07 setembro 2007

Um senhor chamado Pavarotti

Ontem morreu Luciano Pavarotti, um senhor que cantava muito bem, que andava, como eu e muitas outras crias, sempre agarrado a uma fralda e que, confesso, nunca tinha ouvido cantar.

Já depois do jantar, os papás ligaram a televisão e deram de caras, precisamente, com um programa sobre a vida da famosa criatura que, pelos vistos, encantou o mundo com a voz espectacular que tinha.

E encantou-me a mim, também, já que fiquei especada a ouvir e, ao contrário do que é costume, não esbocei qualquer som, como faço quando parece que quero cantar e acompanhar a musiqueta que oiço, nem me pus a dançar.

Simplesmente, fiquei, impávida e serena, a ouvir.

Os papás dizem que é bom sinal, sinal de que tenho bom gosto pela música e que sou capaz de apreciar diversos estilos musicais à excepção, talvez, deste bum bum bum que está tão em voga nos dias que correm.

Voltando ao senhor Pavarotti, e porque este nosso espaço familiar também serve para tratar de assuntos sérios e não se limita só às minhas irrequietudes e traquinices, fui buscar ao blog do papá o post que ele escreveu sobre o tenor e decidi publicá-lo também no Traquina e Irrequieta, em jeito de singela homenagem.

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Aos 71 anos, morreu, vítima dum cancro no pâncreas, aquele que era considerado, com toda a justiça, o maior tenor do mundo.

"Ave Maria"

Portador duma voz excepcional e inconfundível, Pavarotti encantou audiências, pela intensidade com que interpretou as mais diversas obras musicais, durante mais de 40 anos, chegando a actuar para mais de 500 mil pessoas num concerto no Central Park, em Nova Iorque, e 300 mil na Torre Eiffel, em Paris.

Em 1998, juntou-se a José Carreras e Plácido Domingo para um mega concerto, também transmitido a partir da Torre Eiffel, que ficou conhecido pelo concerto dos Três Tenores.

Alguém houvesse que não conhecesse o famoso tenor, passou, com certeza, a conhece-lo, quando Pavarotti, não ligando às inúmeras críticas que lhe foram endereçadas, lançou o projecto humanitário “Pavarotti and friends” onde cantou, em dueto, com nomes como Bono, Sting, Joe Cocker, Mariah Carey, Simon LeBon, Brian Adams e Andrea Bocelli, entre outros.


"Ordinary World", com Simon LeBon, no projecto "Pavarotti and friends"


"Come back to Sorrento", com Meat Loaf, no projecto "Pavarotti and friends"


"Caruso"

Luciano Pavarotti morreu às primeiras horas de hoje.

Fica o precioso legado de quem um dia disse “Penso que uma vida dedicada à música é uma vida maravilhosamente empregue, e é a essa vida que me dedico”.

1 comentário:

Ana Luísa disse...

Assino por baixo... Até choraminguei...
Beijinhos.