06 setembro 2008

As nossas férias - 02

Tanta praia, correrias pela areia, banhos e ar puro, tiveram, sempre, duas consequências imediatas.

Por um lado, um apetite devorador que nos levava, sempre, a uns petiscos maravilhosos.

Para mim, foram as férias da descoberta do choco frito, cheio de limão e maionese, da salada de ovas de pescada, dos mexilhões, das lulas grelhadas pelo papá e da caldeirada.

Na praia, tinha sempre uma sanduíche à minha espera e/ou umas bolachinhas deliciosas, a que chamam “línguas de veado”, para devorar e partilhar com as novas amizades, humanas e caninas, que fui fazendo.

Sim, porque os coitadinhos dos cães também gostavam das minhas bolachinhas, apesar das chatas das donas dizerem que eles não queriam mais e que estavam a ficar gordos.

Bolachinhas sim, mas fruta não, e, como tal, eu é que comi quase todo o melão da Sofia – uma das novas amiguinhas – perante o ar meio aparvalhado da mamã dela e o ar algo comprometido dos meus papás que já estavam a ficar envergonhados com tamanho à vontade da minha parte.

O pior foi quando acabei com o melão e decidi que, para rematar, o melhor era beber o sumo do melão directamente do “tupperware”… Foi ver a mamã a sair disparada na minha direcção a dizer-me que aquilo não se faz, enquanto se desfazia em desculpas perante a mamã da Sofia.

Caramba… Entendam, duma vez por todas, que estas são as verdadeiras coisas de crianças.

E entendam, também, que com tanta mistela e com a mania de beber água de pois de comer um “gutu”, a diarreia líquida que me assolou durante dois dias foi um dano colateral perfeitamente normal, apesar do cheiro que até a mim me deixava mal disposta, e o pequeno cocó que fiz no fato-de-banho, o único durante todas as férias, foi um mal menor que não consegui, mesmo, conter.

E não se queixem porque eu sei, muito bem, que andaram a fazer altas ceias a altas horas da manhã enquanto eu dormia o meu soninho profundo.

Maionese de pescada, pizzas, ovos mexidos, torradas, sumos, leitinho… Pois, pois…

A segunda consequência imediata foi o cansaço saudável ao fim do dia e que me levava a adormecer ao colinho dos papás ou, simplesmente, toda torcida no sofá, de chucha na boca e agarrada à fralda e ao Ruca.

Um drama, para ser bem realista, porque se adormecia depois da praia, no caminho para casinha, era uma trabalheira para me conseguirem acordar para tomar banho ou jantar.

Uma coisa é certa… Acabado o jantar, o máximo que conseguia aguentar eram alguns minutos de cócegas e brincadeiras com os papás, antes de ferrar a dormir.


Daí termos aproveitado um dos dias que ficámos na praia até mais tarde, nada mais nada menos que até às 7 da tarde, para ir, directamente, jantar com a avó E., enquanto a cadelinha Carolina se entretinha a despedaçar o banco do popó da amiga da avó…

Assim, com tanta diversão, tinha mesmo era que me manter acordada…

A Cria

2 comentários:

Mãeloba disse...

MAs que ricas férias traquina!!!!
Os danos colaterais é que eram desnecessários, mas passou rápido :)
Bjoquinhas!!!

Sandrocas disse...

Que ricas....
Danadinha... quanto aos danos... são ossos do oficio.

Beijokinhas