09 julho 2007

Fim-de-semana alentejano I

Foi a primeira vez que saímos, verdadeiramente, da vida atribulada de Lisboa e arredores para nos dedicarmos, em família, ao descanso.

Na sexta-feira, saímos rumo a um simpático hotel rural, perto de Aljustrel, chamado Hotel Rural da Daroeira, situado numa herdade a perder de vista na vasta planície alentejana.

A viagem, nem dei por ela, porque adormeci ferrada e só acordei a poucos quilómetros da chegada.

No Sábado, o dia em que fiz quinze meses, os papás decidiram que já era altura de eu provar um pequeno almoço “à séria” e, em vez do meu leitinho matinal, comi pão alentejano, queijo, croissant, um bocadinho de doce, biscoitos caseiros e leite “normal”, ou seja, uma boa maneira de começar o dia.

Depois do pequeno-almoço, descansámos mais um bocadinho e, ainda antes de irmos para a piscina, grande e muito bem apetrechada, decidi andar a descobrir um pouco da natureza e do clima alentejano, num dos jardins interiores do hotel.




Quanto à piscina, desiluda-se quem pensava que aqui a traquina ia disparada para dentro de água… A verdade é que parece que gosto mais de praia do que piscina e foi um berreiro infernal quando os papás me meteram dentro de água.

Não sei bem porquê, mas aquilo não me inspirou muita confiança, mesmo sabendo que estava protegida, e a salvo que qualquer eventualidade, bem agarradinha ao pescoço da mamã.

Mas lá teve que ser, porque o sol estava muito quente, o calor era abrasador e os papás queriam que eu andasse de cabelo bem molhado, e lá me fui habituando, de tal modo que, passado algum tempo, já andava com o papá às voltas na piscina sem refilar muito e bem mais confiante e contente.

Depois de mais um descanso (lembrem-se que estávamos no Alentejo e o papá diz que devemos ter alguma costela daquelas bandas), fomos até Aljustrel para jantar e, por aquelas paragens, nada melhor do que uma daquelas casas de pasto, rústica, típica e com um ar de espelunca suja e aporcalhada, onde os papás dizem que a comidinha tem outro sabor.

E tinha mesmo, já que devorei uma bela sopinha de nabiças (acho que foi a primeira vez que comi nabiças) e, depois de acompanhar, minimamente, os papás no repasto deles, um belo pêssego, docinho e suculento até mais não.

Depois… Bem, depois é que foi, porque havia bailarico típico em Aljustrel e os papás decidiram ir dar uma vista de olhos.

O “musicol” não era grande coisa, mas eu fartei-me de andar de um lado para o outro, a ver aqueles casais mais velhinhos a dançar o “sol e dó” e a abanar o meu pequeno esqueleto, sempre sozinha mas sempre debaixo do olhar atento dos papás.

E assim acabou o dia, estafada, porque aqueles ares dão cabo de nós, e prontinha para dormir um soninho descansado na caminha de viagem que os papás montaram ao lado da cama deles.

Assin. - A Cria

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