritmo desenfreado que nos deixou de rastos.

Pela manhã, a mamã acordou cedo e deu-me a pápa, sem que o pai desse por isso, já que estava a dormir ferrado.

Duas horas depois, por volta das dez, o dia começou verdadeiramente…

O papá levantou-se e foi até ao meu quarto (onde eu o aguardava com um sorriso maroto), confiante de que a minha má disposição do dia anterior já deveria ter passado.

Até parecia estar melhor, mas só até ao momento em que, quando o papá se preparava para me mudar a fralda, olhei para ele, com uns olhos meio esbugalhados, e, após uma pequena convulsão, decidi deitar cá para fora o que restava da pápa matinal.

Não vale a pena estar aqui com grandes discursos e muitos detalhes mas, para que se faça uma pequena ideia, os papás passaram o dia a mudar-me fraldas (a determinada altura, cinco no espaço de 20 minutos) e a lavar os meus pijamas, “bodys” e “baby-grows”.

Tudo fruto duma maldita gastroenterite, que me provocou tamanha quantidade de vómitos e de diarreia líquida e que me deixou num estado lastimoso durante o todo o dia.
A meio da tarde, o ritmo caseiro estava, efectivamente, acelerado e, quando decidi dar umas tréguas e descansar um bocadinho com a mamã, o papá parou para uma pausa, repentinamente interrompida por uma violenta chuvada que o deixou em pânico, já que a minha roupa estava praticamente seca...

De repente, ouvi um berro e corri, com a mamã, a ver o que se passava, para darmos de caras com o papá vermelho que nem um tomate a dizer palavras feias.
Tudo porque o papá, no meio da pressa e depois de ter recolhido toda a minha roupinha, se esqueceu de dois dedos do lado de fora da janela de correr e toma lá de entalão!
Ao princípio da noite, lá voltámos, nas palavras dum colega do papá, à mesma comédia, comigo sem pachorra nem vontade para comer e os papás a tentarem que eu comesse, comigo a vomitar e os papás a limparem a porcaria que eu fazia, e comigo a borrar-me toda e os papás, de mola no nariz e máscaras antigás, a mudarem-me fraldas a torto e a direito.
Fiquei estoirada e, depois dum dia tão atribulado e cansativo, lá decidi meter o dedo na boca, agarrar a minha fraldinha e dormir um sono profundo.
Assin. - A Cria
Nota – Também referenciado no blog do papá

Sem comentários: