07 abril 2008

Dois Anos - Sobre o Papá


Saudavelmente maluco, como a mamã costuma dizer, o papá é mais pachola e despreocupado e tem como mote o de me deixar andar para que eu possa aprender sozinha, sem, no entanto, abrandar, nem por um segundo, a vigilância e, por vezes, algo receoso com o que possa vir a ser o resultado final.

Diz ele que é a melhor maneira para eu aprender as lições que a vida tem para me dar, impondo, obviamente, os limites que ele considera justos e normais para a minha educação.

É, por isso, em certas, e não poucas, ocasiões, inflexível e severo, quando se apercebe que tem mesmo que ser assim e que a melhor atitude a tomar, para o meu bem, é pôr um travão nas minhas traquinices, atitudes ou birras.

O papá tem, também, algumas brincadeiras que não agradam muito à mamã, como atirar-me ao ar ou agarrar-me pelas pernas e virar-me ao contrário, coisa que começou a fazer assim que percebeu que eu já conseguia aguentar com estes exercícios.

Já sei que todos os bebés dizem o mesmo, mas, em relação ao papá, digo o mesmo que disse em relação à mamã, ou seja, tenho o melhor papá do mundo.

Tenho alguém que me ajuda a crescer e que faz os possíveis por me mostrar a vida como ela realmente é.

Alguém que me aninha no colinho para adormecer, que me dá muitos mimos e que começa a ensinar-me a guiar um popó.

Alguém que, apesar de cansado, ao fim do dia, tem a pachorra e a força necessárias para aguentar as minhas manhosices e a paciência para falar comigo e dizer-me o que está certo e o que está errado.

Tenho alguém que adoro, do fundo do meu coração, e que sei que me ama muito!

Este é o meu dia, mas tu, papá, também estás de PARABÉNS!

A Cria

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